quinta-feira, 30 de outubro de 2014

No meu tempo...




Pois é. Chegamos a mais uma postagem do nosso blog Mundo Torto, que depois das eleições tem tudo pra ficar mais torto ainda, torto e capenga.
Aliás, eu até ia escrever algo sobre o tema, mas o combate nas redes sociais está tão ferrenho que resolvi depor minhas armas e esperar a poeira baixar e foi hoje, com a mente vagante e divagante que comecei a perceber essa frase me martelando a tepora.
Mas calma lá! Meu avô dizia isso e ele tinha mais de sessenta anos quando Deus precisou de um goleiro pro seu time e chamou o “Vô Gordo” de volta. Então... O que é que essa frase fazia martelando na minha mente relaxada de rapaz de 30 anos?
E sim, vou usar o termo rapaz porque simplesmente o avanço do tempo transformou todos nós. Minha mãe foi mãe aos 19 anos, minha vó materna casou-se aos 15 anos. Naquele tempo era assim, as mulheres viravam mulheres muito cedo, os homens amadureciam muito antes e já eram arrimos de família...
Naquele tempo...
Todo mundo sabe que não é mais isso que acontece, claro, em casos extraordinários, em comunidades mais pobres, entre pessoas menos “orientadas” por assim dizer ainda acontece, mas quero falar da minha realidade e da realidade da maioria que vai ler esse texto.
Hoje sabemos que sem estudo não chegamos à lugar algum e que as exigências são cada vez maiores entre as profissões.
Antes era possível ter um emprego satisfatório com apenas o colegial, depois surgiu a necessidade dos cursos técnicos e profissionalizantes, depois já era inviável sair para o mercado de trabalho sem um curso superior, começaram as exigências para que soubéssemos uma segunda língua, depois a fluência, depois o mestrado, a pós, o M. B. A, o C. D. B, R. D. B, S. W. A. T e o F. B. I., talvez a C. I. A.
Um mar de siglas, conhecimento, diplomas, carreiras... Escolhas.
Mas faço essa comparação com o tempo dos meus avós, meus pais... Já sou contemporâneo de tudo isso, da tecnologia, da virada do milênio.
Costumo dizer que a minha geração seria, talvez a mais privilegiada de todas. Um encontro entre o velho e o novo, o nostálgico e o empolgante. A geração que viu um presidente ser destituído pela vontade do povo (Deus queira que agora reveja tal fato), uma geração que sobreviveu ao fim do mundo por duas vezes, contrariando Nostradamus e os Maias.
A geração que viu desabrochar a consciência ecológica – talvez tardia - para conter o consumo desenfreado de recursos naturais, a mesma geração que viu duas trocas de Papa, o primeiro presidente Negro, a primeira presidente. O nascimento e morte de tantos gênios e ícones, os verdadeiros avanços da era digital...
Mas que também viu muita coisa ruim como a artificialização das relações sociais e das amizades, as segregações premeditadas para controle político e uso das massas, o terrorismo, os desastres naturais como o Tsunami e o Katrina, a alienação dos jovens em função da mesma tecnologia tão comemorada em todos os seus avanços, a perda de autoridade por parte dos pais, a perda da segurança, da inocência, jovens já formatados como pequenos adultos em sua tenra infância...
Isso tudo é muito desastroso para nossa humanidade. Humanidade que vem presenciando, protagonizando e se reconstruindo constantemente de holocaustos e tragédias causadas por ela mesma.
E no meu tempo? Aquele tempo que falava no início desse texto?
No meu tempo a maioria não estava preocupada com colesterol, para sorte do dono da cantina. No meu tempo as amizades eram presenciais e não apenas algumas palavras ditas – muitas vezes com má vontade – através de uma tela fria de monitor.
Na minha época os amigos batiam no portão de casa, com a bola debaixo do braço e uma camiseta surrada, sem os pudores e ditaduras da moda e depois, nas noites quentes, sentávamos todos na calçada daquele que tinha os pais mais zens, que não reclamariam do burburinho e das risadas e conversávamos, paquerávamos, talvez embalado ao som de um violão, caso alguém da turminha arriscasse uns acordes, mas completamente despidos de preconceitos e pré-julgamentos.
Uma época em que não havia celular, mas havia confiança e meus pais sabiam exatamente onde eu estava com quem e até que horas.
Era uma época quase selvagem onde bastava um grito da minha mãe para me por pra dentro de casa e direto pra cama, uma época insegura onde tomávamos chuva, não porque o carro estava no conserto ou porque a bolsa caiu e decolou com os preços da gasolina. Andávamos na chuva por prazer e, caso a gripe nos sondasse éramos curados com chás e xaropes feitos à base de gengibre, frutas e mel. O único amargo em nossa vida era a hora do mertiolate e talvez a idade do coração partido.
Época em que se ganhasse algo de meus pais era um presente e não uma exigência e deveríamos fazer por merecer cada mimo que ganhávamos no Natal ou nos aniversários.
Época em que obediência não era negociável e que tínhamos responsabilidade e disciplina quase militares, caso contrário os castigos era exemplares, tanto os físicos – sim, criança apanhava – quanto os psicológicos: “Uma semana sem televisão!”... Quem nunca?
30 anos, o que eu sei da vida? Parece tão pouco, parece que foi ontem... Mas não se enganem. Tudo isso aconteceu... NO MEU TEMPO!


