quinta-feira, 31 de maio de 2012

O dia em que as vadias marcharam


“O cara tem que ter pegada!”

Quantas vezes eu já não ouvi a frase acima sendo proferida por uma jovem incauta que aparentemente ainda não tem muita noção da profundidade da vida nesses tempos modernos.
Torno a dizer que o cara não tem que ter “pegada”, se a mulher está dizendo que essa é uma característica determinante, ela está se enquadrando na categoria de objeto e que não venha reclamar quando começar a ser tratada como tal.
O raciocínio é muito simples e não deixa margem para equívocos de interpretação: Você pega uma maçã, pega uma panela, pega um desodorante, pega um sapato, pega um travesseiro... Mulher não se pega, mulher se corteja, se conquista!
E agora vai ter muita garota me dizendo “Ah Diego, mas se eu exigir demais eu acabo ficando sozinha”.
E que mal há nisso? A pessoa só teme ficar sozinha quando detesta sua própria companhia, quando não se enxerga como alguém interessante. E é aí que eu pergunto se existe mais vantagem em viver em sua própria companhia ou em companhia de outra pessoa que também detesta só pra alegar que não está “sozinha”.
Aconteceu em Porto Alegre algumas semanas atrás a “Marcha das Vadias”, uma passeata em repúdio à violência doméstica e que apareceu aqui em São Paulo no ano passado.
A bem da verdade a “Marcha das Vadias” nasceu no ano passado, no Canadá, em forma de manifestação contra declarações que diziam que vítimas de estupro haviam provocado o crime por usarem roupas decotadas ou saias curtas... Enfim, roupas consideradas provocantes.
Aqui no Brasil o título da manifestação manteve-se original, traduzido do nome em inglês “Slutwalk”, porém no Brasil a manifestação foi ainda mais profunda e fez questão de abordar o tema da violência doméstica. Várias estatísticas apontam que esse é sim um assunto que deve ser tratado com seriedade nesse país, pois os índices de mulheres mortas vítimas de violência no próprio lar, seja de companheiro, marido ou namorado, já atingiu um nível alarmante, e aqui a passeata exige uma vigilância maior dos órgãos públicos e uma punição ainda mais severa para quem comete crimes de violência contra a mulher, crimes esses que só vieram à luz das discussões depois da incansável luta de Maria da Penha, que foi baleada pelo marido enquanto dormia e consequentemente acabou paralítica. Maria da Penha escreveu um livro sobre sua vida de maus tratos sofridos e lutou com firmeza para que esse tipo de crime não passasse mais impune e isso gerou uma comoção, e aos poucos as mulheres começaram a reagir e o número de denuncias aumentou sensivelmente. Estava declarada a guerra contra os abusos e violência.
E agora eu paro e penso: O que leva um macho – porque ser “homem” é completamente diferente de ser “macho” – crer que pode agredir sua mulher pelos motivos mais fúteis?
Uma camisa não lavada vira uma queimadura, um bife bem passado se transforma num tapa, uma calça amarrotada vira um soco ou coisa pior... Isso é impotência, falta de bagos. É um pobre diabo impotente que desistiu de estudar, tem um emprego medíocre, não gosta de si mesmo, é assediado pelo chefe e vê sua vida completamente desprovida de realizações e acaba descontando tudo naquilo que talvez seja a coisa mais preciosa que ele tem em sua vida miserável, a única coisa que talvez não pense que ele é o inútil que é, aquela pessoa que aceitou passar por dificuldades junto com o companheiro e muitas vezes sofre calada.
Mas é aí que giramos a moeda e enxergamos sua outra face:
Estava eu assistindo um programa na televisão essa semana que abordava esse tema e foi justamente o que acabou me deixando com vontade de escrever. No programa, várias mulheres foram abordadas nas ruas e interpeladas sobre a questão da violência contra a mulher. Para meu espanto a grande maioria simplesmente respondeu “Tem mulher que merece apanhar mesmo!”
E é por isso que esse país está indo à bancarrota, por causa desse desserviço que a própria sociedade presta contra si mesma.
Ninguém deve “apanhar mesmo”. Nem a mulher, nem os filhos (deixando claro que não me refiro aqui à palmadinha, falo de apanhar MESMO) e nem bichinho de estimação.
Por isso eu digo que as mulheres devem valorizar-se e não procurar um homem com “pegada” e sim um homem cortês, com respeito, porque aquele da pegada pode muito bem, mais cedo ou mais tarde, te “pegar” pelo braço e agir com violência.
O mundo está cheio de imediatismos, cheio de novas regras, mas alguns hábitos jamais devem ser deixados de lado e a educação e o respeito são alguns dos imutáveis.
E só pra finalizar quero deixar bem claro que quem ama não agride e o crápula não muda, não importa quantas vezes ele se arrependa e quantas vezes ele prometa que tudo vai ser diferente... Não vai.
Forte abraço e até a próxima, e não se esqueçam:
O MUNDO É TORTO, MAS A GENTE ENDIREITA! Ahhhhh se endireita!

