sexta-feira, 20 de março de 2015

Meu feminismo machista.(Declaração a uma mãe)

Ultimamente a internet tem dado voz e espaço para movimentos mais radicais que não vinham ao nosso conhecimento quando o mundo era só rádio e televisão. Os debates são fervorosos e nem sempre muito educados, mas acho tudo muito válido para que os ideais e reivindicações venham à tona. Acho de suma importância que as pessoas tenham voz, já que estamos (ou estávamos, já nem sei mais) em uma democracia.
Mas a democracia também garante o direito de resposta e o direito de concordar ou não com as ideias colocadas em debate e isso estamos perdendo aos poucos.
Hoje temos as conhecidas minorias que já vem participando ativamente da vida política já tem uns 12 ou 15 anos. Acho maravilhoso que essas pessoas tenham conquistado sua voz e que estejam participando da vida política e pública. Quem dera todo brasileiro reivindicasse com o fervor de um bebê que chora por atenção. Talvez não estivéssemos à bancarrota como atualmente.
Mas vamos ao assunto que os trouxe até aqui. Um desses movimentos mais radicais é o feminismo. Confesso que conheci o feminismo faz pouco tempo e por debates internet afora. Eu tinha aquela imagem do feminismo do dia 8 de março de 1857, quando as mulheres fizeram uma greve geral e pararam uma fábrica de tecidos, reivindicando uma mudança nas leis trabalhistas e exigindo remuneração e respeito compatível com o dos homens. Isso foi digno, isso foi histórico e isso é comemorado até hoje - mesmo que poucas pessoas saibam o significado e tenha se tornado mais uma data comercial, bem como o dia dos namorados.
Aquelas mulheres lutavam por dignidade e COM dignidade!
Agora vejo debates pela internet onde as feminazi (sinceramente não consigo pensar num nome melhor) reivindicam exclusão de gênero... Ahhhh... Sei que preciso ter respeito com meus leitores, mas não posso deixar de mandar meu VÁ PRA PUTA QUE PARIU!
Pra quem não pescou eu vou explicar. Sabe quando você diz "Ei menino!" ou "Olá menina"?
Pois de acordo com uma das reivindicações das feminazi a palavra deve passar a ser meninx.
Sem a desinência de gênero. Só um X no final! Olha que simples! Só queria ver uma feminista bocó pronunciando essa joça!
E outra, o que é que uma reforma na morfologia das palavras vai ajudar na causa feminina? Nada! É uma reivindicação estúpida oriunda de um movimento estúpido!
Assim como o direito ao aborto. Mas sobre o direito ao aborto eu quero falar um pouco a respeito.
Muita gente diz que elas reivindicam o direito ao aborto simplesmente porque querem liberar geral e não querem assumir a responsabilidade pela noite "mal dormida" se é que me entendem.
Concordo que tem gente que pensa assim mesmo. Já cheguei ao cúmulo de ler de uma feminista algo como "Como faço para induzir um aborto? Não quero essa coisa. Ela está crescendo dentro de mim e essa coisa está se alimentando de mim! Me ajudem a tirá-la".
A coisa era o bebê, o filho dela, um ser inocente, imaculado, um milagre. A vida em si é um milagre e acho que a capacidade de gerar vida é o maior dom que Deus concedeu à humanidade e ele o deu à mulher. Portanto, diante do meu ponto de vista "machista opressor" essa aí tinha que ir pro pared~]ao de fuzilamento. Um ser que profere algo como isso que ela disse é perigoso pra sociedade e merece ser eliminado.
Agora vamos ao outro lado. O cara tá lá com a mina - conheceu agora, ou namorada, tanto faz - e começa a esquentar o clima. O cara quer dar umazinha, a minha tá no clima.