MUNDO TORTO de volta no role com força total! Curta, comente, participe, sugira novos temas e compartilhe nossas ideias. E o bordão vocês já sabem né?
O mundo é torto, mas juntinhos, eu e vocês... A gente endireita!
Forte abraço e até próxima!!!

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Somos amigos, amigos do peito, amigos de uma vez...

Será que ainda somos mesmo?
Eu sou uma pessoa que reflete muito sobre as amizades, até porque de uns tempos pra cá a minha casta de amigos é quase nula, com exceção de parcas pessoas que se preocupam verdadeiramente comigo e dessa preocupação fizeram surgir uma cumplicidade e um sentimento de amizade e afeto.
Claro que para mim isso não é visto da melhor maneira possível. Me constrange, acaba com a minha autoestima e por muitas vezes eu termino os meus dias deprimido, ou, como diria a minha vó "Mais por baixo que cu de cachorro". Sim, eu tenho uma vó bastante expressiva.
Mas eu fico observando ao meu redor, procurando compreender o comportamento das pessoas que possuem dezenas de amigos, seus hábitos, seus costumes e seus "modus operandi" e sinceramente não consigo entender porque as coisas batem em mim e desviam. Não que eu não conheça pessoas, não que eu não me conecte com elas, mas é incrível como essas pessoas desaparecem na mesma velocidade com que surgem e pronto! Como um pó de pir lim pim pim estou sozinho de novo, contemplando - com ares de curador de museu - as paredes do meu quarto, sem qualquer pretensão de fazer ou ser algo naquele dia.
Eu sempre tive muitos amigos quando jovem. Era um dos pivôs dos grupinhos onde participava. Era conselheiro, casamenteiro, ombro amigo para os problemas, asilo político dos colegas que queriam fugir da própria casa e se refugiavam na minha casa e acabavam adotando minha mãe como uma segunda mãe, minha irmãzinha como uma irmã caçula. Eram bons tempos. E nesses tempos, cada internação minha era um verdadeiro caos para as pobres enfermeiras do Santa Elisa, pois era um tal de entra e sai de amigos no quarto onde ficava internado. Música, bate papo, bagunça... As pobres coitadas acabavam formando barreiras de contenção na rampa para impedir que mais de um subisse de uma vez só, o que não era eficiente, pois eles sempre descobriam um caminho alternativo por trás da ala em que eu ficava e logo estava todo mundo no quarto ao mesmo tempo novamente e as pobres enfermeiras não tinham escolha a não ser suspirar fundo e pedir que ao menos não fizéssemos tanto barulho.
O que eu quero deixar bem claro é que dou o maior valor para os amigos que ainda possuo, os que reencontrei, os que encontrei, os que me encontraram, os que não estão fazendo parte da minha vida nesse momento mas que sempre vão significar muito pra mim. São todos peças do quebra - cabeça que é meu coração.
Talvez o fato de eu ter mais tempo livre faça com que eu me sinta mais sozinho, talvez o facebook - onde todo mundo é amigo e as pessoas só compartilham o lado bom da vida - faça com que eu me sinta por demais obsoleto, talvez seja a minha dificuldade de amadurecimento e de aceitação de que a vida progride e as pessoas mudam, bem como as circunstâncias.
Eu estudo sobre, leio, compartilho informação, busco informação, procuro uma formatação social que me torne agradável e novamente relevante para as amizades. Andei encontrando amizades novas, algumas talvez venham para ficar, outras talvez só estejam para extrair algo que só eu posso dar a elas, contudo uma coisa que preciso aprender é que algumas amizades, infelizmente não são pra sempre. Tudo o que você viveu, amou e foi cúmplice podem não existir mais no coração e entendimento da outra pessoa que outrora foi sua amiga. Essa é parte mais dolorosa das amizades: Não importa quanto você as reivindique, chore, implore ou faça por elas, algumas pessoas tem prazo para permanecer em nossas vidas. Aceitar isso dói bem menos, contudo, para pessoas como eu, que admira cada sorriso, cada toque, cada palavra e guarda cada pessoa e experiência com um carinho único, é como sacrificar uma parte de si.
Dos seus 800 amigos do Facebook ou de qualquer rede social, sinta-se especial e abençoado se apenas 2 forem amigos também na vida real, daqueles que pedem seu colo e te pedem o ombro. Amizade verdadeira é isso. É disso que eu sinto falta e é com essa ausência que eu talvez não me acostume nunca.
Portanto, se você é, foi ou seria meu amigo, saiba que te trago guardado aqui comigo e que, apesar da peça que a vida preparou para os nossos caminhos, você é importante para mim e eu te amo!

