sexta-feira, 20 de março de 2015

Meu feminismo machista.(Declaração a uma mãe)

Ultimamente a internet tem dado voz e espaço para movimentos mais radicais que não vinham ao nosso conhecimento quando o mundo era só rádio e televisão. Os debates são fervorosos e nem sempre muito educados, mas acho tudo muito válido para que os ideais e reivindicações venham à tona. Acho de suma importância que as pessoas tenham voz, já que estamos (ou estávamos, já nem sei mais) em uma democracia.
Mas a democracia também garante o direito de resposta e o direito de concordar ou não com as ideias colocadas em debate e isso estamos perdendo aos poucos.
Hoje temos as conhecidas minorias que já vem participando ativamente da vida política já tem uns 12 ou 15 anos. Acho maravilhoso que essas pessoas tenham conquistado sua voz e que estejam participando da vida política e pública. Quem dera todo brasileiro reivindicasse com o fervor de um bebê que chora por atenção. Talvez não estivéssemos à bancarrota como atualmente.
Mas vamos ao assunto que os trouxe até aqui. Um desses movimentos mais radicais é o feminismo. Confesso que conheci o feminismo faz pouco tempo e por debates internet afora. Eu tinha aquela imagem do feminismo do dia 8 de março de 1857, quando as mulheres fizeram uma greve geral e pararam uma fábrica de tecidos, reivindicando uma mudança nas leis trabalhistas e exigindo remuneração e respeito compatível com o dos homens. Isso foi digno, isso foi histórico e isso é comemorado até hoje - mesmo que poucas pessoas saibam o significado e tenha se tornado mais uma data comercial, bem como o dia dos namorados.
Aquelas mulheres lutavam por dignidade e COM dignidade!
Agora vejo debates pela internet onde as feminazi (sinceramente não consigo pensar num nome melhor) reivindicam exclusão de gênero... Ahhhh... Sei que preciso ter respeito com meus leitores, mas não posso deixar de mandar meu VÁ PRA PUTA QUE PARIU!
Pra quem não pescou eu vou explicar. Sabe quando você diz "Ei menino!" ou "Olá menina"?
Pois de acordo com uma das reivindicações das feminazi a palavra deve passar a ser meninx.
Sem a desinência de gênero. Só um X no final! Olha que simples! Só queria ver uma feminista bocó pronunciando essa joça!
E outra, o que é que uma reforma na morfologia das palavras vai ajudar na causa feminina? Nada! É uma reivindicação estúpida oriunda de um movimento estúpido!
Assim como o direito ao aborto. Mas sobre o direito ao aborto eu quero falar um pouco a respeito.
Muita gente diz que elas reivindicam o direito ao aborto simplesmente porque querem liberar geral e não querem assumir a responsabilidade pela noite "mal dormida" se é que me entendem.
Concordo que tem gente que pensa assim mesmo. Já cheguei ao cúmulo de ler de uma feminista algo como "Como faço para induzir um aborto? Não quero essa coisa. Ela está crescendo dentro de mim e essa coisa está se alimentando de mim! Me ajudem a tirá-la".
A coisa era o bebê, o filho dela, um ser inocente, imaculado, um milagre. A vida em si é um milagre e acho que a capacidade de gerar vida é o maior dom que Deus concedeu à humanidade e ele o deu à mulher. Portanto, diante do meu ponto de vista "machista opressor" essa aí tinha que ir pro pared~]ao de fuzilamento. Um ser que profere algo como isso que ela disse é perigoso pra sociedade e merece ser eliminado.
Agora vamos ao outro lado. O cara tá lá com a mina - conheceu agora, ou namorada, tanto faz - e começa a esquentar o clima. O cara quer dar umazinha, a minha tá no clima.
Só que ela, inocente e pura, não toma anticoncepcional e o garotão não possui um preservativo e tampouco quer correr até uma farmácia ou mercadinho e correr o risco da cocotinha sair do clima e pensar direito. O que ele faz? Chega ao pé do ouvido dela e sussurra algo que a convence de que o preservativo é uma convenção social e que não vai acontecer nada, porque ele é mágico!
A garota cai na lábia e acaba engravidando e o gatão xavequeiro? SOME!
A garota fica sozinha pra sofrer as dores da gravidez, as mudanças hormonais, parir o rebento e arcar com o filho sozinha. Se tiver o apoio dos pais muito que bem, caso sejam pais mais ignorantes vão colocá-la pra fora de casa. E nem adianta dizer que "Não. Que pai faria isso" mas vivemos em uma sociedade metida a besta mas onde pouca gente tem acesso à educação e muitas famílias no país ainda vivem sob valores e moral feudais.
Se essa garota for menor de idade o prejuízo é muito maior pois ela certamente deixará a escola para cuidar de si e do filho. E só pra lembrar... O pai da criança tá em... Ah é! Ele SUMIU!
Pode estar bebericando, assistindo futebol, jogando videogame ou quem sabe engravidando outra pobre incauta pra sumir depois.
A lei é muito frouxa com relação a isso e nem adianta dizer que a única coisa que funciona nesse país é a pensão alimentícia. Essa lei também é falha e não falo só de responsabilidade financeira não. Falo de responsabilidade moral. Falo de ser PAI. Assumir um filho não te faz pai. Arcar com as responsabilidades, dividir a educação e formação moral da criança, participar do crescimento e do desenvolvimento do filho com algo mais do que um cheque com 10% do seus rendimentos descontado em folha porque você tem medo do delegado.
A mãe vai estar lá com a criança 24 horas por dia. Na saúde, na doença, no desamor, no coração partido, na nota vermelha, naquela vez em que ele for o último a ser escolhido no futebol, no primeiro porre, no exame de direção, na prova do vestibular, quando sobrar conta e faltar dinheiro... Ela vai estar em todos esses momentos. E se você, playboy se acha esperto por ter escapado dessa... Cara... Você é um imbecil que não faz ideia que quem saiu perdendo foi você.
Por isso eu reforço, para homens e também para as mulheres, principalmente as jovens que polinizam bobagem apenas porque querem aderir à alguma ideologia.
Feminista de verdade é como a minha mãe que teve um filho todo ferrado mas não desistiu. Que tinha apenas 20 anos quando passou por um trauma desse e mesmo assim teve força pra seguir em frente e é graças a isso que estou aqui escrevendo pra vocês. Minha mãe que teve outra filha pouco depois e que nos criou trabalhando 12 horas por dia, chegando em casa e cuidando da casa. A mãe que tinha que revezar entre hospital, comigo internado, e hora extra. A mãe que por muitas vezes passou noites seguidas em claro velando meu sono e o da minha irmã e que até mesmo agora, com meus 30 anos continua sendo a mesma coruja superprotetora que enfiaria o mundo minha goela abaixo se assim pudesse. Uma mulher que nunca deixou que seus problemas pessoais - e agora com a visão de adulto eu consigo entender que eram e são muitos - nunca deixou que eles nos afetassem e que ainda achava tempo para se empolgar com Cavaleiros do Zodíaco, Simple Plan e Jaspion. E que até mudar de time mudou. Isso é amor e feminismo nenhum jamais será capaz de ensinar isso!
Acabei saindo totalmente fora do assunto mas vai nessa vibe mesmo!