Só que ela, inocente e pura, não toma anticoncepcional e o garotão não possui um preservativo e tampouco quer correr até uma farmácia ou mercadinho e correr o risco da cocotinha sair do clima e pensar direito. O que ele faz? Chega ao pé do ouvido dela e sussurra algo que a convence de que o preservativo é uma convenção social e que não vai acontecer nada, porque ele é mágico!
A garota cai na lábia e acaba engravidando e o gatão xavequeiro? SOME!
A garota fica sozinha pra sofrer as dores da gravidez, as mudanças hormonais, parir o rebento e arcar com o filho sozinha. Se tiver o apoio dos pais muito que bem, caso sejam pais mais ignorantes vão colocá-la pra fora de casa. E nem adianta dizer que "Não. Que pai faria isso" mas vivemos em uma sociedade metida a besta mas onde pouca gente tem acesso à educação e muitas famílias no país ainda vivem sob valores e moral feudais.
Se essa garota for menor de idade o prejuízo é muito maior pois ela certamente deixará a escola para cuidar de si e do filho. E só pra lembrar... O pai da criança tá em... Ah é! Ele SUMIU!
Pode estar bebericando, assistindo futebol, jogando videogame ou quem sabe engravidando outra pobre incauta pra sumir depois.
A lei é muito frouxa com relação a isso e nem adianta dizer que a única coisa que funciona nesse país é a pensão alimentícia. Essa lei também é falha e não falo só de responsabilidade financeira não. Falo de responsabilidade moral. Falo de ser PAI. Assumir um filho não te faz pai. Arcar com as responsabilidades, dividir a educação e formação moral da criança, participar do crescimento e do desenvolvimento do filho com algo mais do que um cheque com 10% do seus rendimentos descontado em folha porque você tem medo do delegado.
A mãe vai estar lá com a criança 24 horas por dia. Na saúde, na doença, no desamor, no coração partido, na nota vermelha, naquela vez em que ele for o último a ser escolhido no futebol, no primeiro porre, no exame de direção, na prova do vestibular, quando sobrar conta e faltar dinheiro... Ela vai estar em todos esses momentos. E se você, playboy se acha esperto por ter escapado dessa... Cara... Você é um imbecil que não faz ideia que quem saiu perdendo foi você.
Por isso eu reforço, para homens e também para as mulheres, principalmente as jovens que polinizam bobagem apenas porque querem aderir à alguma ideologia.
Feminista de verdade é como a minha mãe que teve um filho todo ferrado mas não desistiu. Que tinha apenas 20 anos quando passou por um trauma desse e mesmo assim teve força pra seguir em frente e é graças a isso que estou aqui escrevendo pra vocês. Minha mãe que teve outra filha pouco depois e que nos criou trabalhando 12 horas por dia, chegando em casa e cuidando da casa. A mãe que tinha que revezar entre hospital, comigo internado, e hora extra. A mãe que por muitas vezes passou noites seguidas em claro velando meu sono e o da minha irmã e que até mesmo agora, com meus 30 anos continua sendo a mesma coruja superprotetora que enfiaria o mundo minha goela abaixo se assim pudesse. Uma mulher que nunca deixou que seus problemas pessoais - e agora com a visão de adulto eu consigo entender que eram e são muitos - nunca deixou que eles nos afetassem e que ainda achava tempo para se empolgar com Cavaleiros do Zodíaco, Simple Plan e Jaspion. E que até mudar de time mudou. Isso é amor e feminismo nenhum jamais será capaz de ensinar isso!
Acabei saindo totalmente fora do assunto mas vai nessa vibe mesmo!