quinta-feira, 29 de março de 2012

Mulheres e proficiência.


Eu sempre fui um defensor de que a mulher é o ser mais sublime da criação divina e que nada e nem ninguém pode dizê-las aonde e quando devem estar e ficar. A mulher tem conquistado cada vez mais espaço no mundo e hoje não há nada que um homem faça que uma m


Contudo hoje eu venho acrescentar um adendo a esse meu eterno mantra, e esse adendo é de que as mulheres devem sim agir em toda e qualquer área desde que tenha proficiência.
ulher não seja capaz de reproduzir, enquanto ao homem é negado o direito de dar à luz e por isso, no meu modo de perceber as coisas, a mulher é sim, muito superior ao homem.

E quando eu digo proficiência, me refiro apenas ao conhecimento básico necessário para tecer comentários sobre determinada coisa ou situação.

Digo isso porque ontem estava eu em pleno estádio Jaime Cintra, aqui em Jundiaí, acompanhando a partida entre Palmeiras e Paulista. Estava eu acompanhado de minha irmã e de um casal de amigos de faculdade dela.

Eis que chegam duas garotas e se sentam logo atrás de mim na arquibancada da torcida alvi ver

de, e nem bem sentaram já começaram a berrar escandalosamente para os jogadores, que a essa altura sequer haviam entrado em campo e, quando entraram, fizeram as referidas garotas berrarem numa cacofonia do inferno. Entre os altos e esganiçados brados nada de construtivo, apenas dizendo – ou melhor, berrando – que este ou aquele jogador é lindo, entre outras referências à anatomia dos jogadores considerados belos pelas mesmas.

E durante o jogo o espetáculo prosseguiu, com gritos agudos e comentários enfadonhos de quem claramente não sabe sequer o porquê de estar lá.

Outro exemplo que me vem à cabeça é na música, quando e enquanto adolescentes no auge de sua produção hormonal endeusam um cantor pela sua beleza, ignorando sumariamente a arte a que ele representa, ou deveria representar. Uso como exemplo aqui dois nomes que estão sempre em evidência na mídia: Justin Bieber e Restart. São eles realmente grandes nomes da música mundial? São eles realmente relevantes para o contexto musical, histórico musical? Não, não são. São rapazes propositadamente moldados por estúdios e gravadoras para serem “bonitinhos”, mostrando completo descaso com a arte qu

e os mesmos representam. O que dizer ainda do cinema, onde cada vez mais os filmes têm cumprido a obrigação de serem “bonitinhos” para serem assim melhores consumidos?

E não adianta me dizer que isso é moda adolescente porque eu o mando ao raio que o parta, pois muitas mulheres crescidas e maduras descabelam-se por ídolos “manufaturados” que denigrem o nome da arte que representam.

Não digo que mulher não deve ir ao estádio, muito pelo contrário. Digo que ela deve ter um propósito quando vai ao estádio, que vá pelo futebol, pela história da camisa que escolheram para incentivar e não porque esse ou aquele jogador é aprazível aos olhos. Que saiba entender em contexto daquilo que se propõe a falar ou defender, com argumentos, com conhecimento de causa.

NUNCA uma fã dessas bandas ou artistas teens de qualquer sorte teve um argumento melhor do que “É que tal cantor é lindo” para me convencer de que a música deve ser reverenciada ou levada a sério.

