quinta-feira, 3 de outubro de 2013

A síndrome do “Não é neste setor”

Olá meus caros conterrâneos. Espero que não tenha dado tempo de sentirem minha falta, pois já estou de volta!
Vocês já se perguntaram por que nosso país tão amado não vai pra frente?
Eu diria mais, me atrevo a dizer que o Brasil, nossa pátria amada, idolatrada, salve, salve anda a passos largos para trás, em um descabido retrocesso de desenvolvimento.
Claro que sempre é praxe culpar o governo, a corrupção, o mensalão e os mensaleiros e a quantidade insana de políticos e parlamentares que nós sustentamos pagando o maior imposto cobrado por todo o globo terrestre!
Mas infelizmente tenho que admitir que o comportamento do povo também influência bastante na derrocada do país e que a mentalidade de nosso povo está ainda muito aquém dos países com grande desenvolvimento cultural e econômico, portanto, estamos cobrando uma mudança para a qual talvez não estejamos preparados.
O que eu coloquei ali no título não se trata de uma síndrome verdadeira, ou de uma patologia existente no CID, mas poderia muito bem existir e ser chamada assim, uma vez que o nome é fictício, mas a patacoada é verdadeira!
Esse é mais uma manifestação, entre tantas outras, da “malandragem” brasileira. Aquela que os artistas e muito da publicidade brasileira coloca com uma coisa boa! Aquela imagem dos sambistas cariocas do início do século passado que se auto intitulavam os malandros e o personagem pegou e acabou se alastrando por todo território nacional e na cartilha dos “malandros” consta o item “não deixe para amanhã o que você pode fazer depois de amanhã, ou que alguém poderia estar fazendo por você”. E parece que esse é o mandamento de cabeceira de grande parte dos funcionários, principalmente se formos parar para observar os serviços “públicos de qualidade” dos quais dispomos aqui no país do “financiamento coletivo”.
Mas o caráter que mais me impressiona em tudo isso é que se você tenta fazer a diferença, começa a fazer um trabalho bom, começa a dar sugestões para melhorar a produtividade ou aponta alguns problemas de sua empresa, seu local de trabalho e propõe algumas sugestões você é visto como um imbecil!
Pois é. Aquele infeliz que trabalha com afinco, que veste a camisa de seu emprego ou ocupação, que zela pela produtividade e bem estar dentro do seu ambiente de trabalho é muitas vezes tratado com desprezo, com desdém e acaba com um rótulo de “chato”, “capacho”, “irritante” entre outras coisas. Enquanto as pessoas para quem ele responde, que deveriam estar contentes por ter um funcionário com tamanho afinco acabam incomodadas.
Ora, mas é claro! Se o caboclo leva problemas e sugere soluções para aqueles que deveriam estar resolvendo os tais problemas, que ganham muito bem para monitorar e solucionar qualquer entrevero ou impasse na produtividade ou na logística das atividades exercidas em seu lugar de trabalho vão se ver forçados a trabalhar. Isso seria horrível, não é mesmo?
Hoje em dia muita gente trabalha apenas pelo salário, não se importando em fazer a diferença, em prestar um serviço de qualidade ou desempenhar sua função com paixão e dedicação, o que muitas vezes significa ir além da função designada por um contrato ou crachá. Quem por ventura acaba se vendo diante de um problema ou situação em que é imprescindível agir acaba fazendo de má vontade, reclamando e dizendo que “aquilo não é trabalho seu”.

Hoje em dia as empresas tem como modo operacional chamar seus trabalhadores de equipe ou time, mas será que o espírito de equipe está mesmo presente em algo além da nomenclatura? Será que as pessoas valorizam de fato suas funções e seus empregos? Ou a maioria apenas reclama e inveja quem tem uma colocação um pouco melhor, mesmo desconhecendo suas verdadeiras funções e só conhecendo os números de sua folha de pagamento?
Será mesmo que essa é a mentalidade de um povo e país que buscam maior independência e ascensão econômica?

A síndrome do “Não é nesse setor” é o que prende nosso país no limbo e que faz com que o Brasil, mesmo com todos os recursos de primeira seja um país de terceira com um nível cultural de quinta... Mas será que o povo anda mesmo preocupado com isso?
Duvido muito, afinal de contas, amanhã é sexta!

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Tirem as crianças da sala!



Olá pessoal! Sejam bem vindos ao blog Mundo Torto que nessa sexta feira está mais torto do que nunca!
O assunto que eu ia abordar nessa sexta feira era completamente diferente, mas foi quando vi uma notícia que não podia deixar passar.
Quem acompanhou as notícias da internet na última semana, ou o programa Agora é Tarde de ontem ou tantos blogs e vlogs por essa internet a fora já ficou sabendo da nova determinação sem pé nem cabeça de um canal de televisão outrora muito querido por mim.
Pois é turminha! O Cartoon Network anunciou que vai retirar de sua grade de programação o desenho “Tom e Jerry”, anunciando que o desenho é politicamente incorreto e carregado com violência explícita, o que seria prejudicial às crianças.

Eu falo muito palavrão no meu dia a dia, sou desbocado por natureza, contudo quando escrevo procuro manter o profissionalismo e não costumo usar de palavreado chulo, contudo peço encarecidamente, mas não posso deixar passar essa notícia sem um comentário bastante pertinente:
PUTA QUE PARIU CARTOON!
Eu sinceramente acho que esse veto do Cartoon Network partiu de uma pressão da Coca Cola que resolveu se livrar de tudo que pudesse fazer menção ou alusão ao catastrófico rato encontrado no refrigerante que leva o nome da empresa. Cansado de ver tantas piadinhas e deboches no Facebook eles estão queimando arquivo e resolveram começar “apagando” o simpático Jerry.
Mas voltando a falar sério. Porque será que hoje em dia existe essa implicância com o conteúdo que é destinado às crianças? Em uma televisão que já pensou mais na formação da criança porque interferir tanto em uma coisa que é categorizada como ENTRETENIMENTO. E o que causa esse alerta tão grande, capaz de achar que um desenho em que um gato persegue um rato é capaz de formar futuros assassinos ou sei lá qual poderia ser a outra alegação ou motivação para banir Tom e Jerry dos lares brasileiros.
Fiz uma postagem alguns dias atrás falando como Cavaleiros do Zodíaco e He-Man e outros tantos desenhos contribuíram para formar a pessoa e o ser humano que sou hoje. Posso ter um monte de defeitos - e desafio alguém a se declarar perfeito – mas não sou uma pessoa violenta, sou até mais pacífico e passivo do que eu gostaria.
Tom e Jerry animou a vida de muita gente, de muitas crianças, de muitos pais que viram seus filhos crescerem de forma saudável, se divertindo com seus desenhos animados. Lembro claramente das vezes em que meus pais sentavam no tapete da sala ao meu lado nas manhãs de sábado e torcíamos pelo Jerry. E falar que o desenho é só violência é a coisa mais sem cabimento do mundo! Eles sempre se uniam contra um inimigo comum, sempre se perdoavam, sempre se ajudavam em situações de verdadeira dificuldade. O
desenho acima de tudo ensinava a deixar de lado as diferenças, a perdoar e a aceitar quando outras coisas vêm em primeiro lugar.
E agora eu faço uma pergunta que está entalada na minha garganta: Onde está a falha?
Sim, porque algum setor quem que estar falhando demasiado para que os meios de comunicação estejam investindo tão pesado contra a programação infantil. Criança não rende mais? A indústria de brinquedos não consegue mais lucrar com antes? Quadrinhos não saem mais das prateleiras das bancas, ninguém mais coleciona figurinhas?
Ou isso tudo é pra mascarar uma falha tremenda nos setores de educação e segurança públicas que não conseguem ensinar ou coibir ações violentas causadas pela má distribuição de renda e ao invés de fazer uma política limpa o governo resolve mascarar tudo atacando desenhos infantis e jogos de videogame, como se todo jovem menor infrator fosse um idólatra de um rato marrom e um gato azul?
Tom e Jerry não “dá um peguinha”, Tom e Jerry não “dá pipoco”, Tom e Jerry não “mata gambé”, Tom e Jerry não traficam, não portam arma ou entorpecente, não são usuários. Tom e Jerry sequer vão para o baile funk engravidar!
Chega de colocar a culpa em desenhos que TODA A MINA GERAÇÃO ASSISTIU e que nos ajudou a crescer saudável. Chega de colocar a culpa em pixels de um jogo de videogame que só tem o intuito de divertir.
Enquanto isso tanta coisa imunda é discutida naquelas  sessões plenárias, tanto político com más intenções, tanta intenção de destruir a instituição familiar, tanta coisa errada e podre acontecendo por aí e eles querem colocar o peso de um país sem comando, indo à bancarrota em um acetato?
E o “jornalismo verdade” que segue sem censura alguma e mostra troca de tiros e todo tipo de barbárie nas primeiras horas da manhã? E as novelas e programas de auditório que mostram traição, barraco e trazem enorme apelo sexual e correm soltos na programação do dia todo das emissoras.