Galera, o mundo é torto, mas enquanto eu tiver minha mãe e as outras mulheres da minha vida ao meu lado eu vou tentando endireitá-lo. Forte abraço!

segunda-feira, 2 de março de 2015

Que programa é esse?


Estava de olho nas notícias e vi que o governo suspendeu – sem aviso – o programa “Minha casa melhor” que atua junto ao “Minha casa, minha vida” e libera um subsídio extra para a compra de móveis e eletrodomésticos para a casa recém adquirida.
O motivo da suspensão deste programa social é óbvio: O governo atual faliu o Brasil.
Foi então que me coloquei a pensar sobre projetos sociais que ajudariam de fato a classe mais carente sem gerar o parasitismo e o oportunismo que temos observado acerca das “bolsas” concedidas pelo governo federal.
Muita gente leva o auxílio a sério e o usa para manter os filhos enquanto peleja uma colocação profissional, contudo, outras pessoas tiram o foco da verdadeira função do benefício e deixa os filhos à míngua, mal vestidos e subnutridos enquanto investem o dinheiro do auxílio em celulares de marca, televisores gigantes e notebooks potentes com acesso à internet. E é de se esperar que no país do “jeitinho” uma ajuda que tem o objetivo de ser provisória acaba se tornando permanente. E esse sustento ao próximo sai do bolso do trabalhador, não como ato de caridade, mas sim como um estupro!
Enquanto pensava em programas sociais que realmente pudessem beneficiar a população lembrei do “rouba mas faz” Paulo Maluf e seu programa “Leve leite” que premiava alunos que apresentassem 90% de frequência escolar com quilos de leite em pó. Uma assistência que exigia que o aluno frequentasse as aulas para ser reclamada.
Pensei também nos restaurantes comunitários, alguns vinculados ao programa “Alimente-se bem com um real” do SESI. Lembro que fiz um curso de culinária desse mesmo programa no SESI próximo a minha antiga casa e achei bastante satisfatório, ensinando a reutilizar cascas, talos e outras coisas que jogamos fora, mas que podem constituir uma bela refeição, combatendo assim a cultura do desperdício.
Imaginem um trabalhador que pudesse almoçar todos os dias e no final do mês teria gastado apenas 30 reais e por uma comida de qualidade, balanceada e avaliada por nutricionistas.
Também penso que seria excelente investir em merenda escolar. Em primeiro lugar porque muitas vezes é a única refeição que uma criança carente faz no dia e em segundo lugar porque a merenda se dá na escola, ou seja, pra comer com qualidade a criança teria que estar na escola, presente em sala de aula.
Mas para acabar de vez com a miséria e o assistencialismo o Brasil precisa de uma medida a longo prazo e essa medida é a reestruturação – e porque não dizer reconstrução – cultural em vários níveis, de modo que o “jeitinho brasileiro” seja para sempre extinto e então veremos as coisas dando certo, longe do oportunismo.
Foi aí que pensei em uma intervenção midiática. Uma regulação de todo conteúdo transmitido pelas emissoras de TV abertas. Esse decreto teria uma bancada responsável por avaliar o conteúdo oferecido nas grades de cada canal.
Claro que para isso dar certo esta bancada deveria ser incorruptível, de preferência um conselho privado que não recebesse influências diretas do governo.
E notem que não me refiro ao “marco civil da internet” ou outras formas de censura que tememos diante da maré vermelha que está assolando o país. Quando falo de regular o conteúdo me refiro a qualificar o conteúdo, trazendo mais programas culturais e substituindo aos poucos a baixaria que impera na TV aberta nos dias de hoje.
Claro que a televisão no Brasil e vista como fonte de lazer para a maioria das famílias e visam o lucro, portanto passam aquilo que dá audiência e se o povo quer barraco eles entregam a cultura do pão e circo.
Mas será que uma mudança gradativa faria tanto mal assim para a população? Será mesmo que o brasileiro é tão burro?
Vejam por exemplo o caso da Raquel Sheherazad,
a jornalista, natural de João Pessoa foi trazida para o SBT e ficou famosa por suas opiniões “doa a quem doer” e acabou ganhando a simpatia dos telespectadores, virou hit na internet e tem um dos canais mais acessados do Youtube.


Prova de que muitos brasileiros estavam atentos ao jornal, o que é uma coisa excepcional. E graças ao comentário cheio de farpas e à sua repercussão na internet muitas pessoas acabaram se interessando pelas opiniões da jornalista e passaram a seguir o noticiário, e isso inclui uma enorme massa de jovens também.
Luís Carlos Prates é um gaúcho, comenta o jornal do almoço do SBT de Santa Catarina e é meu ídolo. Tomei conhecimento dele através da minha – agora esposa – Kelly, que é de Caxias do Sul e
me encantei com a dureza e a verdade crua de seus comentários logo nas primeiras visualizações e comecei a divulgá-lo nas minhas redes sociais, tendo bastante aderência por parte dos colegas interessados no tema.


Portanto não sou contra a evolução dos meios de comunicação e de uma maneira mais dinâmica e com mais personalidade de fazer programas, de noticiar e de educar. Sou contra os programas que não agregam, ou ainda os que desagregam valores.
Fiquei besta ao ver que no Fantástico, programa de variedades e notícias da Rede Globo que tem enorme audiência nas noites de domingo, quando ficaram discutindo se o vestido era azul e preto ou azul e dourado, ou sei lá. Nem sei de onde surgiu essa banalidade, mas perder tempo com isso num programa com uma produção tal qual a do Fantástico é de chorar.