Mais uma vez coloco que não sou contra as mulheres opinando, indo ao estádio ou ao cinema ou o que seja, mas façam-no pela arte, façam-no com conhecimento de causa, de modo contrário só estarão a desmoralizar e a envergonhar toda a relevância, importância e reconhecimento que as mulheres vêm conquistando em tempos modernos.


Forte abraço e até a próxima!

quinta-feira, 8 de março de 2012

O que seria de mim sem vocês?



Pra começar eu simplesmente não seria! Se não fosse o caloroso ventre materno eu não teria tido sequer a oportunidade de nascer, aliás, nenhum de nós teríamos pois acho que aqui ninguém brotou do chão, não é mesmo?

E foi logo pequeno que eu fui cercado e nutrido pelo amor incondicional desses seres tão frescos, perfumados e doces. Fui cercado, envolvido, protegido e tão logo nasceu uma identificação que eu não fora capaz de evitar.

E como as mulheres têm feito parte de nossas vidas e como essas mesmas mulheres têm conquistado seu espaço a duras penas e com muito sacrifício e suor do rosto.

Hoje temos mulheres na política, mulheres nos postos de gasolina abastecendo os carros, temos mulheres pilotando esses mesmos carros, ônibus, carros de corrida... A mulher conseguiu preencher todos os espaços que outrora eram considerados “masculinos” e até mesmo o futebol acabou sendo invadido por tranças, laços e batom!

Elas estão em todos os lugares! E nós temos que dar graças aos céus por isso, pois sabemos que tudo aquilo que elas fazem é feito com imenso amor, dedicação e com todo aquele toque materno que nós homens nascemos e morremos dependentes.

E eu celebro essa invasão feminina no mundo e fico penalizado e até um pouco revoltado é o fato de que essas mesmas mulheres que vem desbravando o mercado de trabalho e indo à luta ainda são remuneradas de forma diferente e ganham menos do que os homens, mesmo exercendo as mesmas funções. E se levarmos ainda em conta de que as mulheres de modo geral são mais estudadas que os homens (média de dois anos a mais na escolaridade) essa disparidade fica ainda mais gritante!

Assistindo um especial sobre as mulheres eu ouvi o depoimento da primeira árbitra de futebol do país - que trabalhava na ilegalidade pois a constituição da época (década de 60) impedia que mulheres exercessem funções ditas masculinas – disse algo que me tocou fundo: Ela disse algo que não vou reproduzir com as devidas aspas porque não consigo me lembrar das palavras exatas, apenas da essência do que ela disse. E foi algo como: Se as mulheres conseguem dar à luz, que é algo que nunca homem nenhum será capaz, então a mulher é sim capaz de fazer qualquer coisa que um homem faça.

E foram mais ou menos essas as palavras da precursora da arbitragem feminina no país.

Ainda chamo a atenção para um detalhe que passa despercebido por muita gente por ser uma coisa que “faz parte da rotina e da cultura” que é o fato da mulher ingressar numa jornada de trabalho com a mesma carga horária que o homem, no caso marido, namorado ou qualquer coisa que o valha, e ainda ter de chegar em casa e encontrar todas as responsabilidades que são erroneamente atribuídas à mulher, graças a um sistema machista que foi sendo cultivado desde a época da clava!

Cabe ao homem reconhecer todo o esforço feminino e recompensá-la sendo um pouco mais presente dentro de casa, com o lar, com os filhos e com todas as tarefas que são atribuídas à mulher e que vêm se tornando um verdadeiro fardo, uma verdadeira via-crúcis para a mulher moderna.

E cabe às mulheres exigirem todo o respeito e cooperação da parte dos babacas de plantão, que ainda se acham na categoria de “macho-alfa”, que ainda se acham donos das mulheres e que ainda acham que podem agir com ignorância e até violência. As mulheres devem sim manter o nível, manter o respeito e não permitir qualquer reação mais violenta, por mínima que seja pois bem sabemos que o puxão de cabelo de hoje, o apertão no braço de hoje pode vir a tornar-se o crime passional de amanhã. Aliás, crime passional o diabo que o carregue, pois quem ama, o apaixonado não fere, sequer oferece à sua esposa uma rosa, por medo que esta se arranhe nos espinhos.