Galera, o mundo é torto, mas enquanto eu tiver minha mãe e as outras mulheres da minha vida ao meu lado eu vou tentando endireitá-lo. Forte abraço!

segunda-feira, 2 de março de 2015

Que programa é esse?


Estava de olho nas notícias e vi que o governo suspendeu – sem aviso – o programa “Minha casa melhor” que atua junto ao “Minha casa, minha vida” e libera um subsídio extra para a compra de móveis e eletrodomésticos para a casa recém adquirida.
O motivo da suspensão deste programa social é óbvio: O governo atual faliu o Brasil.
Foi então que me coloquei a pensar sobre projetos sociais que ajudariam de fato a classe mais carente sem gerar o parasitismo e o oportunismo que temos observado acerca das “bolsas” concedidas pelo governo federal.
Muita gente leva o auxílio a sério e o usa para manter os filhos enquanto peleja uma colocação profissional, contudo, outras pessoas tiram o foco da verdadeira função do benefício e deixa os filhos à míngua, mal vestidos e subnutridos enquanto investem o dinheiro do auxílio em celulares de marca, televisores gigantes e notebooks potentes com acesso à internet. E é de se esperar que no país do “jeitinho” uma ajuda que tem o objetivo de ser provisória acaba se tornando permanente. E esse sustento ao próximo sai do bolso do trabalhador, não como ato de caridade, mas sim como um estupro!
Enquanto pensava em programas sociais que realmente pudessem beneficiar a população lembrei do “rouba mas faz” Paulo Maluf e seu programa “Leve leite” que premiava alunos que apresentassem 90% de frequência escolar com quilos de leite em pó. Uma assistência que exigia que o aluno frequentasse as aulas para ser reclamada.
Pensei também nos restaurantes comunitários, alguns vinculados ao programa “Alimente-se bem com um real” do SESI. Lembro que fiz um curso de culinária desse mesmo programa no SESI próximo a minha antiga casa e achei bastante satisfatório, ensinando a reutilizar cascas, talos e outras coisas que jogamos fora, mas que podem constituir uma bela refeição, combatendo assim a cultura do desperdício.
Imaginem um trabalhador que pudesse almoçar todos os dias e no final do mês teria gastado apenas 30 reais e por uma comida de qualidade, balanceada e avaliada por nutricionistas.
Também penso que seria excelente investir em merenda escolar. Em primeiro lugar porque muitas vezes é a única refeição que uma criança carente faz no dia e em segundo lugar porque a merenda se dá na escola, ou seja, pra comer com qualidade a criança teria que estar na escola, presente em sala de aula.
Mas para acabar de vez com a miséria e o assistencialismo o Brasil precisa de uma medida a longo prazo e essa medida é a reestruturação – e porque não dizer reconstrução – cultural em vários níveis, de modo que o “jeitinho brasileiro” seja para sempre extinto e então veremos as coisas dando certo, longe do oportunismo.
Foi aí que pensei em uma intervenção midiática. Uma regulação de todo conteúdo transmitido pelas emissoras de TV abertas. Esse decreto teria uma bancada responsável por avaliar o conteúdo oferecido nas grades de cada canal.
Claro que para isso dar certo esta bancada deveria ser incorruptível, de preferência um conselho privado que não recebesse influências diretas do governo.
E notem que não me refiro ao “marco civil da internet” ou outras formas de censura que tememos diante da maré vermelha que está assolando o país. Quando falo de regular o conteúdo me refiro a qualificar o conteúdo, trazendo mais programas culturais e substituindo aos poucos a baixaria que impera na TV aberta nos dias de hoje.
Claro que a televisão no Brasil e vista como fonte de lazer para a maioria das famílias e visam o lucro, portanto passam aquilo que dá audiência e se o povo quer barraco eles entregam a cultura do pão e circo.
Mas será que uma mudança gradativa faria tanto mal assim para a população? Será mesmo que o brasileiro é tão burro?
Vejam por exemplo o caso da Raquel Sheherazad,
a jornalista, natural de João Pessoa foi trazida para o SBT e ficou famosa por suas opiniões “doa a quem doer” e acabou ganhando a simpatia dos telespectadores, virou hit na internet e tem um dos canais mais acessados do Youtube.