E os programas como “Casos de Família” e similares, e incluo aqui os de fofoca, que perpetuam uma baixaria em plena tarde, em um horário onde muitas crianças são deixadas em companhia da televisão. Aí depois o pessoal vem censurar Dragon Ball e Pokémon… Porra meu!
Sem falar em pérolas como o Exxxxxquenta que apresenta artistas com péssimo comportamento e envolvimentos em escândalos e os apresenta como heróis da humanidade a servir de exemplo pra molecada em formação. Bom… Se já tem gente idolatrando Chê Guevara né?!
Uma saída interessante seria que essa bancada que sugeri no início do texto estipulasse uma carga horária para as emissoras a ser preenchida com programas educativos, documentários, debates interessantes. A internet está aí pra provar que adquirir conhecimento pode sim ser divertido. Tantos canais de curiosidade e conhecimento que fazem uma abordagem leve e interessante dos temas propostos e angariam milhares de visualizações e seguidores.

E embarcando nessa atuação do governo a famosa “verba de imprensa” que deve ser repassada para os canais para divulgações sobre os governos e propagandas poderia ser repassada de acordo com o espaço e investimento da emissora entre produzir e transmitir conteúdo educativo e cultural, como se fosse uma Lei Rouanet só que sem as FRAUDES!
Entretanto é difícil esperar esse tipo de reforma enquanto houver corrupção e enquanto os governantes se refestelarem no dinheiro do povo, entrando em escândalos e mais escândalos. Para isso, a população dever permanecer ignorante e domesticada.
Talvez essa reforma cultural fique no sonho, talvez perpetuemos essa dependência de esmolas achando que somos mais espertos que o outro que acorda cedo para trabalhar e talvez a qualidade de vida do brasileiro desça cada vez mais. O que é certeza é que deixamos de ser um povo e passamos a ser um curral. Ordenado, domesticado, dócil, onde os poderosos pintam e bordam e ainda assim continuam sendo eleitos.
Mas continuo nessa missão e pretendo vencer pela pena ou morrer pela espada, mas jamais desistir!
Forte abraço e até a próxima!!!


quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Separados pelo casamento.