Um forte abraço para todas as pessoas que sabem o valor de uma amizade!
O mundo é torto, mas se tivermos bons amigos conosco, a gente endireita!!!

domingo, 27 de abril de 2014

EXEMPLO

Tudo na vida parte de um exemplo.
Quando somos crianças, nossos pais repetem incansavelmente as primeiras sílabas e assim, através desse exemplo nós balbuciamos nossos primeiros sons e depois passamos a formar nossas primeiras palavras. Da mesma forma, são nossos pais e professores que seguram nossas mãos e fazem conosco o traçado das letras e assim escrevemos nossas primeiras palavras.
O exemplo é o que dá origem às boas ações, aos atos de bravata, às lutas e causas sociais. Tudo parte de um exemplo e o exemplo muitas vezes nada mais é do que uma pessoa que acredita em uma causa, e resolve que essa causa é forte e nobre o suficiente para lutar por ela e resolve dar o exemplo.
Quando pergunto sobre as pessoas que você considera exemplo, quem é que vem à sua mente? Imagino que Ghandi, Madre Teresa, Malcon X, Martin Luther King.
Talvez você veja exemplo onde outras pessoas não vejam, talvez para você exemplo seja expressado através da arte e você tenha como exemplo Raul Seixas, Kurt Cobain, Renato Russo... Esses na minha opinião não foram exemplos como seres humanos, com comportamentos questionáveis e uma vida desregrada, mas certamente deram exemplo através de sua música, suas letras, sua arte.
Contudo, ultimamente tenho percebido que a humanidade não está mais conseguindo reconhecer bons exemplos, e nem ao menos discernir os bons dos maus, isso porque a sociedade está desempenhando um constante papel de júri, as pessoas sentam sobre o próprio rabo e se põem a apontar os defeitos das outras, seja por inveja, por desdém ou apenas porque são tão amargas e estão tão atreladas a valores sem valor que não conseguem reconhecer o bem nas pessoas, mesmo quando esse bem é esfregado em suas fuças.
Conheço uma pessoa que desenvolve várias tarefas sociais, como servir marmita aos sem teto, realizar trabalhos voluntários em hospitais infantis e todo tipo de benfeitoria solidária. NUNCA ouvi essa pessoa fazer alarde sobre suas atividades sociais e as caridades que realiza, mas ainda assim conheço pessoas que dizem que esta só faz as coisas para aparecer para os outros, que o que faz não é de coração.
Esse julgamento é o caminho mais rápido para a própria ruína. E porque as pessoas têm essa tremenda pressa em julgar o próximo?
Talvez porque sintam-se inferiorizadas diante da grandeza dos atos do semelhante e, ao invés de tentar fazer algo de tamanha grandeza e nobreza, acham mais rápido o caminho do desdém. E para tanto falam mal de absolutamente tudo que é feito em prol de outra pessoa.
Algumas pessoas simplesmente não conseguem ser ou dar bons exemplos, sequer para os próprios filhos. Não possuem paciência e agem de maneira rigorosa e agressiva, de modo que essas crianças podem até crescer fazendo as coisas da maneira certa, mas sempre pelo medo e nunca por uma satisfação pessoal e dificilmente vão tentar algo novo em suas vidas, vivendo de maneira simplória e infeliz.
Quando desembrulhamos um chiclete e jogamos o papel na rua, além de pensar na poluição que estamos causando, devemos pensar também no péssimo exemplo que estamos dando e que ao seguir nosso exemplo logo centenas de papéis de chiclete estarão espalhados em via pública e a poluição estará maior e maior.
A maneira mais fácil – talvez não a mais rápida – de mudar o mundo é através do exemplo. Ao darmos o exemplo estamos sendo conscientes e conscientizando, estamos criando cidadania, estamos difundindo o respeito e o senso de responsabilidade. Estamos sendo cidadãos melhores e inspirando outras pessoas a serem melhores também.
Fazer ao próximo o que gostaríamos que fizessem para nós mesmos. Isso é o exemplo, esse é o maior mandamento.
Estamos cansados de saber que o mundo está torto, mas agora sabemos que através do bom exemplo, a gente o endireita!