Quando tinha TV Colosso, Jiban, Tom e Jerry e Looney Tunes e o sangue jorrava e bombas explodiam na programação diária da TV as crianças cresciam como eu, com senso crítico e com extremo zelo pela instituição familiar. Agora é tanto cuidado pedagógico que cada dia mais criamos animais, se alimentando uns dos outros por prazer e poder...
É Tom... Me leve contigo que daqui não quero mais nada!



Tô revoltado como vocês bem devem ter percebido...
Já não tenho mais tanta certeza de que a gente endireita esse mundo não, mas vou continuar tentando!
Se gostaram comentem e espalhem a palavra.Não podemos deixar que o sacrifício de Tom e Jerry tenha sido em vão!

Forte abraço e até a próxima!



segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Respeito é bom e faz bem pros dentes.

E acabou o Rock in Rio, o maior festival musical do país que reuniu nomes de peso do cenário da música mundial. Festival esperado por muitos e com ampla visualização ao redor de todo o mundo.
Vou falar bem a verdade para vocês, eu não assisti praticamente nada do Rock in Rio, um pouco foi por falta de motivação, outro pouco porque eu estou muito de idade e o sono me impedia de ver os shows mais badalados e outro tanto por aquele protesto íntimo de adolescente rebelde pelo festival que leva “Rock” no nome ter como uma das atrações de estreia a Ivete Sangalo, artista que eu repudio por muitos e muitos motivos, talvez só não mais que a “Claudinha” Leite, ao menos a Ivete ainda demonstra um pouco de bom humor e simpatia como pessoa.
Fato é que ontem foi o encerramento do festival, que volta em 2015, se não me engano, e tinha como atração principal a banda inglesa Iron Maiden. Uma bandinha aí que eu nem curto muito (Ironia tá?! Sou fã dos caras) então resolvi deixar a TV ligada, os shows rolando e fiquei de boa na lagoa, mexendo no pc e batendo papo com a minha irmã enquanto dava uma espiada nos shows durante a longa espera pelo Maiden.
E foi quando eu liguei a TV que vi no palco uma banda que nunca tinha visto antes, fazendo um som que misturava um pouco de heavy metal em algumas canções e um pouco de hard rock em outras, achei o som de muita qualidade e demorei pra perceber que o vocalista cantava em português. Minha irmã, sentada no sofá do lado e munida da programação do evento me esclareceu que se tratava de uma banda chamada ”Kiara Rocks” e mais tarde minha noiva – que é uma pessoa tão informada que chega a me irritar – me contou que essa banda havia participado duas vezes do programa “Astros” no SBT.
Apesar do nome fazer referência ao segundo filme do Rei Leão (não entendi até agora porque) a banda tinha um instrumental competente e um vocal muito bacana, com um timbre legal pra esse tipo de música, contudo, por mais que o vocalista tentasse estabelecer uma conexão com a plateia e trazê-los para participar do show a plateia estava dispersa e em vários momentos, durante a troca de uma música para outra a multidão clamava pelo Iron Maiden, nem a banda trazendo o primeiro vocalista do Iron, Paul Di'Anno para o palco e tocando clássicos do rock – incluindo uma das primeiras canções do Iron, “Wrathchild” – com o vocalista foi suficiente para acalmar a fúria do público que clamava pela banda inglesa.
Aí chegou um momento em que o vocalista Cadu Pelegrini ficou visivelmente chateado – pra não dizer puto – com a resistência do público e fez um discurso cheio de humildade pedindo que os espectadores respeitassem o artista que estava no palco.

Não é de hoje que o Rock in Rio trás polêmicas desse tipo. Em 2001 o cantor brasileiro Carlinhos Brown foi vítima da fúria dos espectadores e agredido com garrafadas em sua apresentação.
Agora vem o meu ponto de vista:
Fiquei bastante chateado pela banda e envergonhado com a atitude do público. Me parece óbvio, não só pra mim quanto pra qualquer pessoa na Terra, para quem ainda não nasceu e para quem morreu antes da fundação da banda Iron Maiden, que o pessoal que foi para o evento ontem foi para ver o Iron. Isso é carta marcada! Contudo quem foi para ver o Iron, quem pagou ingresso, acampou na fila, viajou até o Rio e tal e coisa estava a par da programação e sabia que ia ter uma banda de São Paulo, pouquíssimo conhecida que iam ter que encarar no meio desse processo.
Aí eu pergunto: Adianta ficar clamando o Maiden? O Eddie vai aparecer no meio do show dos caras, comer os músicos e o Bruce vai entrar pulando triunfalmente?
Pois eu mesmo respondo minha própria pergunta: Não! Essa atitude só vem a constranger a banda que está ali no palco tentando mostrar o seu trabalho e causar um estresse desnecessário durante o evento.
De todos ali os que menos têm culpa são os envolvidos. De um lado a banda e de outro lado o público. A verdadeira culpa é do imbecil que resolveu colocar uma banda paulista, anônima ao grande público para abrir uma noite que teria pela frente Slayer, Avenged Sevenfold e culminaria na grande, majestosa e pirotécnica apresentação do Iron. O mesmo imbecil e inoperante que colocou bandas como Helloween, Almah, Hibria (mano, Hibria é muito foda) no palco Sunset, o palco secundário que não suportou o público que se deslocou para ver o Helloween.
Acho que temos de respeitar o trabalho dos outros assim como queremos que respeitem e apreciem o nosso trabalho. Estou usando aqui de exemplo os músicos, mas gostaria de levar esse debate mais longe, para nossa rotina e nosso dia a dia. O respeito e apreciação devem existir sobre qualquer trabalho, com qualquer profissional e em qualquer área.
Desde a caixa do supermercado à atendente da loja, secretária do consultório médico, enfermeiras, aeromoças, garis, servidores públicos, ascensoristas e com nossos chefes, gerentes, encarregados, pais e mães. Isso acompanhado da boa educação e simpatia no fino trato com as pessoas vai ajudar a tornar o mundo melhor!
E se quiserem gritar, vão gritar e esbravejar com os nossos funcionários lá de Brasília, aqueles lá que se fazem de intocáveis, assumem identidades de semi-deuses e fazem o que querem com o povo, mas que na virada nada mais são do que nossos empregados e nos devem respeito, servidão e satisfações e que nos cabe impor limites!
Essa foi a mensagem de hoje. Se gostaram, concordam ou discordam deixem o comentário e nos ajude a espalhar a palavra, divulgando nas redes sociais!
E agora chegamos à parte que eu mais gosto!
O mundo é torto, por isso Run to the hills.

Caramba... Não era isso... Ah! Lembrei!
O mundo é torto e faltam 2 minutes 2 midnight.
Diabo... O mundo é torto but I’m running free, yeah!
O mundo é torto, mas a gente endireita! (ufa lembrei)
Maiden neles! Up the Irons e até a próxima!


terça-feira, 17 de setembro de 2013

Obrigado por tudo, Santos Guerreiros de Bronze!