Eu, grato e apaixonado que sou pela mulher, por todas as suas formas, definições e nuances desejo do fundo do meu coração um feliz dia da mulher, esse e todos os outros 366 desse ano, os que já se passaram e os vindouros, porque uma criação tão perfeita e tão primorosa de Deus deve ser celebrada todos os dias.

Forte abraço e até a próxima!!!

terça-feira, 6 de março de 2012

Não mexa com meu videogame... Sério... NUNCA!



Hoje estou comemorando uma vitória da tão flagelada e adormecida democracia!

Acontece que tempos atrás um digníssimo senador Valdir Raupp veio com um projeto de lei que tinha como objetivo – e falo resumidamente – proibir a comercialização, importação, estocagem de qualquer game com conteúdo considerado “ofensivos aos costumes, às tradições dos povos, aos seus cultos, credos, religiões e símbolos”.

Essas considerações ficariam a cargo de um restrito grupo que avaliaria os jogos e decidiria acerca de seu conteúdo e se este poderia ser liberado para comercialização.

Ou seja: O governo seria responsável por escolher e permitir o seu entretenimento baseado num critério que duvido que fosse chegar ao nosso conhecimento, ou você também não acha essa descrição do que é “ofensivo aos costumes e tradições” um conceito muito vago e extremamente abrangente? Visto que todos os jogos possui um conteúdo místico, violento ou ainda fantasioso eu acho que nos restaria apenas os jogos da Barbie, e olha lá, uma vez que quando vamos trocar as roupinhas da Barbie e a boneca aparece nua na tela até que outra peça seja adicionada.

Um jogo sobre mitologia grega, por exemplo, não seria aprovado se um ou mais dos integrantes dessa banca fossem evangélicos, uma vez que a religião abomina esse tipo de cultura e tem como “falsos deuses” e “obra do Diabo”. De que nos serviriam os jogos senão para extravasar nossas frustrações, ou até mesmo aliviar o estresse do dia a dia. Nada como chegar de um cansativo dia de trabalho, depois de passar horas aguentando aquele colega chato e sem o mínimo respeito por seu espaço, e metralhar uns e outros em algum jogo. O videogame nos dá o que a realidade nos nega, coisa que antes só poderíamos obter através de nossos sonhos... E vamos concordar: Com a correria do dia a dia sequer temos tempo para sonhar, nosso sono é reparador e compensador por toda a energia desprendida em um mundo que exige demais de nós, portanto vamos nos dar a oportunidade de fazer o impossível e se os jogos são as ferramentas pelas quais muitos atingem essa façanha porque censurá-los? Violência não pode ser contraída. A violência é alimentada quando a educação não faz seu devido trabalho. Uma presença materna e paterna na tenra infância não deixa espaços vazios e negros a serem preenchidos pela violência e, de qualquer forma, a violência encontra muitas outras válvulas de escape. Quantos criminosos gamers já foram confessos? E quantos delinquentes já não feriram e mataram durante uma partida de futebol? Vamos proibir o futebol! Má que... O Brasil iria à falência não é mesmo???

Acho engraçado vira e mexe surge uma lei com foco na censura dos games, justamente porque não vemos esse mesmo rigor e essa mesma preocupação por parte dos parlamentares acerca da televisão e aqui eu cito em letras maiúsculas a REDE GLOBO DE TELEVISÃO e seu conteúdo extremamente ofensivo, com teor sexual, linguagem imprópria e total inversão de valores. Todos os defensores da moral e dos bons costumes que eu conheço, sejam eles defensores de preceitos embasados em sua própria religião, são fiéis seguidores de novelas, Big Brother e toda sorte de programa sensacionalista e agora eu pergunto: Com que moral uma pessoa que assiste a uma programação que gira em torno de um estupro que hora vem à tona, hora é desmentido pode arbitrar sobre moral e bons costumes? Outra coisa que corrobora, e muito, para essa perseguição às diversões eletrônicas é que o Brasil infelizmente ainda não sabe o verdadeiro valor de mercado que marcas como Ubisoft, EA Games e Square Enix agregam. Hoje em dias os jogos movimentam mais dinheiro do que o cinema, por exemplo, e suas franquias são vendidas como água, tornando-se todo tipo de produto imaginável.