Forte abraço e até a próxima!

domingo, 20 de abril de 2014

Caridade

Olá meus queridos e assíduos leitores!
Depois de um bom tempo sem novas postagens eu tive um imenso desejo de compor alguma coisa para hoje, especificamente para hoje.
A Páscoa já está acabando mas eu gostaria de focar nosso papo no que o dia de hoje representa, e como as coisas foram sendo desvirtuadas com o passar do tempo até chegar ao que temos hoje em tempos de “Páscoa Moderna”.
A Páscoa é a comemoração da ressurreição de Jesus Cristo, que fora crucificado para remissão de nossos pecados e depois ressuscitara ao terceiro dia para ascender aos céus e reinar ao lado de Deus.
Portanto o feriado da Páscoa não é bem uma comemoração e sim um dia para a reflexão e oração. Também não creio nesse clima de auto penitência que rola durante a semana santa e vou falar um pouco disso a seguir.
Durante a semana santa, vejo muita gente dizendo que vai deixar de comer chocolate, que não vai tomar cerveja, e tem a mais comum que é a de não comer carne na sexta feira santa e essa é, sem dúvidas a mais corriqueira de todas.
Mas em qual momento da bíblia Jesus disse que a gente não poderia comer carne? Se eu bem me lembro – e sim, posso estar errado – disseram que ele repartiu o pão entre seus apóstolos e depois repartiu o vinho dizendo “Tomai todos e bebei, este é o cálice do meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança que será derramado por vós e por todos”. E foi aí que nasceu a tradição católica da hóstia e o motivo de recebermos a comunhão como o “corpo de Cristo”, mas aonde é que estava escrito que só tinha pão e vinho? Podia estar rolando um churrasco bem maneiro que só não consta nas escrituras... E será mesmo que no oriente médio tinha bacalhau? É um peixe típico das regiões do Atlântico, próximo ao mar da Noruega e também do Alasca. Será que uma região desértica e super quente teria o bacalhau? Por que comemos o tal do bacalhau?
Mas não é esse o ponto que quero tratar. O que quero dizer é que são feitas tantas “resoluções” tolas e ninguém pensa em se dedicar a perpetuar o que foi o maior ensinamento de Jesus, quando ele disse que deveríamos amar ao próximo como a nós mesmos e como ele nos amou.
Chegar ao amor de Jesus é impossível para nós, humanos imperfeitos que somos, mas podemos ser caridosos como forma de honrar o sacrifício de Cristo, não podemos?
Será que esse não seria um sacrifício muito melhor, muito mais bem visto aos olhos de nosso Criador?
Quanto o mundo muda quando você fica uma semana sem refrigerante? Ou passa a sexta feira santa sem carne, ou sem uma cerveja?
Claro que é uma resolução e um sacrifício pessoal, mas não seria mais nobre fazer algo por outra pessoa?
E esse é exatamente o conceito da caridade, que tem a mesma base etimológica que carinho e não é nada mais do que isso. É um ato altruísta, provendo algo a alguém sem esperar nada em troca.
E não precisa ir longe não. Você vai pensar que caridade é sair dar sopa aos sem-teto e claro que vai hesitar em fazer isso, afinal de contas, por onde começar?
Eu admiro demais as pessoas que conseguem fazer caridade nesse nível, mas você pode começar aos poucos. Quem sabe lavando aquela louça que acumulou na pia para que sua mãe chegue do trabalho e encontre tudo limpo? Ou até mesmo estendendo ou recolhendo uma roupa no varal. Além de ser uma caridade, será um ato de carinho enorme para com o responsável por fazer essas tarefas domésticas.
Quem sabe um bom dia afetuoso, um pouco de alegria e compreensão para com aquela pessoa com quem não se bica, reatar uma amizade esquecida ou perdida, devolver uma gentileza, fazer uma gentileza.  Até dar um belo sorriso e um cumprimento para a caixa do supermercado já é um ato de caridade, pois aposto que diante do estresse do dia a dia, uma ação cordial como essa vai fazer muita diferença no dia dela.
Eu comi carne na sexta feira santa. Fui até o burguer king e pedi logo um lanche com três hambúrgueres, sou um herege? Talvez... Mas minha resolução foi além de abdicar de alguma guloseima por uma semana, a minha resolução foi para tentar ser alguém melhor, julgar menos as pessoas e tentar fazer o máximo de bem possível, tentando sempre fazer a diferença na vida das pessoas.
Hoje foi Páscoa. Não fui na missa, não dei ou ganhei nada de chocolate (mentira porque agora a noite eu ganhei um ovão do namorado da minha mãe), mas ao acordar eu fiz uma oração silenciosa pedindo o perdão dos meus pecados, pois reconheço que sou um pecador e agradecendo minha vida e as minhas dificuldades, pois são elas que me fazem mais forte. Agradeço demais a Deus por não estar cheio de amigos, mas por ter sempre as pessoas certas ao meu lado quando preciso e pedi que Ele me ajude a ser uma pessoa melhor e que possa viver essa caridade que Jesus tanto pregou.
A fé, tanto quanto a caridade, independe de religião ou de devoção, é tudo uma questão de ser uma pessoa melhor para ajudar na construção de um mundo melhor.
E já dizia  Mateus em seu evangelho, no capítulo 6, versículos de 1 a 6 sobre a caridade: “Quando, pois, dás esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa.”
Ou seja: Se for fazer algo, faça pelo benfazejo e não pelo status. Em tempos de redes sociais muita gente faz o que pode, o que não pode e até o que não deve para aparecer e hoje cansei de ver postagens no Facebook do tipo “Partiu missa #oreiressuscitou  - se sentindo abençoada”. Cara. Você tá rezando pra Deus ou pro Mark Zuckeberg? Que vantagem tem postar uma foto no instagram em frente ao espelho, toda maquiada e botar um #partiumissa?
A páscoa é pra ser vivida em nosso íntimo, em nossas reflexões e nossas ações devem sim refletir a bondade e a misericórdia de Deus. Talvez esse seja o caminho da nossa salvação, talvez dessa forma possamos fazer valer o sacrifício que Ele fez por nós, entregando-se na cruz para nos redmir dos pecados, e não foi para que cometêssemos novos pecados, e sim para que nos edificássemos e nos tornássemos merecedores de Teu reino!