Fala aí pessoal! Aqui sou eu novamente com uma Coluna... Não, peraí... Esqueci que não estou mais no jornal... Recapitulando.... Vai!
E aí pessoal, cá estou de volta com mais uma postagem no meu, no seu, no nosso BLOG MUNDO TORTO!
Hoje quem está escrevendo não é o Diego conservador de direita, nem o Diego capitalista, nem o Diego que odeia o PT – escapou – nem o Diego que é manco de um pulmão e muito menos o Diego que está em um relacionamento estável e duradouro com uma guria que mora lá nos Pampas, tchê!
Quem veio escrever pra vocês hoje é o Diego criança, talvez a personalidade mais latente aqui dentro desse labirinto de seres que soy jo!
Estava eu ontem vendo um canal no Youtube sobre curiosidades de séries, filme, desenhos. Coisas antigas e atuais e entre essas coisas mais antigas tinha muita coisa que tinha feito parte da minha infância e juventude e não consegui evitar que lágrimas de nostalgia me viessem aos olhos!
Eu sempre costumo dizer pra minha irmãzinha que nossa geração é a mais privilegiada da história. Nós vimos duas trocas de papas, vimos um impeachment, tantos avanços tecnológicos – hoje alguém consegue lembrar como era a vida sem pc, internet ou celular? Foi o que eu pensei...
Sem contar a quantidade de avanços nas áreas da saúde, biologia, astrologia, e alguns retrocessos também como na educação, na preservação ambiental, no consumo.
Mas vamos ao que interessa e ao verdadeiro propósito desse post. Eu não sei o que teria sido da minha vida se não fosse pelos Cavaleiros do Zodíaco e pelo He-Man. Sou fanático confesso e convicto por essas duas animações e por essas duas franquias, até hoje consumo produtos com essa marca e preservo meus bonequinhos e suas reluzentes armaduras de ouro.  
Os defensores da deusa Athena conseguiram me prender na frente da televisão por 114 episódios e também durante as intermináveis reprises da Rede Manchete  que aconteciam enquanto uma nova temporada da animação ainda não estava disponível ou em fase de licitação e dublagem. Lembro que na época o meu castigo por qualquer coisa que fazia, fosse ir mal na escola ou por alguma desobediência, era ficar sem assistir os cavaleiros durante uma semana inteira. E como essas semanas eram longas. Ainda lembro que era recém lançada a segunda parte da saga das 12 casas quando tive uma nota ruim em matemática (maldita matemática, sempre ela)  e como castigo minha mãe me proibiu de assistir Cavaleiros por uma semana inteira. Eu preferia ter tido ripas de bambu maduro enfiadas debaixo das minhas unhas do que ficar sem ver o que aconteceria com Seiya e os outros. E ainda era a semana em que Hyoga ia para o tira teima com o cavaleiro de Aquário... Deus que me perdoe pelo quanto maldisse minha mãe durante aquela semana. Claro que minha mãe sempre foi nota 1000 e até mesmo ela ficou sensível e soube reconhecer a brutalidade daquele castigo e para amenizar um pouco sem ter de voltar atrás sua palavra e perder o crédito ela deu um jeitinho de mãe: assistia aos episódios e me contava assim que eu chegava do inglês. Lembro até hoje de quando cheguei do inglês numa sexta feira e ela disse que “Shun e o Seiya finalmente chegaram na última casa e terminou com o lindo de Peixes com uma flor na boca. Semana que vem você já pode assistir tá filho?! Mas promete que vai estudar direito pra não ter que passar por isso de novo!”.
Essa é minha adorável mãe, outra fã incondicional de Cavaleiros. Ela que quantas vezes deixou queimar o arroz do almoço porque estava vidrada na telinha ao meu lado, ela que tentou esconder as lágrimas quando Shiryu morreu na luta contra o cavaleiro de ouro de Capricórnio, ela que sempre foi MÃE com todas as letras maiúsculas.
Cada um desses cinco ensinou coisas que trago
até hoje como parte do homem que me tornei

Cavaleiros ensinava o valor da amizade, ensinava que um verdadeiro herói era aquele capaz de entregar a própria vida para proteger alguém que ama, era aquele que entrava em qualquer  batalha – mesmo nas mais perdidas – apenas para ajudar os outros amigos. Cavaleiros ensinou a temperança, a esperança, a lutar por seus objetivos, independente de quão impossíveis pareçam. Ensinaram a ter fé, a confiar nas pessoas que querem lhe ajudar e a trazer sempre a honra e o bem em seu coração e estes dons hão de proteger-lhe como uma armadura sagrada.
E vou dizer uma coisa viu... Essas mensagens para um menino na faixa entre 13 e 14 anos e com uma batalha perene pela vida como é meu caso, foram muito importantes.
E também tem o He-Man por quem eu nunca escondi minha admiração e fanatismo, o loirinho, príncipe Adam de Etérnia, tranquilo e covarde que quando erguia sua espada mágica e gritava “PELOS PODERES
DE GRAYSKULL! EU TENHO A FORÇA!” se tornava He Man, o homem mais poderoso do universo e até Pacato, seu tigre medroso e melhor amigo se transformava no possante Gato Guerreiro e juntos lutavam contra as terríveis forças do Esqueleto.
He Man sempre trazia uma mensagem ao final de cada episódio, algumas motivacionais e outras tantas educativas que ensinavam ética, respeito e educação para as crianças. Eu aprendi a respeitar os mais velhos, a ser bom com os mais novos e a ser educado com todas as pessoas graças aos conselhos e ensinamentos de He Man e creio que muita gente da minha geração também aprendeu da mesma forma.

Aí eu fico pensando como as crianças de hoje se viram? Eu procuro constantemente na televisão por algo bacana na programação infantil e choro com pesar pelas crianças de hoje. Até o Pica Pau ficou imbecil nessa nova versão. Tudo que encontro na televisão são desenhos no estilo Discovery Kids que na minha opinião não são educativos como a própria emissora os define e sim programas para crianças com avançado grau de retardo mental. Educativo era o que passava na Cultura. Todo mundo aprendeu a reciclar e lavar a mão com o Castelo Rá Tim Bum e olha que eu tô atual, poderia muito bem dizer que muita gente aprendeu como se faz o pão com o Rá Tim Bum, antes de ter o castelo, quando ainda era a família com Ivo e Lia e o clássico “Senta que lá vem história”.
Marcelo Tas, o eterno Professor Tibúrcio

Na programação que não se intitula “educativa” temos seriados que aceleram o processo de crescimento das crianças que são os conhecidos seriados teens e também temos alguns desenhos ou bobos demais ou com um conteúdo duvidoso e de duplo sentido mascarado em alguma parte do desenrolar do episódio. Os meninos já não têm heróis nas manhas de segunda a sexta e as meninas não têm mais aquela coisa maternal que era estimulada por desenhos e programas e os brinquedos da minha época.
Muita gente vai dizer que é feminismo, que valeu a pena ter mudado. Será que essa desconstrução da infância valeu mesmo a pena? Será que em uma sociedade onde as meninas e os meninos não sabem o que é um pião, não sabem o que é um carrinho de fricção, uma corda de pular ou um bilboquê mas já sabem o que é sexo, o que é maconha e o que é baile funk está mesmo indo para o caminho certo? Uma atualidade onde a criança deixa de ser criança tão logo aprende a ler e a escrever, onde vemos menininhas que ainda tropeçam nos passos munidas de celular e garotinhos pré-púberes com brincadeiras maliciosas e diversos preconceitos?
Por isso eu conclamo os Santos Guerreiros de Bronze... Voltem de onde estiverem e façam o mundo voltar a ser um lugar bom e digno, tal qual era quando eu era criança e nós nos divertíamos tanto juntos. He-Man e She-Ra, tragam seus poderes e a honra de Grayskull para acabarmos com a terrível horda de corruptos que
se instalou no palácio do planalto e Lion-o com sua Espada Justiceira, dê-me a visão além do alcance e também a esperança de, através dela enxergar um futuro melhor para nós e para nossos filhos!

E vou ficando por aqui com mais uma postagem. Caso tenham gostado peço para que todos curtam, compartilhem, comentem e fiquem ligados para novas postagens!
Que o mundo é torto a gente sabe, mas se elevarmos nossa cosmo energia até atingirmos o sétimo sentido, aí sim, inevitavelmente, a gente endireita!
Forte abraço pessoal! Até a próxima!
ME DÊ SUA FORÇA PÉGASUS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Quanto vale a vida?