O casamento é o grande momento na vida de toda mulher – e de todo homem, por mais que eles não admitam.
É a união sublime, o laço mais importante e que talvez só perca mesmo para o vínculo “mãe e filho”.
Contudo, o matrimônio foi perdendo bastante de seu significado durante esse BOOM de modernidade e imediatismo que vem acometendo a humanidade ao longo das últimas décadas.
A primeira coisa a ser perdida foi o “até que a morte nos separe”. Coisas que temos cada vez menos (se é que ainda existem de fato) são os casais duradouros. Hoje em dia nada segura um casal que não quer mais ficar junto, sequer os filhos.
Outra coisa que se perdeu foi a parte ritualística do casamento: O véu, a grinalda, o pai da noiva escoltando-a até o altar, os padrinhos ao lado do noivo, o cobiçado buquê na saída da igreja…
Eu mesmo não passei por esse ritual. As pessoas que não me veem todo dia se espantam ao me encontrar e observar a aliança em minha mão esquerda e logo perguntam “Você casou?! Como não fiquei sabendo?”. Eu logo me apresso em explicar que só casei “moralmente”.
Trocamos as alianças de mão e juramos amor eterno, tendo a lua e os fogos de ano novo como testemunhas.
Mas a parte da perda do véu e grinalda é justificada pelos custos de um casamento - como manda o figurino -  que estão pela hora da morte. Eu mesmo gostaria muito de ter casado na igreja, com todas as pompas e as lembranças de uma cerimônia, mas estando tudo tão caro chegamos à conclusão que ou casa ou mantém a casa, e optamos pela segunda.
Mas porque será que o casamento hoje é cada vez mais considerado uma instituição falida?
Continuem comigo e pode ser que cheguemos a uma conclusão!
A primeira coisa que devemos entender – e a principal delas – é que quando casamos nos tornamos um, mas jamais alguém disse que deixaríamos de ser dois.
Cada indivíduo tem seus interesses, costumes, trejeitos, humor… Até mesmo a rotina alimentar pode ser diferente.
Minha esposa Kelly, por exemplo, é vegetariana, já eu, ao contrário, não como nada que venha da terra.
Que impasse!
De maneira alguma podemos permitir que isso crie um conflito entre nós e encontramos uma saída que vai parecer extremamente óbvia quando eu disser. Eu cozinho a minha carne e ela refoga os vegetais dela! Não preciso abrir mão do meu bacon e ela pode ficar com a couve dela. Sem problema algum!
Essa “unidade” do casal cria situações complicadas de negação e abdicação. É o famoso “você precisa ceder”.
A priori, devemos sim ceder em alguns aspectos de nossa personalidade e comportamento em prol de uma boa convivência.
Mas é imprescindível que o ato de ceder não se torne uma abstenção de sermos nós mesmos ou uma perda de nosso âmago e identidade.
Pensem sobre isso: O marido tem aquele amigo inseparável que cultiva desde a infância. O futebol de domingo é sagrado, bem como aquela partida de Fifa no Xbox que gera risadas, palavrões e até uns tapas.
E de repente a esposa começa a implicar com essa amizade. Começa a questionar o tempo que passam juntos, que aquelas horas que está com o amigo poderiam ser gastas com ela de alguma maneira.
Da mesma forma imaginem que essa mesma esposa tem uma prima da mesma idade. Ambas foram criadas juntas e dividiram risadas, conversas na madrugada, lágrimas do primeiro coração partido, consolaram-se quando os pais de uma delas se divorciaram…
A cumplicidade entre elas é imensa e a amizade permanece intacta mesmo após uma delas ter se casado. Mas o marido machista acha que essa prima é má influência, descompromissada com a vida, baladeira, esse mesmo marido pode por fim em uma amizade que já dura desde a infância e já sobreviveu a diversos altos e baixos, por causa de uma crise de machismo impotente.
Em ambos os casos esses dois permanecerão felizes como casal depois de terem suas amizades arruinadas pelo próprio cônjuge?
Obviamente não pois tiveram que abdicar a coisas importantes, coisas que faziam parte de suas essências.
Algumas das coisas que desencadeiam esses desentendimentos são os sentimentos e convicções negativas que encontramos apenas nos seres humanos, como o ciúme, o egoísmo, a falta de parcimônia e o desprezo pela necessidade do próximo.
Por isso é de suma importância encontrar alguém em quem confiamos, assim evitaremos dar morada a esses sentimentos. Devemos também procurar por alguém que nós complete, pois o significado do casamento é completar-se do outro naqueles buracos que trazemos em nossas almas, ao contrário de esvaziarmos de nós mesmos para nos preenchermos apenas do outro.
O casamento deve tratar de “somar”. Soma de gostos, costumes, amigos e pessoas que são importantes para nós, manias, famílias. Se mantivermos essa equação e mais a noção de que sempre teremos algo a aprender e traremos sempre algo para ensinar, certamente multiplicaremos os sorrisos e as alegrias, e o casamento dará certo.
Agora, se ao invés disse nós insistirmos em subtrair, resultará apenas em divisão… De BENS!

Essa é a dica do MUNDO TORTO de hoje. Amem, sejam amados e sejam felizes, pois o amor é o alicerce de todas as demais coisas boas que precisamos para, quando olharmos para trás, ter a certeza de que a vida valeu a pena!


E lembrem-se: O mundo é torto, mas com amor, casado ou solteiro, juntos a gente endireita!
Forte abraço e até a próxima!




terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Felicidade, que saudade de você...