Boa Páscoa e que Deus abençoe a todos!

sábado, 29 de março de 2014

O Trabalho enobrece (e emagrece)

Eu vejo muita gente – pra não dizer a grande maioria – que não gosta de trabalhar. Sentam-se à mesa do escritório e parece que abriram as portas do inferno. Começa o estresse, o mau-humor, as reclamações, entre outros signos do mau comportamento e do descontentamento. Gente que gosta de pegar uns atestados frios pra não trabalhar, gente que gosta de um feriadinho pra esticar os dias, gente que fala do trabalho como se fosse a maior crueldade que Deus preparou para punir a humanidade.
Claro que como em toda situação nem todo mundo consegue se capacitar para trabalhar naquilo que gostaria, ainda mais estando nesse país que defeca pra educação e para o crescimento cultural de seu povo, entendendo que, uma vez que o povo segue ignorante este se torna massa de manobra eleitoreira e é claro que num país corrupto como o nosso isso é muito visado pelos políticos.
 
Mas eu sou da opinião que o trabalho é a parte mais santificada da vida de um ser humano. É a partir do trabalho que cresce seu conceito de responsabilidade, é a partir do trabalho que se ganha o sustento e é justamente o trabalho que traz o pão à mesa desse trabalhador e de sua família. Ademais existem conceitos que só podem ser aprendidos (ou reforçados) quando e enquanto trabalhamos. Quando estamos trabalhando deveríamos buscar fortalecer os conceitos de união, já que muitas vezes trabalhamos em cooperação com outras pessoas e a tarefa de cada um complementa a do outro de forma a produzir o produto final, seja ele algo material ou apenas filosófico. Deveríamos trabalhar o conceito de proficiência, tentando fazer as tarefas cada vez com mais afinco de modo a aumentar a capacitação e a perfeição com que realizamos determinado serviço e por último (ou talvez esse devesse ser o primeiro) a capacitação intelectual para o trabalho. O saber a serviço da qualidade de nosso trabalho. Conhecimento aplicado é o que nos torna mais capazes e mais relevantes para o mercado de trabalho. Isso implica num constante e infinito aprendizado e uma busca por aperfeiçoamento.

Mas será que é isso que vemos em nossos ambientes de trabalho?
Se você puder indicar algumas – não muitas, duas ou três – pessoas que se comportem dessa forma em seu ambiente de trabalho então eu quero pedir encarecidamente que envie imediatamente um currículo meu para essa empresa.
Eu sinceramente não sei se é um traço do brasileiro, até porque nunca tive a oportunidade de ir para outro país, muito menos para fazer uma pesquisa comportamental ou social, mas é fato que aqui o trabalho é tratado como uma pena, como um castigo, como uma tortura. Cada vez mais vemos desaparecendo aquela paixão do profissional pelo seu meio de ganhar a vida, cada vez mais observamos que a vontade de estar em constante aprendizado e constante aperfeiçoamento vem sendo reduzida  a um simples “Faço do jeito que quero, se não estiver bom que vá reclamar com o Papa”.
E isso é triste. Depois as pessoas são dispensadas de seu trabalho simplesmente por não demonstrar mérito para ocupar aquela vaga e temos que ouvir as lamentações de quem quer um emprego, de quem não consegue se sustentar e de quem precisa do governo com suas esmolas para sobreviver.
O brasileiro sempre foi conhecido como um povo trabalhador, não como povo ordinário e disperso em que estamos nos transformando. Em uma sociedade onde é tão difícil garantir o próprio sustento é imprescindível  ter amor naquilo que faz, ter paixão pela função que desempenha e ser grato, como se o trabalho fosse uma dádiva dada aos merecedores, e não um castigo dado aos desgraçados.
Pense nisso antes de fazer seu próximo corpo mole, ou antes de maldizer seu ganha pão.
Essas são as palavras desse humilde cara que daria tudo para voltar a trabalhar, mas que Deus resolveu abreviar o “tempo de contribuição” e agora sigo trabalhando para tentar abrir os olhos das pessoas e ajudar a fazer desse mundo um mundo direito!