Hoje algumas tantas pessoas estão chorando a morte do músico Champignon, ex integrante da banda Charlie Brown Jr.
O músico cometeu o suicídio na madrugada de domingo para segunda, matou-se com um tiro na boca e sua esposa – grávida de cinco meses – foi internada em estado de choque enquanto a polícia começava a periciar o local e dava início a remoção do corpo.
Confesso que não tinha nenhum apreço pelo artista, já gostei muito das canções do Charlie Brown Jr. Durante minha adolescência, inclusive tinha o CD “Preço curto, prazo longo” que deveria ter um furo de tanto que eu ouvi, no fim das contas o cd acabou sobrando com alguma ex-namorada minha depois do rompimento e eu nunca mais ouvi Charlie Brown e nem tive a curiosidade ou cuidado de acompanhar a carreira deles, apenas as notícias.
O estilo da banda, ou de seus membros já não combinava mais com o meu estilo e abdiquei a esse gosto por suas músicas e letras, mas agora não estou aqui para falar sobre musicalidade ou sobre o que acontecia “on-stage”. Estou aqui parar falar de seres humanos.
Penso eu o que poderia ter feito esse rapaz na casa dos 35 anos cometer o suicídio de forma tão fria. Muitos dizem ser o envolvimento com drogas, outros tantos dizem que poderia ter sido a dificuldade em lidar com a partida do amigo Chorão, outros tantos diziam que era depressão que tinha feito com que ele perdesse completamente o controle e as rédeas da sua vida. Acho que nunca saberemos, a menos que ocorra toda uma guinada histórica no rumo dos acontecimentos, o artista levou qualquer que fosse o motivo de sua angústia para a tumba junto com seu corpo já sem vida.
E eu tenho visto muita gente se suicidando. Adultos, jovens, crianças (o caso do garotinho que acabou com decisão final da perícia criminalista de que ele mesmo havia matado pai, mãe, tia e avó e se matado em seguida). Enfim, a bruxa tá solta.
Hoje mesmo evitei de me manifestar nas redes sociais das quais faço parte – tirando uma piadinha de humor-negro, mas entendam que o humor-negro cerne minha vida – porque observei que as pessoas que eram fãs do rapaz não estavam lidando bem com as críticas a cerca da barbaridade cometida por ele e insultavam os outros dizendo que ninguém sabia como ele se sentia e que quem criticava não havia passado por problemas como drogas e suicídio de pessoas próximas para saber o que realmente se passava com o rapaz.
Antes de qualquer coisa gostaria de deixar bem claro que sim, já tive os dois casos acontecendo com pessoas próximas a mim, inclusive familiares e agregados da família e pude observar de perto o drama dos parentes e dos demais envolvidos e muitos dos sintomas perduram até hoje no coração daqueles mais próximos das “vitimas”.
O que eu simplesmente não consigo entender é quando foi que a vida passou a valer tão pouco. Já acho uma barbárie tremenda e inafiançável uma pessoa tirar a vida de outra pessoa, agora, quando o caso é a pessoa tirar a própria vida eu fico imaginando como a vida passou a ter um valor ínfimo, uma ninharia.
Não entendo como pessoas públicas, que é o caso desse moço, possam “perder o sentido de viver”. Uma pessoa que tem um dom, que tem um talento, que já inspirou tanta gente com sua música, sua atitude. Uma pessoa que teve acesso à educação, à cultura e culturas diferentes da nossa, que imagino eu – de acordo com o sucesso da banda e das composições – não devia ter problemas de ordem financeira, uma pessoa que em breve seria pai, veria uma vida brotando da semente que ela plantou no ventre da mulher amada, em um lar aparentemente estruturado.
O que faz uma pessoa nessas condições procurar conforto nas drogas, procurar atitude no vício e conforto na morte?
Vamos partir do exemplo de Gabriel, o pensador, que promove trabalhos na Angola, que quis ver a pobreza e aprender com ela. Um cara que trabalha com crianças, jovens, escreve para todas as idades, se envolve, se engaja. Talvez não tenha o mesmo holofote, duvido muito que renda o mesmo tanto, mas vemos nele aquele brilho no olhar de quem veio, viu e venceu!
Ah... Se todos nós fossemos assim!
Quando vemos crianças cheirando cola, ou acendendo um baseado na rua logo vamos julgando e taxando como “pivete”, “maloqueiro”, “bandido”, “trombadinha”. Já tive convívio com pessoas da periferia em que ouvi tantas histórias que fizeram com que eu mudasse minha maneira de ver a vida e me tiraram um pouco a pressa em julgar os outros. Conheci um rapaz que era o primeiro da classe na escola onde estudava, um menino educado e de fino trato, mas que trabalhava para traficantes depois das aulas. Fazia isso para poder sustentar os três irmãos e a mãe, já que seu pai havia morrido enquanto fazia um bico como pedreiro. Conheci crianças que cheiravam pra disfarçar a fome terrível que sentiam porque não tinham o que comer e o pouco que tinham precisavam dividir e deixavam a maior parte para seus irmãos mais novos. Gente que tem noção de altruísmo, muito mais do que muitos de nós que tanto temos e nada compartilhamos, queremos sempre mais e mais e mais.
Será que a vida desse moço que cometeu o suicídio essa madrugada era tão mais difícil e proibitiva do que a vida dessas crianças? Será que uma pessoa que conheceu a fama, os holofotes e os prazeres teria tanto motivo para se queixar e tanta coisa para camuflar mais do que eu, que nasci todo zoado, e que encaro cada dia como uma batalha a ser vencida e por mais que  veja as dificuldades se agigantando diante de mim jamais me apequenei para o que quer que fosse?
Por que o ego tem regido tantas vidas em nossos dias atuais? Por que tantas amizades deixaram de ser verdadeiras e passaram a se basear no que você tem ou é ou pode oferecer para te aceitar ou não como amigo?
Eu não tenho nada a oferecer além de um sorriso, meu bom humor e uma lição de vida para aqueles que quiserem aprender com a minha história. Eu sou feliz e me recuso a desistir, e amo intensamente e plenamente e vivo cada dia com a dúvida se será meu último, mas com a certeza de que tentarei fazer dele o mais bem vivido, esperando em oração que venha outro dia logo após.

É só o pessoal se dar conta: Viver ainda não ficou tão complicado como todos pensam!

Persigam a esperança e no final tudo dará certo!

Forte abraço e até a próxima!!!



segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Homo-fobicus eretus

“Homofobia”, essa palavra pode ser facilmente interpretada como medo ou pavor de homem, já que “homo” é o termo em latim para “homem”, mas não é bem isso.
Homofobia é o ato ou efeito do preconceito, desrespeito, repulsa (ou todas as anteriores) ao relacionamento homoafetivo, ou seja: O cabra macho não gosta de viadagem!
Sempre lembrando que o homossexual pode ser de qualquer gênero e a homofobia, apesar da palavra, inclui também a relação homoafetiva entre duas mulheres.
Eu realmente não sei qualificar se eu me encaixo na condição de homofóbico ou não. Claro que eu não concordo com a prática, não pratico, não tenho simpatia ou qualquer tipo de afeição à defesa do movimento, mas nunca seria capaz de desprezar outro ser humano, seja ele rico, pobre, branco, negro, oriental, homossexual... Minha educação veio do berço e é talvez a coisa mais valiosa que eu tenha e um bem que ninguém jamais poderá tirar de mim (todos os outros minha mulher vai levar embora, caso a gente se divorcie um dia).
Ontem passou um quadro no Fantástico sobre a ação homofóbica. A bem da verdade a Globo é uma grande madrinha do movimento gayzista que vem tomando força no país graças aos pitis do deputado Jean Willys que saiu vencedor do BBB (sei lá qual número) achou que poderia ser político e aparentemente conseguiu convencer o eleitorado brasileiro e agora usa esse poder para criar uma espécie de militância homossexual no país.
Bom, voltando ao quadro do Fantástico. Eles colocaram um casal de homossexuais trocando carícias em uma mesinha de um barzinho à beira da calçada e ficaram mostrando a reação do povo diante daquilo e é claro que a reação da maioria foi de choque e muitos até de reprovação. Com isso, creio eu, que tentavam mostrar uma faceta do preconceito do povo brasileiro, como que em um tom de acusação e de denúncia e é aí que eu penso: “E eles queriam o que?”.
Gente. Vamos e venhamos. Esse não é um comportamento ao qual estamos acostumados a sermos submetidos, não é uma coisa normal, não é natural (biologicamente falando) e em muitos casos não se trata nem de uma reação de desaprovação ou repúdio, e simplesmente de espanto!
As pessoas se espantam quando eu digo que nasci sem a porra de um pulmão! Alguns ficam desconfortáveis, alguns ficam com pena, outros acham heroico da minha parte viver assim e outros têm preconceito. A minha vida não é nenhum mar de rosas, durante minha formação, na escola, no bairro, entre os amigos, eu fui alvo de estranheza e preconceito sim e to aqui, firme e forte.
Eu sou contra pegar um homossexual e sentar-lhe a porrada, moer-lhe o couro e tacar-lhe fogo apenas por ser homossexual. Pra mim preconceito é você desqualificar ou desclassificar alguém por causa de qualquer traço imutável que essa pessoa possua, agora o que estão fazendo com isso é uma banalidade dos infernos.
Respondam com sinceridade: Quantos gostariam de ter um filho gay ou uma filha lésbica? “Ai... Não vejo a hora de nascer a minha bichinha pra eu cortar o pipi dele e chamá-lo(a) de Jucihellen”. Não existe!
E tem outra coisa que eu sempre debato quando entramos nesse assunto é o seguinte: O labutado direito dos homossexuais de professarem seu amor em público. Acho errado, acho feio.
Homossexual diz respeito à sexualidade e ao sexo, e isso a gente faz em casa. Heterossexual é a mesma coisa. Se eu vejo um casal homem+mulher se atracando eu tenho a mesma repulsa. Temos que respeitar o espaço dos outros.
E outra coisa que gostaria de comentar é essa enxurrada de direitos e concessões que estão tramitando ou já aprovadas à causa.
Aconteceu uns dias atrás de o deputado Feliciano ser ENCURRALADO por um grupo gayzista e aí
começaram a cantar “Robocop Gay” e dançar e fazer insinuações, passar a mão pelo rosto e cabelo do deputado durante todo o vôo. Ele não reagiu, não prestou queixa nem nada. A coisa repercutiu na mídia e foi abafada logo após.
Eu achei uma puta falta de respeito isso aí... Fico pensando se fosse uma militância contra o movimento gay encurralando o deputado Jean e cantando “Vapt Vupt, Nheco nheco e Pimba” pra ele em um vôo se teria sido de leve assim a repercussão da coisa. Isso sem mencionar aquela passeata desrespeitosa durante a vinda do Papa Francisco, que foi uma alegoria de atentado ao pudor e desrespeito ao pontífice da Igreja Católica que é a religião oficial desse país (estado Laico minha bunda).
As paradas gays que levam milhões do dinheiro público para preparar infraestrutura é nada mais do que uma orgia a céu aberto, com uso de drogas, abuso de álcool entre outras coisas.
Sou contra os homossexuais? Não, certamente. Sou a favor do respeito e da igualdade e que cada um saiba
seu lugar e respeite o lugar do próximo.
Ter opinião não é homofobia.

Forte abraço e até a próxima!


AI, COMO DÓI!

sábado, 10 de agosto de 2013

Ei, você aí! Me dá um “like” aí?


Depois de muito ostracismo, duas EQMs e 15 dias em companhia da minha noiva linda que estava de férias aqui em casa eu resolvi sair um pouco desse ócio depressivo e deprimente em que me encontrava naufragado e voltar a escrever, que depois de cozinhar é algo que gosto de fazer e com certo pouco de competência.
Bolei uma série de textos sobre uma coisa que tem sido alvo da minha cuidadosa e analítica observação: O Facebook. Pois é, vou abordar essa rede social e as minhas impressões sobre ela, seus usuários e qual o poder de transformação que essa joça vem exercendo no modo de pensar e no comportamento de nós, pobres seres humanos.
Deixando bem claro que o que vou expressar aqui é a minha opinião e se você não concorda deixe suas considerações nos comentários, claro que sem faltar com o decoro ou ofender a minha santa mãezinha. Também devo avisar que eu não planejo o que vou escrever, apenas planejo o tema e alguns aspectos principais, dessa forma o texto pode ficar um pouco longo conforme eu for me empolgando e dando vazão à minha verborragia e meus discursos de ódio!
Então vamos ao fato e o fato é que o Facebook passou a reger a vida da maioria das pessoas desse planeta e aqui no Brasil temos uma torrente de usuários. Segundo pesquisas os brasileiros estão entre os campeões em tempo conectados e também lideram o ranking de usuários nas redes sociais, tanto é que aqui ainda temos uma grande fatia de usuários de internet que ao invés de migrarem do Orkut para o Facebook preferiram manter o perfil da rede social do Büyükkökten.
E esse comportamento tem influência na maneira como as pessoas se comportam? Claro que tem!
A rede social que deveria ser apenas uma ferramenta para unir pessoas que não podem estar em contato cotidiano, unir parentes que moram distantes, reaproximar antigos colegas de trabalho ou de faculdade ou ainda agrupar pessoas que compartilham um mesmo interesse tornou-se um concurso de popularidade, onde o que mais vale é a quantidade de “likes” ou “curtidas” que uma pessoa recebe por qualquer porcaria que ela posta. Isso acabou por ter o seu lado bom e seu lado ruim (sim, porque tudo na vida tem um lado bom, até mesmo não ter um pulmão).
O lado bom de tudo isso é que muita gente teve sua criatividade despertada à lá “se vira nos 30”. Quem quer rir tem que fazer rir, como já diria o sargento Rocha em Tropa de Elite. A pessoa quer uma curtida e vai ter que batalhar por ela e nesse ínterim nascem excelente ideias, piadas, trocadilhos, tirinhas, montagens... Tem muita gente que publica um conteúdo de qualidade nesse sentido e até mesmo páginas que se especializaram nesse humor de facebook e todo mundo sabe que o brasileiro tem uma imaginação desgraçada pra esse tipo de coisa né?
Mas e a parte ruim? Bom, a parte ruim é que tem gente que vive em função dessas curtidas, que não quer compartilhar as coisas simplesmente por compartilhar as coisas, passa o dia todo pensando em grandes sacadas que pode publicar e atrair os likes da galera. E não são apenas “civis” que fazem isso não, muita gente que produz conteúdo para facebook também adora fazer isso para induzir os outros a clicar no famigerado botãozinho do polegar pra cima!
O primeiro grupo que eu quero destacar aqui são as “attention whores”.
“Orra Diego, seu manco de pulmão maldito! Vai me xingar agora?!”