Prova de que muitos brasileiros estavam atentos ao jornal, o que é uma coisa excepcional. E graças ao comentário cheio de farpas e à sua repercussão na internet muitas pessoas acabaram se interessando pelas opiniões da jornalista e passaram a seguir o noticiário, e isso inclui uma enorme massa de jovens também.
Luís Carlos Prates é um gaúcho, comenta o jornal do almoço do SBT de Santa Catarina e é meu ídolo. Tomei conhecimento dele através da minha – agora esposa – Kelly, que é de Caxias do Sul e
me encantei com a dureza e a verdade crua de seus comentários logo nas primeiras visualizações e comecei a divulgá-lo nas minhas redes sociais, tendo bastante aderência por parte dos colegas interessados no tema.


Portanto não sou contra a evolução dos meios de comunicação e de uma maneira mais dinâmica e com mais personalidade de fazer programas, de noticiar e de educar. Sou contra os programas que não agregam, ou ainda os que desagregam valores.
Fiquei besta ao ver que no Fantástico, programa de variedades e notícias da Rede Globo que tem enorme audiência nas noites de domingo, quando ficaram discutindo se o vestido era azul e preto ou azul e dourado, ou sei lá. Nem sei de onde surgiu essa banalidade, mas perder tempo com isso num programa com uma produção tal qual a do Fantástico é de chorar.

E os programas como “Casos de Família” e similares, e incluo aqui os de fofoca, que perpetuam uma baixaria em plena tarde, em um horário onde muitas crianças são deixadas em companhia da televisão. Aí depois o pessoal vem censurar Dragon Ball e Pokémon… Porra meu!
Sem falar em pérolas como o Exxxxxquenta que apresenta artistas com péssimo comportamento e envolvimentos em escândalos e os apresenta como heróis da humanidade a servir de exemplo pra molecada em formação. Bom… Se já tem gente idolatrando Chê Guevara né?!
Uma saída interessante seria que essa bancada que sugeri no início do texto estipulasse uma carga horária para as emissoras a ser preenchida com programas educativos, documentários, debates interessantes. A internet está aí pra provar que adquirir conhecimento pode sim ser divertido. Tantos canais de curiosidade e conhecimento que fazem uma abordagem leve e interessante dos temas propostos e angariam milhares de visualizações e seguidores.

E embarcando nessa atuação do governo a famosa “verba de imprensa” que deve ser repassada para os canais para divulgações sobre os governos e propagandas poderia ser repassada de acordo com o espaço e investimento da emissora entre produzir e transmitir conteúdo educativo e cultural, como se fosse uma Lei Rouanet só que sem as FRAUDES!
Entretanto é difícil esperar esse tipo de reforma enquanto houver corrupção e enquanto os governantes se refestelarem no dinheiro do povo, entrando em escândalos e mais escândalos. Para isso, a população dever permanecer ignorante e domesticada.
Talvez essa reforma cultural fique no sonho, talvez perpetuemos essa dependência de esmolas achando que somos mais espertos que o outro que acorda cedo para trabalhar e talvez a qualidade de vida do brasileiro desça cada vez mais. O que é certeza é que deixamos de ser um povo e passamos a ser um curral. Ordenado, domesticado, dócil, onde os poderosos pintam e bordam e ainda assim continuam sendo eleitos.
Mas continuo nessa missão e pretendo vencer pela pena ou morrer pela espada, mas jamais desistir!
Forte abraço e até a próxima!!!