E que comece mais uma semana de trabalho, tendo Deus como nosso maior protetor, porque o mundo é torto, mas com muito trabalho e vontade a gente endireita!
Forte abraço e até a próxima!

quarta-feira, 26 de março de 2014

Brasil um país de todos.






O slogan do governo atual é esse aí que hoje encabeça nosso texto. O slogan foi pensado dessa forma porque, segundo o governo vigente as pessoas estão tendo oportunidades através de planos assistenciais que visam “dar oportunidade” para as classes consideradas “minorias”, sejam por uma renda baixa, cor de pele diferente, dívidas históricas ou opção sexual. Já disse aqui o quanto discordo de grande parte desses “planos assistenciais” que muitas vezes acabam ajudando quem não precisa e deixa de assistir uma grande parte da população que realmente espera por uma oportunidade, sem contar que na minha modesta, humilde e juvenil opinião muitos desses programas acabam por se tornar uma grande manufatura de vagabundos.
Mas hoje não vim até aqui para desatar a falar mal desse governo espúrio, pois já está sacramentado no poder a 12 anos e infelizmente tudo indica que continuará pelos próximos 4.
Hoje estou aqui para falar da determinação. Estou aqui para falar da capacidade mental, disciplinar e porque não chamar de “teimosia” de quem se dedica a uma causa com tanto afinco que acaba por conquistar seus objetivos, por mais difíceis que sejam estes.
O Brasil é sim um país de todos. O mundo é de todos! Mas infelizmente esse mundo seleciona os esforçados e renega os preguiçosos.
Muita gente por aí, que não possui a determinação de ater-se a uma causa, olha enviesado para aquelas pessoas que conquistaram alguma coisa na vida e cochicham para a alma tão pobre quanto – pois essas pessoas geralmente andam em pares – “Tá vendo só fulano? Se não fosse o pai ser conhecido de beltrano ele não estaria na posição que está hoje dentro da empresa”.
Será? Será que esse rapaz não tem mesmo a competência necessária para estar desempenhando a função que desempenha? Será mesmo que o dono da empresa – que visa lucro como em todo comércio desde que o mundo é mundo – se contentaria em preencher uma vaga importante com um inútil apenas para pagar uma dívida de gratidão ou por amizade ao pai da pessoa ou a quem quer que seja?
Será que o que nos faz pensar, apontar e julgar não é aquela inveja corrosiva que sentimos de pessoas que conseguiram subir na vida enquanto chafurdamos na própria mente simplória?
O Luiz Carlos Prates, comentarista do SBT de Santa Catarina que muito admiro sempre fala sobre o Evangelho de Marcos e eu o cito aqui. Está em Marcos 9:23: “Se tu podes crer, tudo é possível naquilo que crê”. Ou seja...
Tudo é possível em nossa vida. Tudo depende apenas de nós mesmos. De nós acreditarmos, de nós nos disciplinarmos na busca por alguma coisa que almejamos.
Tudo se resume ao esforço que cada um fazemos para atingir nossos sonhos, independente de ser pobre, rico, louro, negro, homem, mulher. Todos nós somos iguais perante a lei e mais iguais ainda perante o truta que comanda a coisa toda de lá de cima, que muitos conhecem pelo nome de Deus. E já vou avisando que Deus ajuda quem cedo madruga, portanto não adianta amanhecer e adormecer na porta de um templo, seja ele qual for, esperando uma bonança cair do céu. Não! Isso é balela. É merchandising! Quando você quer uma cura você pede em prece, mas você toma o remédio não é? Portanto se quiser progredir na vida peça iluminação, clareza de ideias e disposição, mas levante cedo e vá à luta! Estude, descubra, conheça, aprenda, observe... Só assim conseguirá a tão sonhada oportunidade, seja ela qual for que esteja almejando.
Eu tenho um desejo enorme de conseguir ganhar a vida escrevendo. Escrevendo coisas como escrevo aqui. É a minha grande paixão. E cá estou eu. Estou tentando. Agora escrevo por prazer, escrevo para dividir experiências com vocês, mas quem sabe no futuro... A minha parte estou tentando fazer.
E você? Qual seu sonho? Vai ficar aí parando esperando cair do céu? Arregace as mangas e nunca se esqueça de Marcos 9:23. “Se tu podes crer, tudo é possível naquilo que crê”.