Palma, palma! Não priemos canico! Esse termo em inglês foi introduzido na nossa cultura e pode receber a tradução livre de “taradas por atenção” ou a tradução literal que seria “putinhas querendo atenção”.
Pois bem. Essas aí são aquelas meninas que dão bom dia postando uma foto de micro shorts, decote lá no umbigo, maquiadas e com a chapinha recém-feita.
Ah piranha maldita! Quer que eu acredite que é assim que você acorda? Pois eu moro com duas mulheres (nas férias são três, porque a noiva tá aqui) e posso garantir a vocês que a visão de uma mulher acordando está bem, mas muito, mas anos-luz longe disso!
Os casados aí sabem que a realidade é bem menos misericordiosa do que os filmes de Hugh Grant.
Agora eu pergunto: Porque essas criaturas (e pior que na maioria são adolescentes) fazem isso? Por que dão bom dia, ou boa noite, ou Feliz Hannukah postando fotos que beiram o semi-nu?
Pra receber curtidas e comentários! Porque quando elas colocam essas fotos vai aquele bando de moleque punheteiro desgraçado e curte e ainda comenta “Linda”, “Maravilhosa”, “Bom dia, sua linda” entre alguns outros impropérios que não vale a pena transcrever. Aí quando ela tá passando pela calçada e um pedreiro assovia e pergunta “O que é que esse bombom tá fazendo fora da caixa?” elas se sentem ultrajadas!
Sério, putinha? Pra cima de mim?
Outra coisa que me dá nos nervos é quando a pessoa tenta fazer uma chantagem emocional pra conseguir arrancar seus likes entre lágrimas e soluços e taca lá a foto de uma pobre criança toda estrupiada, sem cérebro, com problema mental, beliscando parede, com pólio ou sei lá mais o que e coloca lá “Quantas curtidas essa princesa merece?” Porra cara! A princesa eu não sei, mas caralho, o que você tem na cabeça pra divulgar uma foto dessas? Se eu quiser ver doença, má formação genética ou coisa feia eu olho no espelho! Brincadeira! Mas eu acesso o Isso é Bizarro, ou o Assustador... Sei lá! Não é todo mundo que gosta ou tem estômago pra ver essas coisas e pior ainda e se sentir forçado e curtir pra não se achar uma porra de um psicopata! Isso sem falar quando colocam as fotos dos africanos bebendo lama (porque infelizmente muitos não têm acesso à água potável) e botam lá “Quem não tem preconceito vai curtir”. Isso é uma desculpa de pessoas sádicas que gostam de divulgar a desgraça alheia e vender como “consciência social livre de preconceito”, só que se é o Datena fazendo isso é sensacionalismo né?!
E tem também as correntes! É gente! Tem corrente no Facebook também!
Vocês se lembram daquelas correntes que a gente recebia por email do Bom Pastor e do Sagrado Coração de Jesus que diziam pra gente encaminhar o email pra toda a população das Coreias e aí um desejo do nosso coração seria realizado? Agora essas correntes migraram para o Facebook e temos várias imagens de santos e de Cristo e de arcanjos circulando pelas timelines dos mais desavisados dizendo que se você aceita Deus na sua vida você vai curtir, se você não clicar é porque você está fechando a porta para Deus ou algo do tipo, cada hora é um texto, mas sempre querendo a mesma coisa: uma curtida!
Gente... Vocês querem Cristo em suas vidas? Façam exatamente como Ele os ensinou: Ame ao próximo como a ti mesmo. Vá até a Casa Santa Marta aos domingos e ajude a servir café da manhã para os sem-teto, seja voluntário em uma Pastoral, ajude a alfabetizar uma criança, inscreva-se no projeto Doutores da Alegria e vá participar, alegrando uma criança com câncer, doe um agasalho, um alimento, um sorriso, uma palavra de amizade, de simpatia, de apoio. É aí que você encontra Deus! Não curtindo uma imagem estática no computador em uma rede social que provavelmente foi criada pelo Demônio!
Mas pra tudo isso tem que levantar o butico da cadeira né? Esse traseiro farto e achatado pelo peso de horas diante do monitor, então é muito mais fácil curtir uma fotinho lá e acreditar que seus pecados foram lavados!
Outra coisa que me irrita profundamente é aquele pessoalzinho indolente que posta fotos segurando uma plaquinha dizendo que se aquela postagem atingir um número “x” de likes alguém vai dar algo àquela pessoa. Geralmente são garotinhas mimadas dizendo que se a postagem atingir um milhão de curtidas o pai dará à ela o primeiro carro, ou garotinhos dizendo que se atingirem 50 mil likes ganharão sua tão almejada cirurgia de mudança de sexo.
Isso sim é mendigagem!

Queridos, queridos, meus queridos! Se você quer um carro, uma viagem, um instrumento musical, uma roupa da moda ou o novo Iphone eu tenho uma sugestão infalível de retorno garantido a médio prazo: TIRA A MALDITA BUNDA DA FRENTE DESSA PORCARIA DE COMPUTADOR E VÁ TRABALHAR! Seus pais já te geraram, já te pariram e te sustentam e todas as suas necessidades desde então. Já tá na hora de arrumar uma renda e parar de dar desgosto, que tal?


Bom pessoal, eu vou ficando por aqui com a postagem de hoje, com a promessa de tentar escrever mais e sempre.
Se por acaso você lembrou de alguma situação que não mencionei coloque nos comentários, se por acaso você participa das redes sociais, compartilhe e ajude na divulgação de nossas ideias! Agora se você achou que eu só falei groselha, curta a postagem porque eu também tenho o direito de mendigar meus likes!  Forte abraço e até a próxima!!!

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Os palhaços somos "nozes"


A jornalista foi muito feliz ao usar o termo "parasitismo". É absurdo que em um país do tamanho do Brasil, com toda sua extensão geográfica, clima privilegiado e riquezas naturais, a terra do "tudo que se se planta dá", não podemos admitir que as pessoas sejam dependentes de projetos de ajuda social criados pelo governo.
Reparem que ultimamente vêm surgindo um sem número de "bolsas" e tantas outra ajudas para a classe menos favorecida. Essas ajudas saem do bolso de todos nós, que pagamos impostos inomináveis sobre tudo o que consumimos e até mesmo para produzir somos tributados.
Aos que pensam que o governo está gastando dinheiro nessas tantas "ajudas de custo" que oferece às classes mais marginalizadas da população se engana. O governo está na verdade economizando milhões!
É muito mais barato tirar de quem produz e oferecer uma pequena esmola para os brasileiros em condição de miséria do que criar projetos que realmente alavanquem a situação do país e dê ao povo, de modo geral, sem distinção de classe social, cor e credo, o que o povo realmente precisa. É muito mais fácil distribuir espólios para uma pequena fatia da população do que gastar exorbitâncias em educação, saúde, segurança...
Pensem como seria custear uma verdadeira reforma na educação. Criar escolas de ponta, bem equipadas, com salas de aula modernas e professores bem remunerados e bem capacitados!
Pois permaneçam nessa linha de raciocínio e pensem só como seria dispendioso se o governo tratasse a questão da saúde no país! Nossa saúde está sucatada e deveríamos ver sendo construídos novos hospitais, reformulados, equipados e reformados os hospitais e postos públicos que já existem, teríamos que criar centros de especialidades, laboratórios, clínicas de diagnóstico e recrutar e pagar bem nossos médicos!
Na segurança a mesma coisa: Remunerar aqueles que arriscam suas próprias vidas para defender a ordem pública, e dessa forma reduzir drasticamente a corrupção dentro das polícias. Armar, equipar nossos homens da lei e promover uma verdadeira renovação no código penal brasileiro.
Isso tudo custa muito dinheiro! E será que nós temos todo esse dinheiro?
Bom, em breve análise posso afirmar que somos o povo que mais paga impostos sobre a Terra! Temos os parlamentares mais caros do mundo e em maior quantidade também!
Mas o governo prefere distribuir esmolas para a população mais carente, distribuir cotas INCONSTITUCIONAIS a torto e a direito do que atacar a raiz do problema, sairia muito caro e todos nós sabemos que todo o dinheiro excedente vai para o bolso dos políticos, se perde na corrupção e na sujeira de Brasília e dos governos pelos estados à fora.
Como pode um país que quer eliminar a pobreza e a miséria sendo que em tantos cantos não possui sequer saneamento básico? Escolas? Transporte público?
Como um governo pode querer resolver o problema da miséria e dos pobres sem capacitá-los e torná-los contundentes para o mercado de trabalho, para que possam ganhar o próprio pão?
É muito mais barato mesmo distribuir esmolas, contentar essas pequenas parcelas da população, ofuscar os reais problemas com projetos de lei e projetos de emenda constitucional dirigidas para esse ou aquele grupo específico, sem pensar num consenso geral de coisas que o país realmente precisa.
Essas minorias, juntas, tornam-se uma grande maioria e é prudente contentá-las pois são elas, isentas de cultura, educação ou engajamento político que vão reeleger esses mesmos ladrões.
E quanto todos começarem a se rebelerar? E quando as orgias com dinheiro público começarem a aparecer por detrás do véu da indecorosa corrupção?
De-lhes a Copa do Mundo! Superfature estádios e construa arenas de padrão europeu onde sequer existe escola e moradia, onde as pessoas têm que construir palafitas e canoas para tentar sobreviver, onde há seca, onde não há água potável...
Esse é o país do pão e circo, onde o pão está fora de nosso alcance, e os palhaços "somos nozes".