O Brasil é um país extremamente criativo e poderia muito bem tirar proveito disso criando uma lei de incentivo aos pequenos estúdios independentes de programação de games que já estão conseguindo uma boa colocação ao menos no mercado de jogos para celular, por exemplo.

Vale a pena ressaltar que grandes empresas de jogos no exterior possuem brasileiros trabalhando em suas programações, desenvolvimento e criação de design de personagens. Mentes essas que não são aproveitadas aqui, tudo porque o Brasil ainda possui uma mente extremamente retrógrada no que diz respeito à tecnologia.

Comemoro o fato de que há duas semanas o próprio senador e autor da lei retirava da bancada o projeto, graças às manifestações de gamers do Brasil inteiro que souberam consolidar suas forças de modo que a voz dessa classe tão desprestigiada foi ouvida lá em Brasília!

Fico feliz por enxergar ainda um ralo brilho de democracia nesse país que outrora já foi capaz de vencer o sistema, extinguir um regime militar e desempossar um presidente.

Sei que outras leis virão e que apenas vencemos a batalha, mas a guerra é longa e árdua. A guerra por respeito, a guerra por inclusão, a guerra por compreensão.

Espero que esse frenesi que vemos por parte de deputados e senadores em interferir na cultura que decidimos consumir mude de foco e passe a perseguir interesses que realmente importam e de que nosso povo tanto carece.

Sei que parece demagogia falar, mas espero esse mesmo empenho que levou os gamers a unirem-se em prol de defender uma causa e lutar por seus direitos possa também unir a todos como cidadãos conscientes, para que possamos juntos lutar pelo que realmente importa e cobrar daqueles que elegemos nas áreas que realmente exigem atenção.

Fica aí meu apelo! Forte abraço e até a próxima!

Foi assim que o Vegeta ficou quando ouviu dizer que iriam proibir seus jogos...

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Criança educada vive!

Antes de eu começar a descer o verbo assistam a esse vídeo e formem suas próprias opiniões:

http://videos.band.com.br/Exibir/Noticias/2c9f94b6351b466b013533627d051691

Assistiram? Ok! Vamos lá então!
Vi essa notícia hoje em vários noticiários matutinos, inclusive sendo destrinchado pela "comovida" Sônia Abrão em seu programa "A Tarde É Sua" em uma reprise que a rede TV exibiu hoje de manhã também.
O fato está bem explicadinho no vídeo e trata de mais uma fatalidade envolvendo uma jovem em mais um caso de irresponsabilidade e abuso de drogas.
O crime está sendo investigado e foi declarado pela perícia que a garota teve uma parada cardio-respiratória respiratória por conta do consumo dos entorpecentes. O namorado de 19 anos foi fichado no art 214 do código penal sob acusação de estupro de vulnerável.
E vocês devem estar pensando 'Santo Deus, que horror!", ou ainda "Que criminoso horrível"!
E é claro que eu, como sou uma pessoinha com um puxadinho garantido no inferno vou ser obrigado a dizer que acho pouco que APENAS rapaz seja acusado. Acho que a promotoria pública deveria mover um processo violento contra a família da garota.
"Credo Diego, você é um monstro horrível e com cara de abacate!"
Ahhhhh... A família está de luto? Tá tudo errado nessa porra!
O que uma criança - pré adolescente é o raio que me parta - estava fazendo tendo um "relacionamento", como foi dito na reportagem, com um marmanjo de 19 anos? Cadê esse pai e essa mãe que não mantiveram essa criança dentro de casa, com olhos atentos e com olhar de amor e pulso firme de proteção que é o que se deve ter ao lidar com uma criança de 14 anos.
A garota tinha uma vida sexual ativa com essa idade? A família sabia? Aprovava? Conheciam o tal rapaz de 19 anos que se envolveu com a garota?
Caso as respostas para as perguntas acima sejam sim então nem tem que mover processo, tem que meter na cadeia de uma vez. 14 anos é idade ginasial, deveria estar na escola e não enfiada num quarto de motel com um vagabundo 5 anos mais velho consumindo drogas numa orgia sem freio! E sim, eu sou extremamente careta e nem quero ouvir esse papo de que a família não sabia, que era namoradinho escondido. se a família der ao filho a atenção que um filho merece e necessita saberia de qualquer pequena mudança. Quando a pessoa consome drogas a mudança é grande e os pais devem sim estar atentos para compreender essas mudanças.
A minha mãe sabe quando eu deixei de tomar algum dos meus 20 comprimidos apenas olhando para a minha fuça! Esse é o trabalho de uma mãe, esse é o amor e o cuidado com o qual os filhos devem ser criados, com cada passo, cada contato, cada relação social justificada e comunicada aos pais.
"Ah, mas eu dou espaço para meu filho porque eu não sou careta"
SEJA CARETA! PROÍBA! Uma boa mãe chafurda e esmiúça as vidas dos filhos nos mínimos detalhes. É muito melhor um filho constrangido e VIVO a um sofisticado, popular e morto.
E eu já havia dito tudo isso no caso da Eloá que foi morta em Santo André num crime passional, uma menina que começou a namorar com 12 ANOS!
Mas sabe o que mais?! As garotas continuarão morrendo, porque a família brasileira não se emenda...
E nas palavras do jornalista Prates: "Acho que perdi meu tempo"

