quinta-feira, 8 de março de 2012

O que seria de mim sem vocês?



Pra começar eu simplesmente não seria! Se não fosse o caloroso ventre materno eu não teria tido sequer a oportunidade de nascer, aliás, nenhum de nós teríamos pois acho que aqui ninguém brotou do chão, não é mesmo?

E foi logo pequeno que eu fui cercado e nutrido pelo amor incondicional desses seres tão frescos, perfumados e doces. Fui cercado, envolvido, protegido e tão logo nasceu uma identificação que eu não fora capaz de evitar.

E como as mulheres têm feito parte de nossas vidas e como essas mesmas mulheres têm conquistado seu espaço a duras penas e com muito sacrifício e suor do rosto.

Hoje temos mulheres na política, mulheres nos postos de gasolina abastecendo os carros, temos mulheres pilotando esses mesmos carros, ônibus, carros de corrida... A mulher conseguiu preencher todos os espaços que outrora eram considerados “masculinos” e até mesmo o futebol acabou sendo invadido por tranças, laços e batom!

Elas estão em todos os lugares! E nós temos que dar graças aos céus por isso, pois sabemos que tudo aquilo que elas fazem é feito com imenso amor, dedicação e com todo aquele toque materno que nós homens nascemos e morremos dependentes.

E eu celebro essa invasão feminina no mundo e fico penalizado e até um pouco revoltado é o fato de que essas mesmas mulheres que vem desbravando o mercado de trabalho e indo à luta ainda são remuneradas de forma diferente e ganham menos do que os homens, mesmo exercendo as mesmas funções. E se levarmos ainda em conta de que as mulheres de modo geral são mais estudadas que os homens (média de dois anos a mais na escolaridade) essa disparidade fica ainda mais gritante!

Assistindo um especial sobre as mulheres eu ouvi o depoimento da primeira árbitra de futebol do país - que trabalhava na ilegalidade pois a constituição da época (década de 60) impedia que mulheres exercessem funções ditas masculinas – disse algo que me tocou fundo: Ela disse algo que não vou reproduzir com as devidas aspas porque não consigo me lembrar das palavras exatas, apenas da essência do que ela disse. E foi algo como: Se as mulheres conseguem dar à luz, que é algo que nunca homem nenhum será capaz, então a mulher é sim capaz de fazer qualquer coisa que um homem faça.

E foram mais ou menos essas as palavras da precursora da arbitragem feminina no país.

Ainda chamo a atenção para um detalhe que passa despercebido por muita gente por ser uma coisa que “faz parte da rotina e da cultura” que é o fato da mulher ingressar numa jornada de trabalho com a mesma carga horária que o homem, no caso marido, namorado ou qualquer coisa que o valha, e ainda ter de chegar em casa e encontrar todas as responsabilidades que são erroneamente atribuídas à mulher, graças a um sistema machista que foi sendo cultivado desde a época da clava!

Cabe ao homem reconhecer todo o esforço feminino e recompensá-la sendo um pouco mais presente dentro de casa, com o lar, com os filhos e com todas as tarefas que são atribuídas à mulher e que vêm se tornando um verdadeiro fardo, uma verdadeira via-crúcis para a mulher moderna.

E cabe às mulheres exigirem todo o respeito e cooperação da parte dos babacas de plantão, que ainda se acham na categoria de “macho-alfa”, que ainda se acham donos das mulheres e que ainda acham que podem agir com ignorância e até violência. As mulheres devem sim manter o nível, manter o respeito e não permitir qualquer reação mais violenta, por mínima que seja pois bem sabemos que o puxão de cabelo de hoje, o apertão no braço de hoje pode vir a tornar-se o crime passional de amanhã. Aliás, crime passional o diabo que o carregue, pois quem ama, o apaixonado não fere, sequer oferece à sua esposa uma rosa, por medo que esta se arranhe nos espinhos.

Eu, grato e apaixonado que sou pela mulher, por todas as suas formas, definições e nuances desejo do fundo do meu coração um feliz dia da mulher, esse e todos os outros 366 desse ano, os que já se passaram e os vindouros, porque uma criação tão perfeita e tão primorosa de Deus deve ser celebrada todos os dias.

Forte abraço e até a próxima!!!

Um comentário:

  1. Bela homenagem, Di! *-*
    Cada mulher tem seu ponto forte e todas, sem excessão, com certeza merece ser tratada igualmente, ainda mais pelo fato de dar a luz não só à grandes pessoas, mas também pessoas simples ou comuns que fazem a diferença no nosso dia a dia.

    Beijinhos!!

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