Forte abraço e até a próxima!!!

sábado, 11 de maio de 2013

Homenageando minha mãe!



Todo mundo que me conhece e conviveu o mínimo que seja comigo sabe dos meus problemas de saúde, também sabe como muitas vezes esses problemas me pregaram sustos terríveis.
Muita gente já disse admirar-se com a minha coragem e como eu enfrento tantas coisas com bravura, tentaram colocar-se no meu lugar e por vezes disseram que talvez não dispusessem da mesma força para encarar as coisas da maneira como eu encaro.
A bem da verdade eu sempre costumo dizer a essas pessoas que eu simplesmente sigo o fluxo natural das coisas: Aquele que tem fome, come. O que tem sede, bebe para saciá-la. O que tem sono, repousa. E quem tem algum problema de saúde se trata e se cuida. Costumo insistir que não sou nenhuma espécie rara e que não faço nada para dar exemplo, tudo que faço, toda a determinação para enfrentar esses problemas é puro egoísmo de minha parte, porque eu gosto de estar vivo, se eu desistir quem perde sou eu, não é mesmo?
Mas se querem saber de uma pessoa corajosa, bom, o nome que vem imediatamente à mente é o dela: Regina, vulgo mamãe.
Esse exemplo de coragem é quem me provê toda a força de vontade para continuar me superando, continuar lutando, continuar com o mesmo ânimo, alegria e amor à vida, com o mesmo riso fácil e uma piada pronta para tudo.
Aquela mãe que fez todas as escolhas por mim logo no meu nascimento, quando o mundo todo lamentava antecipadamente meu triste fim. Ela nunca aceitou esse tal de destino e também riu diante do julgo pesado que pairava sobre ela.
Ela - corajosa como é - lutou e nós vencemos. Ela escolheu por mim, escolheu que eu viveria, escolheu mutas das vezes ignorar a lógica, os médicos, a medicina, a vontade do próprio criador e seguir seu dom materno, que é sem sombra de dúvidas seu dom mais precioso.
Quantas vezes essa mesma mulher, que à altura do meu nascimento era apenas uma menina, teve que me deixar fazer escolhas que todos diziam que acabariam mal, que acabariam de maneira fatal, e ela resolveu desacreditar em tudo o que diziam e acreditar em mim.
Se tivessem dado errados todos os dedos inquisidores apontariam para ela, a culpariam, mas ela aceitou o fardo, porque queria me dar sensações, queria que eu aprendesse com a vida. Que tivesse durado bem menos, que tivesse sido mais curta do que vem sendo, mas teria sido plena, e isso só porque minha mãe aceitou os riscos e resolveu confiar em mim.
E quem é que sabe mais sobre mim do que minha própria mãe? Quem é que reconhece cada olhar, cada gesto, cada espirro! Minha mãe me conhece melhor que eu mesmo. Ela cresceu comigo, aprendeu comigo e nunca quis ser apenas uma gestora diante de meu crescimento, não. Ela foi arquiteta e mão de obra e é a responsável por edificar esse ser humano que sou hoje, com muitos tantos defeitos, confesso, mas com imensas qualidades.
E a minha mãe que não é só minha me deu o maior presente que eu poderia ter ganho:   a Camila, minha irmã.
E ela conseguiu repetir o sucesso da criação com amor, carinho e ternura com essa menininha também, a nossa indiozinha! E quem diria que depois de ter me criado ainda sobraria tanta "mãe" dentro dela para criar outro serzinho?! Dessa vez uma menina que precisaria de alguém para ensiná-la todas as delicadezas que uma menina precisa aprender (e honestamente, acho que minha mãe falhou um pouco no quesito fineza) e conseguiu transformar aquela outra coisinha saída de seu ventre em outro ser humano espetacular.
Não há modo de eu conseguir fazer caber em um texto todo o amor que sinto pela minha mãe e toda doçura, carinho, respeito, fé e esperança que ela sempre me ensinou e com que ela me criou, não tem como minha irmã e eu expressarmos com presentes, palavras e gestos o que ela representa para nós, acho que só mesmo tentando fazê-la se orgulhar cada vez mais de nós, e perceber que todo o esforço que ela teve e ainda tem valeram a pena, ou pelo menos estamos tentando.
Acho que só existe uma palavra maior que mãe que tem mais ou menos o significado e essa palavra é amor. Agora, difícil é dedicar um dia apenas àquela que tem estado presente em todos os dias da minha vida.
Mãe... Você sabe o que eu gostaria de dizer né?! Também sabe que a única palavra capaz de representar tamanho amor e sentimento é essa mesmo: Mãe.
Então feliz seu dia e que esteja sempre ao meu lado!

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Caxi o que?


Caxirola gente, esse nome bisonho é o que foi dado ao novo instrumento que querem fazer pegar para a Copa do Mundo Brasil 2014.
Trata-se de um par de chocalhos criados pelo músico (hein?) Carlinhos Brown nas cores verde e amarelo que vão fazer toda a alegria e folia da copa aqui na terrinha.
Deus, eu rezo tanto, quase terminei o seminário, leio a bíblia, conheço a vida dos santos, tenho santos de devoção... Então porque sou obrigado a ver tanta porcaria acontecendo?
Bom, a minha indignação é tanta que eu vou ter que tomar muito cuidado para não criar um texto gigantesco, então vamos ao primeiro item da minha indignação:
Por que brasileiro é tão paga pau?
Essa é a primeira questão que saltou na minha mente quando vi a notícia na televisão. Carlinhos Brown e Dilma apresentando ao mundo a tal da caxirola que, segundo a reportagem, deverá fazer tanto sucesso quanto fizeram as Vuvuzelas na última Copa do Mundo na África do Sul.
                                                          

Pra que? Não é obrigação a copa do mundo ter um instrumento oficial, acho que essa talvez seja a jogada de marketing mais falida do mundo. Brasileiro não consegue criar nada que seja oriundo da própria mente brilhante de algum cidadão. Já cansei de ver matérias onde atrizes e atores são comparados com contrapartes estadunidenses. Por quê? As coisas só têm relevância caso tenham alguma ligação, remota ou imaginária, com os Estados Unidos?
A atriz não pode ser bonita, talentosa, ter um corpo legal e ser simplesmente a atriz? Não ela tem que ser a “nossa alguma coisa”.
Lembro da época das revistas da Jovem Pan que eu e um amigo colecionávamos, nunca esqueci uma matéria de capa que trazia a ainda jovem e estreante Danielle Winits usando um biquíni azul e as letras vermelhas da chamada gritavam “A nossa Spice Girl”.  

Juro por tudo que é sagrado que nunca entendi aquela comparação... Primeiro que a moça não cantava, não coreografava, era atriz, segundo que não lembro de um tratado que declarasse que toda mulher bonita, a partir de determinada data, deveria ser reverenciada como Spice Girl.
Agora na Malhação apareceu um novo ator, o típico galã mirim e já foi avidamente rotulado como “Nosso Edward Cullen”. Pobre coitado do vampirinho gay com cara de frigideira perto do belo Guilherme Leicam.
Acho que essa coisa de comparar e de querer sempre copiar e criar algo parecido com coisas que temos ou vimos em outros países mais desenvolvidos além de um desserviço um demérito à criatividade do nosso povo.
Criamos tantos ritmos, tantas folias, tantas músicas de qualidade e brasileiríssimas. Criamos coisas que têm história. E o povo tá ligando pra história galerinha... Pelo amor de Deus.
O próprio forró nordestino é uma música carregada de traços culturais, o povo nordestino é um povo que tem um valor histórico imensurável para o país. E é aí que eu me pergunto porque é que temos que importar tanto comportamento, temos que importar ideias e copiar movimentos culturais ao invés de difundir os nossos?
Um nação com mais de 500 anos, com tantas participações importantes na história a nível mundial, na política global, patrimônio ambiental da humanidade. Será que temos mesmo que erguer nossa cultura sobre comparações de coisas internacionais?
Claro que não quero dizer aqui que as pessoas devem ser proibidas de consumir coisas estrangeiras, mas ao menos entendam a história de seu país. Muitos são os filósofos que dizem que é necessário um olhar para o passado para que possamos guiar nossos passos para o futuro.
Somos tão pouco patriotas e tão pouco interessados nos rumos de nossa pátria que dessa forma só poderemos andar pra trás, infelizmente...