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Liberdade.com

Ultimamente temos ouvido duas siglas: S. O. P. A. e P. I. P. A.

Essas duas palavras que representam coisas corriqueiras do nosso dia a dia, mas que na forma de siglas tornaram-se tão odiosas nada mais são do que as siglas referentes a dois projetos de lei do governo americano que têm como objetivo fechar todo e qualquer site contendo conteúdo ou informação que possuam copyrights, ou seja, direitos reservados.

Esses projetos de lei que estão ostentando a falsa bandeira da “antipirataria” foram desencadeados de forma a atender ao interesse de grandes gravadoras que se sentiram lesadas em seus direitos autorais ao verem seus produtos circulando pela internet na forma de download gratuito, o que, na concepção das mesmas representa a perda em cifras.

O que esses lesados não sabem é que os downloads, bem como toda espécie de divulgação em ambiente on-line, são muito benéficos para que esse artista, produto ou serviço cheguem ao conhecimento das massas e então os interessados possam adquirir os mesmos produtos e serviços.

Seria muito retrógrado se voltássemos ao tempo em que havíamos de comprar um CD com 20 faixas para apreciar apenas duas ou três músicas. Hoje qualquer imbecil sabe que a internet pode sim ser uma fonte de divulgação tremenda e que essa lei implementada para satisfazer grandes gravadoras pode vir a prejudicar pequenas gravadoras e artistas de menor expressão que estão usando a internet e contanto com o compartilhamento de arquivos para a divulgação de seu trabalho.

E agora vamos e venhamos: É de conhecimento geral da nação que a venda de discos representa uma pequena fatia do lucro das grandes gravadoras que ganham muito dinheiro com shows, turnês e venda de imagem de seus artistas para estampar capas de revista, cadernos, mochilas, pôsteres, camisetas e qualquer coisa que o valha, ainda mais uma gravadora com o porte da Sony Music que produz artistas com fama internacional e com grande expressão no cenário da música moderna. Será que essa medida é mesmo necessária?

Por outro lado a bancada do senado dos EUA já e o FBI já começaram a caça às bruxas, mesmo com a revisão na lei e a prorrogação na aprovação da mesma.

O site Megaupload, um dos sites de compartilhamento com maior trânsito de dados e um dos mais confiáveis já foi fechado e seus donos levados à investigação e na url do site agora está estampada uma imagem com os selos do FBI e dos EUA, todos eles ostentando a águia que representa a liberdade.

Liberdade de quem? Das grandes gravadoras que se acham no direito de colocar um preço sobre a cultura, prostituindo seus artistas?

Dos grandes figurões de alto escalão que, sentados em suas poltronas, resolvem, do dia para a noite cercear todo o direito e acesso facilitado à cultura?

E o que nós temos a ver com isso? Tudo e principalmente nós, o povo brasileiro. Um povo bestializado, marginalizado e com um acesso à cultura e à educação de qualidade podada pela ganância e pelo despreparo daqueles que estão no poder, um povo que deve pagar 30 reais por um CD, ou então 40, 60 reais por um livro. Um povo que tem diariamente seu acesso à cultura negado por impostos absurdos que são pensados com carinho por nossos parlamentares para fazer com que você, eu e nossos filhos permaneçamos simplórios e ignorantes, dessa forma eles continuarão se reelegendo e a seus afetos e nós, pobrezinhos, cada vez mais chafurdando na miséria!