Todo mundo conhece pelo menos um filme que fora baseado, ou que seja a adaptação de algum livro.
Cito aqui, apenas para ilustrar, o recente “50 tons de cinza”, filme em cartaz nos cinemas de todo o país que é a versão para as telas do romance homônimo escrito por E. L. James.
Poderia citar também os recentes filmes da saga “Crepúsculo”, “Percy Jackson e os olimpianos” , “O Senhor dos Anéis”...
E pra quem pensa que essa moda é recente tenho a acrescentar “E o vento levou” de 1939, adaptação do livro de 1936; “Frankenstein” de 1931, adaptação de um livro de 1818 
e até o clássico do terror “O Exorcista” de 1973 foi a adaptação do livro homônimo publicado em 1971,
Bem, poderia passar muitas linhas citando livros que se tornaram filmes , mas o texto de hoje não é sobre isso.
Na verdade eu venho fazer o caminho inverso!
Não tenho a menor pretensão de escrever um livro, mas o texto de hoje parte de uma ideia que surgiu enquanto eu assistia a um filme.
Estávamos Kelly e eu assistindo “Dança Comigo?”, filme com Richard Gere e Jennifer Lopez. Eis que no final do filme, em uma rápida cena que mostra o protagonista chegando na cozinha e tirando a esposa para dançar, a Kelly fez o seguinte comentário: “Até parece que as pessoas são felizes assim na vida real...”.
Eu, sentado no outro canto do sofá, aos prantos – esse tipo de filme tem um estranho poder sobre mim – engoli as lágrimas e pensei naquilo por um instante.
Por que as pessoas não são felizes assim na vida real?
Não havia nada demais naquela cena. Era apenas um casal apaixonado que interrompe os afazeres domésticos e dança, como que num tributo à vida e ao amor.
No “mundo real” nós reclamamos, estamos sempre estressados, infelizes ou frustrados.
Tentamos usar sentimentos negativos para nos destacarmos, e ainda criticamos as pessoas que, ao contrário de nós se apresentam felizes.
Chacotas, insinuações maldosas e pejorativas, fofocas... Como se fosse crime ser ou estar feliz.
Por que entender tudo “pela culatra”? Ou ver virtudes em doenças imaginárias ou complôs imaginários entre amigos, família ou no ambiente de trabalho, nos vitimizando diariamente?
Falo por mim. Todos sabem dos meus problemas de saúde, e em muitas épocas da minha vida, quando perguntado se estou bem logo me apressava em pensar em algum sintoma ou doença, ou mal estar mesmo que estivesse me sentindo bem.
                            POR QUÊ?
Simples! Porque sentia falta de algo e a doença me dá IBOPE. Assim como a melancolia de alguns ou a grosseria de outros. Não importa se a audiência é ruim, o que importa é não passarmos pela vida sem sermos notados.
A preocupação com o “ser para os outros” gera as atitudes que, por sua vez geram o caráter negativo como o ciúme, a avareza, o egocentrismo e a falta de compaixão. Acabamos tão bitolados nessas neuroses que sequer tentamos ou nos permitimos ser felizes como nos filmes.
E não adianta dizer que nos filmes os caras são ricos, não têm preocupações e mimimi.
Vou usar de exemplo (correndo o risco de apanhar) duas celebridades Kurt Cobain e Demi Lovato.
O primeiro foi um jovem promissor. Cantor, compositor, expoente do rock. Fundou e liderou a banda Nirvana e era o soberano do grunge. Era rico, famoso, casado e tinha uma filha.
Deu-se um tiro de escopeta na fuça encurtando uma carreira brilhante e colocando um ponto final num talento sem precedentes.
O outro exemplo é Demi. Estrela da Disney protagonizou o filme “Camp Rock” e a série teen “Sunny entre estrelas”. Dona de uma linda voz, jovem, rica, expoente da mídia e muito talentosa. Pois veja que ela desenvolveu um quadro grave de anorexia (ou bulimia, não sei com certeza) além de episódios de automutilação.
Enquanto isso quantas pessoas não vemos por aí que possuem tão pouco e trazem uma alegria tão legítima estampadas no rosto
enquanto tantos abastados procuram legitimar uma amargura e uma tristeza que não tem razão de existir, esforçando-se para fazerem suas vidas parecerem verdadeiros dramas.
Eu tenho uma teoria do porque aqueles que têm menos sempre trazem um sorriso franco nos lábios: Talvez essas pessoas possuam tão pouco que o sorriso é tudo que lhes resta....

E então... Dança comigo?



 

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Mundo Torto DROPS: Mãos ao alto! E enche o tanque...