E agora estou de volta à Jundiaí e vou retomar as postagens do blog. Peço uma força dos meus amigos curtindo, compartilhando e comentando as postagens, afinal de contas o espaço e eu estamos abertos a discussão e debate de opiniões!
E aí, bora endireitar esse mundo?
Forte abraço e até a próxima!

quinta-feira, 28 de março de 2013

Tempo de mudança!


Ufa! Já faz um tempo que eu venho tentando escrever alguma coisa mas parece que a inspiração simplesmente abandonou meu cérebro, minhas veias, minhas células...
Agora consigo entender o que foi esse “hiato” criativo que tem me mantido afastado do blog por tanto tempo, ainda mais nesse período de Marcos Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, motoristas embriagados arrancando braço de ciclista e jogando o dito braço no rio para se livrar das provas, e tempo depois o mesmo motorista bêbado conseguindo Habeas Corpus para responder ao processo em liberdade. Tem também a falácia das redações do ENEM, onde uma redação contendo uma receita de macarrão instantâneo foi pontuada em 560. Isso sem falar na páscoa, que é sempre algo que eu gosto bastante de comentar e criar muita polêmica!
Mas com tanto assunto assim porque diabos eu simplesmente não consigo escrever? Pensei, pensei, pensei e acabei percebendo que foi tudo culpa da ansiedade. É meus queridos leitores e leitoras, eu estou tomado pelo pavor da mudança e é exatamente esse o motivo que tem me impedido a concentração e tem livrado vocês dos meus delírios literários (se isso é pelo bem ou pelo mal cabe a vocês me dizerem).
E foi agora, depois da novela, tomando um longo banho – morno e relaxante – que eu resolvi escrever exatamente sobre isso: MUDANÇA!
Só pra ter certeza de que desta vez vai sair alguma coisa eu já desliguei a televisão, acendi as luzes, coloquei uma musiquinha bem light e inspiradora pra tocar aqui e vamos que vamos, bora escrever sobre essa coisa que acaba perturbando a alma não só minha, mas de tanta gente por aí!

O processo de mudança é sempre complicado, não importa de que forma essa mudança ocorre e com qual (ou por qual) finalidade ela ocorre, contudo é um processo pelo qual todos nós passamos e deveríamos já estar acostumados e preparados para isso, mas não estamos. Nunca estamos!
Não sei se o fato de eu ser canceriano, apegado ao passado, ao contexto familiar e à segurança do lar e dos porta retratos acaba deixando essa característica de resistir às mudanças tão gritante em mim, mas acho que até hoje todas as pessoas com quem já convivi temeram mudanças. Talvez não as temessem como eu as temo, com imenso pavor, mas que ao menos se sentiram inseguras diante de algumas decisões que deveriam ser tomadas em um curto espaço de tempo.
 Isso vem desde a transição da infância para a adolescência. Eu não sei como essa coisa funciona hoje em dia, visto que a molecada está cada vez mais “sofisticada” e sendo cada vez mais cedo apresentada aos aspectos da sexualidade, mas quando eu passei por essas mudanças elas ainda apavoravam e causavam muito constrangimento às crianças. Me pergunto que menina da minha época que não se assustou quando começaram-lhe a crescer os seios e aparecer os malditos pelos em lugares onde antes não havia? E a primeira menstruação? Hoje as gurias já são preparadas para isso, o diálogo entre os pais e os filhos é bem mais aberto (falo dos pais que merecem receber esse título, os que falam, orientam e fazem diferença na vida dos filhos, esses sim conversam sobre tudo) mas e na época em que a primeira menstruação fazia com que a garota pensasse estar morrendo de hemorragia?
Nos meninos também surgem novos pelos e odores, a mudança de voz causa muito constrangimento entre os garotos que falam ora grosso, ora fino. Isso sem mencionar a barba que começa a nascer, e as descobertas sobre os órgãos sexuais – que agora funcionam para a reprodução – e a descoberta e experimentação da libido. São os famosos hormônios em fúria!
Essas mudanças são inevitáveis, são biológicas e hoje já há instrução e conhecimento suficiente para sabermos lidar com elas, compreende-las e teme-las pouco menos, mas e as mudanças que não são biológicas? Aquelas que não são inevitáveis, aquelas que nos colocam frente a frente com escolhas e decisões que dependem de ninguém mais se não nós mesmos?
E é exatamente dessas mudanças e escolhas que quero falar, são essas mudanças e escolhas que estão me corroendo a alma, me afogando em ansiedade e implorando pro mundo parar porque eu quero descer!
Só para situá-los em minha angústia: Quem me conhece sabe que eu estou noivo de uma garota que mora em Caxias do Sul, e que se quiser que nosso romance dê frutos alguém vai precisar se mudar, e resolvemos que eu vou para lá.
A princípio foi tudo lindo, tantos sonhos, tantas ilusões, tantos pensamentos e idealizações... E caímos de cabeça na realidade tenebrosa da burocracia que está intrínseca nesse processo de mudança para outra região do país. Já pensou só sair da minha terra de oportunidades que é São Paulo e ir para o Rio Grande do Sul, lugar de tradições marcantes e de um povo que historicamente não gosta muito do resto do país (e tem uma birra evidente com paulistas).
Como se não bastasse esse processo de transição cultural e geográfica, que em si já constitui motivos mais do que suficientes pra deixar qualquer um grilado ainda tem a questão da minha saúde que é bastante delicada e toda a questão de adaptação, financeira... Enfim! Um verdadeiro pardieiro que caiu de repente na minha vida. E eu nem mencionei o fato de estar longe da minha família, minha mãe que é minha protetora e maior fonte de inspiração, a grande responsável por eu estar aqui, firme, forte e lindo, minha irmã que é meu maior tesouro e a coisa que mais amo nesse mundo, incondicionalmente, meu gato que é meu filho precioso e uma coisinha linda que depende de mim tanto quanto dependo dele e de seu carinho.
Amigos tenho poucos, mas os poucos que tenho são como uma extensão da minha família e sempre estiveram presentes nas horas de crise para me apoiar e me acudir. Meus médicos que são maravilhosos e pessoas cuidadosamente colocadas por Deus na minha vida,  até porque sem a sabedoria deles eu nem estaria aqui hoje também, meus enfermeiros queridos, o pessoal que cuida de mim com todo o carinho do mundo, e que acabaram tornando-se amigos mais do que especiais e essenciais e tantos outros amigos que tenho e que nem conheço, mas que de alguma forma está presente na minha vida, me ajudando de alguma maneira.
Vale a pena deixar tudo isso pra trás?
Não é como se eu estivesse deixando, estou carregando tudo no meu coração e deixando com cada um meu carinho e gratidão, mas acho que pelo amor e pela realização dos meus sonhos (os que ainda posso realizar) vale sim, bom, sei lá... Vou descobrir quando e se estiver por lá.
Mas prometo que volto para me esconder do frio! Ah se volto!
Bom gente, acabou não sendo a crônica cheia de reflexões e denúncia que vocês estão acostumados, esse texto está mais para um desabafo... Peço desculpas para quem sentiu que perdeu seu tempo, mas agradeço a todos que leram e partilharam um pouco das minhas agruras. Se serviu de alento ou encorajamento para alguém, ou ainda para um reflexão então já me sinto satisfeito!
E logo voltaremos com nossa programação normal, porque vocês sabem mas nunca me canso de repetir:
O mundo é torto, mas juntos, seja em Jundiaí ou em Caxias do sul, a gente endireita!
Forte abraço e até a próxima!!!