Levanto a bandeira dos Anonnymous, sim à cultura, abaixo à ditadura mundial digital!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Respeito é bom e eu gosto!

Que o mundo é uma selva não é novidade pra ninguém. Agora, que o mundo é uma cadeia alimentar aonde as pessoas tendem a devorar-se mutuamente é sim uma grande e assustadora novidade.
O que anda faltando em nossa sociedade é o respeito, o bom e velho respeito.
Hoje em dia as pessoas são munidas de seus próprios dogmas, crenças e conceitos e vivem em um eterno embate para que suas opiniões sejam acatadas por outras pessoas.
E é essa mesmo a palavra: “ACATADAS”. Não basta você respeitar a opinião de uma pessoa, segundo o ponto de vista dela você deve tomar essa crença como sua e seguir pelo mesmo ponto de vista.
Antes tínhamos amigáveis - e porque não saudáveis - discussões sobre os mais diversos assuntos, cada um defendendo o seu ponto de vista.
Dessas discussões podíamos abrir um enorme leque de percepção sobre os mais diversos assuntos e abrirmos nosso prisma sobre novos e diferentes conceitos.
Naturalmente não é o que acontece agora. As várias vertentes em diferentes segmentos culturais acabaram arrebatando seguidores fiéis, e esses seguidores fiéis não admitem ter a fonte de sua devoção discutida ou questionada e reagem com violência, sempre tentando “converter” as pessoas que questionam - ou debocham – de sua idolatria.
Você já deve ter visto nos jornais sobre algum grupo de jovens que agrediu e feriu gravemente outro jovem apenas porque este seguia um estilo diferente ou porque ouvia uma música diferente, é triste.
A internet também tem servido para acalorar as discussões, que se tornaram cada vez mais violentas e desrespeitosas.
É fato que a internet tornou-se um grande mural onde qualquer pessoa pode expor sua opinião através dos blogs e sites pessoais, também é fato que qualquer pessoa pode comentar tudo o que foi dito, com a possibilidade de optar pelo anonimato para destilar sua opinião.
Hoje é comum vermos pessoas se digladiando porque alguém gosta de uma banda que não é bem aceita pelos mais conservadores ou porque o novo filme da moda não é lá uma obra merecedora de um Oscar. E vemos mais uma vez o fim do respeito.
E isso acontece com coisas mais sérias e que vêm trazendo polêmica desde o início dos tempos. E acho que nesse caso o assunto que mais causa é a religião. Somos comumente atacados pela perseguição religiosa quando nos deparamos com alguém de crença diferente da nossa. Muitas vezes somos atacados e atacamos por algo que originalmente era para trazer a paz. Se isso não é irônico então eu não sei qual o real significado de ironia.
Uma coisa que eu gostaria de lembra-los é que os maiores conflitos armados e os maiores massacres da história foram originados em discordância de opiniões e crenças que, ao invés de trazer à luz o debate saudável e a busca por um ponto em comum, com elucidação e crescimento sociocultural, acabaram por gerar uma imposição de opinião por meio da força e da intolerância.
A falta de respeito anda de mãos dadas com a intolerância, e ambas são combustíveis para a violência, seja agressão física ou verbal, ninguém gosta de ser vítima.
Por isso, cada vez que você sentir aquele repúdio apenas porque uma pessoa próxima disse que gosta de Restart ou Justin Bieber, quando alguém próximo disser que a grande obra literária do século é Crepúsculo, ou ainda quando houver uma pequena divergência política ou religiosa, trate de matar o pequeno nazista que começa a gritar dentro de você e, antes de espalhar o terror da intolerância, tentem descobrir sobre o que a pessoa está falando. Conhecimento não mata ninguém, mas é historicamente comprovado que a intolerância e o ódio matam, e matam muito.