Gasolina caindo no MUNDO inteiro!!
Aqui o preço sobe para conseguir reparar o rombo na Petrobras. O país autossuficiente em petróleo vende a gasolina a 4 reais,   enquanto as refinarias da América do Norte estão com baixa no valor do galão, acompanhando o mercado, e lá a gasosa sai até 50 centavos o litro. Lembrando que o mínimo salário lá é de 1700 dólares.
Não seria um valor tão "flutuante" se o nosso governo assumisse a queda da Petrobras e deduzisse o valor dos impostos cobrados na gasolina e no diesel.
Masssss esse é o governo do povo... Do povo que se foda! O imposto continua e a gasolina subirá até o céu. O governo que já nos presenteou com a crise no preço do tomate agora nos assombra com a crise do combustível que vai encarecer TUDO, mesmo que você ande de bike, ainda vai pagar a conta.
E sem contar a empresa mais sólida do mercado, que já tem suas ações valendo 9,90. Incentivando o jovem investidor, uma vez que já dá pra comprar ações da PB com o dinheiro da mesada, ou com aquelas moedinhas que seu tio barbudo te dá.


E o troco? Pode ser em ação?


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Reparação

Só um minutinho enquanto tiro a poeira do blog...
PRONTO!
Devo desculpas aos meus queridos leitores, uma vez que faz um bom tempo que não posto nada, não escrevo nada, não componho texto nenhum...
As ideias borbulham na minha mente, mas como estou sem computador e preciso pegar o notebook da minha irmã emprestado quando quero usar acabei me desligando um pouco.
No celular tenho acesso às redes sociais e tal e isso tem bastado por enquanto, já pra publicar coisas pelo celular já é um pouco mais complicado... Isso sem mencionar que o pobre celular já está nas últimas.
Ademais eu me casei - desculpe garotas... Game Over! Agora estou correndo atrás dos últimos detalhes da mudança (e correndo atrás da esposa também que é ligada no 220) e acho que isso explica um pouco o meu sumiço nos últimos tempos.
Mas a bem da verdade eu tenho me sentido bem pra baixo por esses dias, me sentindo incompleto, sentindo que mesmo com todo esse rodopio que deu a minha vida faltava alguma coisa...
E descobri que faltava dinheiro!
Pois é... O vil metal faz muita falta, muita falta mesmo! Ainda mais nessa faixa transitória de ano com todos os presentes de natal que a Mãe Dilma nos deu, como aumento da conta de luz, aumento da gasolina, petrolão e a reforma tributária que nunca virá.
 Mas não era dessa falta que eu estava falando. Me referia à falta que estava sentindo de escrever, partilhar minhas ideias, meus planos mirabolantes de dominação mundial e destilar todo meu ódio desse governo, dessa corrupção e das pessoas que não querem evoluir e tragam o país consigo.
Então estou declarando meu retorno triunfal e gostaria de contar com meus queridos e amigos leitores para me acompanharem nessa saga, sempre contando com suas opiniões, críticas, sugestões e como mais estiverem dispostos a contribuir.
Vou planejar as minhas postagens para as sextas feiras, no período da tarde, mas fiquem preparados porque elas podem pintar por aí em outros dias também, sem aviso!
Um forte abraço e sempre lembrando que se o mundo é torto, com muito carinho, trabalho e estudo a gente endireita!
Forte abraço e nos vemos na sexta!

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

No meu tempo...