Vejo vocês num futuro brilhante!
Forte abraço e até a próxima e não se esqueçam de maneira alguma:


O mundo é torto, mas se pudermos crer, a gente endireita! 

sábado, 15 de março de 2014

PRAZER

As melhores coisas da vida são aquelas que nos dão prazer, que nos fazem sentir bem.
No mundo atual, começamos a acostumarmo-nos com a idéia de que só podemos ter prazer mediante a grandes montantes de dinheiro para podermos ter acesso a todas as coisas “compráveis” que nos apetecem.
Também temos atribuído muito valor aos prazeres mundanos – sexo, traição, promiscuidade – e passamos a perder o controle de nossos instintos, muitas vezes jogando por terra nossos valores morais.
Hoje eu gostaria de dividir com vocês a minha ideia de prazer, de pequenas coisas que podem mudar nosso humor, rasgar o dia mais enevoado e abrir nossos olhos e corações para as coisas boas da vida. São pequenas peças de um mosaico que juntas formam aquilo que chamamos de felicidade. Coisas que geralmente são simples e não custam nada.
A mim dá prazer acordar cedo, e logo de manhãzinha, com a brisa fresca remanescente da madrugada que se despede limpar toda a casa e ter o resto do dia livre para fazer outras coisas.
Sinto um prazer imenso em escrever e no meu trabalho, faço o que gosto e me maravilha poder compartilhar minhas idéias e saber que eventualmente arranco um sorriso ou outro das pessoas que lêem meus textos.
Um banho gelado no calor ou uma limonada fresquinha, observar a chuva na janela e sentir o rosto
salpicado por gotículas cristalinas, balançar na rede em uma tarde preguiçosa e morna, parando para reparar nos cantos dos pássaros e nos pequenos sinais da natureza atrevida que resiste ao homem e ao crescimento das cidades.
Um casaco macio e quentinho e um leite pelando, cheio de chocolate no inverno rigoroso também são prazerosos. Aquele misto de rubor nas faces e frio na barriga quando estamos apaixonados, as pernas bambas de emoção e um beijo roubado, melhor ainda se for um beijo molhado!
Esquecer das contas e das rugas e voltar a ser criança, mesmo que seja apenas por uma hora ou uma tarde, jogar videogame, se achar o astro no Guitar Hero, pular amarelinha, brincar ou vestir e pentear bonequinhas.
Espreguiçar nas manhãs de domingo, ver o Sol se espichando pelas frestas da janela e resolver dormir mais aqueles “cinco minutinhos” que nos negamos a semana toda.
Fisgar um peixe, ler um livro à sombra de uma árvore, almoçar em família...
Aliás, tudo em família dá prazer né? Abraçar um ente querido, dizer e ouvir “eu te amo”, fazer as pazes depois de uma briga boba entre irmãos.
Sentir um suave toque, um perfume doce, trocar juras de amor no calor de um abraço tendo apenas o céu estrelado como testemunha.
Estar com os amigos, rir de uma piada, ouvir e cantar uma música, mesmo que desafinado e sem saber a letra, comer pipoca, tomar guaraná, dançar com a vassoura e até mesmo assistir a um filme enquanto está deitado no tapete rodeado de almofadas.
A vida é uma reunião de prazeres que se escondem atrás da névoa densa do trabalho, das preocupações e do capitalismo.
Cabe a cada um de nós compreendermos que a vida é uma só, sem repeteco, e nos entregarmos ao mais significativo prazer de todos: O prazer de viver!

Um enorme abraço e desejo a todos um ótimo final de semana, com olhos bem abertos para desfrutarem dos mais variados e simples prazeres!



terça-feira, 4 de março de 2014

A conta da copa é nossa!


A conta da copa é nossa!
Com esse governo
não há quem possa!!