Forte abraço e até a próxima!

domingo, 8 de janeiro de 2012

CRESCER

Tá aí uma coisa tão inevitável quanto a morte que nos aguarda.
Um processo deveras doloroso, confuso, reconfortante, instigante e excitante.
Crescer é esse acúmulo de antíteses que fazem da vida de todos nós um adorável desafio.
Confesso que esse é um processo que me assusta e contra o qual eu luto diariamente e arduamente.
Como tenho inveja de Peter Pan, gostaria de eu mesmo descobrir o caminho para a Terra do Nunca, e lá eu poderia permanecer para todo o sempre como a criança que sou em meu interior e que infelizmente tenho que reprimir em virtude do dia a dia e das agruras do mundo moderno.
Será que sou só eu ou vocês também tem saudades de um tempo onde brincávamos na rua das mais diversas brincadeiras e vivíamos intensamente cada segundo de nossas vidas. Um tempo onde os amigos eram palpáveis e não apenas “espectros virtuais”, tempo esse, cheio de texturas, aromas, cores e sabores.
Infelizmente essas coisas foram sendo arrancadas de nós gradativamente e substituídas paulatinamente por coisas bem menos divertidas como a rotina de trabalho, os filhos, as contas, e todas as responsabilidades que até outrora não tínhamos.
Ah! Que saudades de um tempo em que as minhas únicas responsabilidades eram ir bem na escola, fechar o gol no futebol de rua e estar em casa a tempo de assistir “Os Cavaleiros do Zodíaco”.
Lembro com carinho de todos os amigos que fiz, de todas as aventuras que vivi, de todos os jogos que participei e de todas as brincadeiras, sejam as que envolviam brinquedos de verdade ou aquelas que eram executadas apenas através da imaginação.
Na vida adulta todas as cores da minha infância foram sendo aos poucos substituídas por um cinza triste, os dias se arrastam ao sabor das responsabilidades, tudo é feito numa eterna luta contra o relógio. Corremos tanto para conquistar um tempo para nós e quando esse tempo vem, é à custa de muita correria e doação e simplesmente estamos cansados demais para desfrutá-lo da maneira como gostaríamos.
Na infância as horas não corriam, voavam e as brincadeiras só eram interrompidas pelo grito da mãe de alguém, que irrompia de dentro de alguma casa das redondezas ditando ordens como “Venha tomar banho”, “Já pra casa fazer sua lição” ou ainda “Venha jantar que já está tarde”. Era tanta diversão que sequer sentíamos fome.
Hoje em nossa constante luta contra o tempo mal sentimos o gosto da comida, que engolimos com indiferença durante o ínfimo horário de almoço.
Mas essa guerra contra o tempo não precisa ser uma guerra perdida, desde que passemos a cultivar e cativar a criança que existe dentro de cada um de nós, dando espaço para que de vez em quando ela possa sair daquela prisão insólita onde a colocamos assim que ficamos mais velhos, deixando-na bailar, imaginar, sonhar. Dessa forma, esse processo de crescer, de envelhecer, que é inexorável e aparentemente tão injusto acaba se tornando mais suave apenas se aprendermos a consolidar nossa maturidade e experiência de vida com a alegria e a energia de nossa tenra idade. E quando seu fardo lhe parecer muito pesado, e quando os dias parecerem rir-se do seu cansaço, dê-se ao luxo de parar por um momento e recuperar suas energias e esperanças no sorriso sincero e despreocupado de uma criança.

Olá!
Eu sou Diego Henrique, formado em letras e com um trabalho de colunista e cronista em um jornal aqui na minha cidade de Jundiaí - SP, a "terra da uva".
Autor da "Coluna Torta" estou agora alçando novos (e perigosos) vôos pela web com o Blog Mundo Torto, uma extensão da Coluna Torta onde eu não vou ter os limites de linhas e nem ninguém para avaliar se meus textos são ou não publicáveis, aqui vocês vão encontrar a minha visão do mundo e como eu acho que as coisas funcionam ou deveriam funcionar.
Também convido todos a enviarem textos, poemas, ou qualquer coisa que o valha e abriremos o espaço para que publique-se aqui. Vamos fazer uma parceria bacana entre todos os amantes das letras, da literatura, música, poesias... Enfim, aos amantes da cultura em todas as suas formas e expressões.
Um forte abraço!