Pois é. Chegamos a mais uma postagem do nosso blog Mundo Torto, que depois das eleições tem tudo pra ficar mais torto ainda, torto e capenga.
Aliás, eu até ia escrever algo sobre o tema, mas o combate nas redes sociais está tão ferrenho que resolvi depor minhas armas e esperar a poeira baixar e foi hoje, com a mente vagante e divagante que comecei a perceber essa frase me martelando a tepora.
Mas calma lá! Meu avô dizia isso e ele tinha mais de sessenta anos quando Deus precisou de um goleiro pro seu time e chamou o “Vô Gordo” de volta. Então... O que é que essa frase fazia martelando na minha mente relaxada de rapaz de 30 anos?
E sim, vou usar o termo rapaz porque simplesmente o avanço do tempo transformou todos nós. Minha mãe foi mãe aos 19 anos, minha vó materna casou-se aos 15 anos. Naquele tempo era assim, as mulheres viravam mulheres muito cedo, os homens amadureciam muito antes e já eram arrimos de família...
Naquele tempo...
Todo mundo sabe que não é mais isso que acontece, claro, em casos extraordinários, em comunidades mais pobres, entre pessoas menos “orientadas” por assim dizer ainda acontece, mas quero falar da minha realidade e da realidade da maioria que vai ler esse texto.
Hoje sabemos que sem estudo não chegamos à lugar algum e que as exigências são cada vez maiores entre as profissões.
Antes era possível ter um emprego satisfatório com apenas o colegial, depois surgiu a necessidade dos cursos técnicos e profissionalizantes, depois já era inviável sair para o mercado de trabalho sem um curso superior, começaram as exigências para que soubéssemos uma segunda língua, depois a fluência, depois o mestrado, a pós, o M. B. A, o C. D. B, R. D. B, S. W. A. T e o F. B. I., talvez a C. I. A.
Um mar de siglas, conhecimento, diplomas, carreiras... Escolhas.
Mas faço essa comparação com o tempo dos meus avós, meus pais... Já sou contemporâneo de tudo isso, da tecnologia, da virada do milênio.
Costumo dizer que a minha geração seria, talvez a mais privilegiada de todas. Um encontro entre o velho e o novo, o nostálgico e o empolgante. A geração que viu um presidente ser destituído pela vontade do povo (Deus queira que agora reveja tal fato), uma geração que sobreviveu ao fim do mundo por duas vezes, contrariando Nostradamus e os Maias.
A geração que viu desabrochar a consciência ecológica – talvez tardia - para conter o consumo desenfreado de recursos naturais, a mesma geração que viu duas trocas de Papa, o primeiro presidente Negro, a primeira presidente. O nascimento e morte de tantos gênios e ícones, os verdadeiros avanços da era digital...
Mas que também viu muita coisa ruim como a artificialização das relações sociais e das amizades, as segregações premeditadas para controle político e uso das massas, o terrorismo, os desastres naturais como o Tsunami e o Katrina, a alienação dos jovens em função da mesma tecnologia tão comemorada em todos os seus avanços, a perda de autoridade por parte dos pais, a perda da segurança, da inocência, jovens já formatados como pequenos adultos em sua tenra infância...
Isso tudo é muito desastroso para nossa humanidade. Humanidade que vem presenciando, protagonizando e se reconstruindo constantemente de holocaustos e tragédias causadas por ela mesma.
E no meu tempo? Aquele tempo que falava no início desse texto?
No meu tempo a maioria não estava preocupada com colesterol, para sorte do dono da cantina. No meu tempo as amizades eram presenciais e não apenas algumas palavras ditas – muitas vezes com má vontade – através de uma tela fria de monitor.
Na minha época os amigos batiam no portão de casa, com a bola debaixo do braço e uma camiseta surrada, sem os pudores e ditaduras da moda e depois, nas noites quentes, sentávamos todos na calçada daquele que tinha os pais mais zens, que não reclamariam do burburinho e das risadas e conversávamos, paquerávamos, talvez embalado ao som de um violão, caso alguém da turminha arriscasse uns acordes, mas completamente despidos de preconceitos e pré-julgamentos.
Uma época em que não havia celular, mas havia confiança e meus pais sabiam exatamente onde eu estava com quem e até que horas.
Era uma época quase selvagem onde bastava um grito da minha mãe para me por pra dentro de casa e direto pra cama, uma época insegura onde tomávamos chuva, não porque o carro estava no conserto ou porque a bolsa caiu e decolou com os preços da gasolina. Andávamos na chuva por prazer e, caso a gripe nos sondasse éramos curados com chás e xaropes feitos à base de gengibre, frutas e mel. O único amargo em nossa vida era a hora do mertiolate e talvez a idade do coração partido.
Época em que se ganhasse algo de meus pais era um presente e não uma exigência e deveríamos fazer por merecer cada mimo que ganhávamos no Natal ou nos aniversários.
Época em que obediência não era negociável e que tínhamos responsabilidade e disciplina quase militares, caso contrário os castigos era exemplares, tanto os físicos – sim, criança apanhava – quanto os psicológicos: “Uma semana sem televisão!”... Quem nunca?
30 anos, o que eu sei da vida? Parece tão pouco, parece que foi ontem... Mas não se enganem. Tudo isso aconteceu... NO MEU TEMPO!


MUNDO TORTO de volta no role com força total! Curta, comente, participe, sugira novos temas e compartilhe nossas ideias. E o bordão vocês já sabem né?
O mundo é torto, mas juntinhos, eu e vocês... A gente endireita!
Forte abraço e até próxima!!!