Pois é turma, hoje a contagem regressiva dos 100 dias para o mundial disputado no Brasil começa. Na televisão vemos reportagens e imagens repletas de otimismo, patriotismo, e mais um monte de outros "ismos" sendo divulgadas. Só esqueceram do elitismo e do charlatanismo, sim, porque para o código penal brasileiro charlatanismo e fraude são as mesmas coisas e essa vai ser a copa do desvio de dinheiro, das obras superfaturadas, e quem vai pagar a conta? Você, sua besta!
Eu tenho certeza de que, de todos que visitarem meu blog - e eu sei que não são muitos, tá meio caidinho - nem 10% vai assistir aos jogos da copa nos estádios, a maioria vai assistir pela televisão, então eu pergunto: Pra que tanto alarde por uma copa realizada no país? Se vai assistir pela televisão tanto faz ela ser na Grécia ou em Acapulco. O que não posso conceber é que mesmo assistindo pela TV você vai pagar pelos estádios, cada tijolo e cada cadeira verde e amarela, e vai pagar caro pra caralho!
Nas últimas notícias, ficamos sabendo que o custo dos estádios teve um disparo e chegou aos 8 bilhões, o valor previsto para construção e obras de estádio quando foi anunciado que essa pouca vergonha dessa copa aconteceria no Brasil, o custo de obras foi estimado em 2, 8 bilhões, ou seja, o valor gasto até agora com estádios extrapolou em 285%! Pera aí, cara-pálida! Quanto o seu salário aumentou de 2007 até hoje? Duvido que tenha chegado perto da porcentagem que esses estádios sorveram do seu dinheiro.
E por falar em estádios, vamos e venhamos. Uma arena em Brasília? Que time de expressão tem em Brasília? Esse estádio depois vai ser utilizado pra quê? Shows da Cláudia Leitte ou pasto para os grandes latifundiários da região do Mato Grosso? E ainda temos a arena do Amazonas. NÃO TEM FUTEBOL NO AMAZONAS! Tem pesca predatória e exploração ilícita de madeira, mas futebol não existe por lá!
 Depois de realizada a copa o que vai ser feito com o estádio? Muito provavelmente vai ficar pro Saci, Caipora, Currupira e Boitatá baterem uma peladinha de final de semana, só pode ser isso.
E até agora eu só falei dos estádios, nem mencionei as obras estruturais que foram prometidas e sequer começaram a ser realizadas. Antes eu achava que seria tudo deixado para os últimos anos para que fossem superfaturadas e entrasse dinheiro a rodo no bolso dos políticos, mas não! Elas simplesmente não vão acontecer, a exemplo do trem bala que tanto foi falado e permanece na imaginação da excelentíssima Dilma, a menos que ela amarre um saco de 7Belo no metrô da capital paulista nós não passaremos nem perto do trem bala. Muita coisa foi prometida, muita coisa foi alardeada e até agora pouco foi feito, e com o máximo de dano e prejuízo possível, talvez porque os membros do Comitê Organizador Local (COL) não são empresários, não são diplomatas, não são economistas, são imbecis declarados como Ronaldo (fenômeno sou eu que vivo sem um pulmão e com o coração do lado errado, esse é só mais um idiota) que diante da cobrança sobre as verdadeiras prioridades para a aplicação do dinheiro dos contribuintes soltou a célebre pérola "Copa não se faz com hospitais, se faz com estádios". E suruba se faz com mulher, mas nem por isso você seguiu o
senso comum, não é mesmo?
Sem falar da prepotência e tamanha imbecilidade de Pelé, que já disseram muitos, calado é um poeta.
E a parte mais engraçada é que quem mais vai lucrar com essa copa são os que não estão investindo, empresas como a Nike, emissoras de televisão como a Rede Globo, que até agora não publicou ou divulgou uma só notícia contrária à copa e os grandes empresários. O contribuinte, o cara que investe sem querer e sem saber, que trabalha como um desgraçado para ver seu dinheiro convertido em orgia para proveito dos ricos e poderosos não vai ver cheiro de copa, se muito pela televisão, porque se o "Brasil para" tem aqueles que morrem de fome.
E isso sem contar que depois da copa do mundo ainda teremos as olimpíadas em 2016, onde será necessário construir bem mais do que apenas estádios de futebol, e sim toda uma infraestrutura e de esportes em que o país sequer tem tradição e representatividade, com acomodação para federações gigantescas de vários países em diversos esportes. E o Brasil mesmo não tem relevância nas olimpíadas - salvo o vôlei que é outro esporte em que o Brasil tem tradição e já faturou medalhas olímpicas e mundiais - o governo não investe no atleta, os investidores privados não têm interesse na maioria dos esportes disputados nas olimpíadas, vamos viver outro fiasco.
Então, se você também está indignado como eu, seja patriota, torça contra o Brasil. A vitória brasileira nesse mundial de futebol só vai servir para anestesiar o povo para quando a repercussão dos gastos e maus investimentos vierem. Depois da copa, o caos.
E é por isso que estarei vestindo as cores da minha segunda pátria: Itália!
Avanti Azurra!
Il mondo è storto, ma abbiamo raddrizzato!

Baci! Ciao!