quarta-feira, 8 de maio de 2013

Caxi o que?


Caxirola gente, esse nome bisonho é o que foi dado ao novo instrumento que querem fazer pegar para a Copa do Mundo Brasil 2014.
Trata-se de um par de chocalhos criados pelo músico (hein?) Carlinhos Brown nas cores verde e amarelo que vão fazer toda a alegria e folia da copa aqui na terrinha.
Deus, eu rezo tanto, quase terminei o seminário, leio a bíblia, conheço a vida dos santos, tenho santos de devoção... Então porque sou obrigado a ver tanta porcaria acontecendo?
Bom, a minha indignação é tanta que eu vou ter que tomar muito cuidado para não criar um texto gigantesco, então vamos ao primeiro item da minha indignação:
Por que brasileiro é tão paga pau?
Essa é a primeira questão que saltou na minha mente quando vi a notícia na televisão. Carlinhos Brown e Dilma apresentando ao mundo a tal da caxirola que, segundo a reportagem, deverá fazer tanto sucesso quanto fizeram as Vuvuzelas na última Copa do Mundo na África do Sul.
                                                          

Pra que? Não é obrigação a copa do mundo ter um instrumento oficial, acho que essa talvez seja a jogada de marketing mais falida do mundo. Brasileiro não consegue criar nada que seja oriundo da própria mente brilhante de algum cidadão. Já cansei de ver matérias onde atrizes e atores são comparados com contrapartes estadunidenses. Por quê? As coisas só têm relevância caso tenham alguma ligação, remota ou imaginária, com os Estados Unidos?
A atriz não pode ser bonita, talentosa, ter um corpo legal e ser simplesmente a atriz? Não ela tem que ser a “nossa alguma coisa”.
Lembro da época das revistas da Jovem Pan que eu e um amigo colecionávamos, nunca esqueci uma matéria de capa que trazia a ainda jovem e estreante Danielle Winits usando um biquíni azul e as letras vermelhas da chamada gritavam “A nossa Spice Girl”.  

Juro por tudo que é sagrado que nunca entendi aquela comparação... Primeiro que a moça não cantava, não coreografava, era atriz, segundo que não lembro de um tratado que declarasse que toda mulher bonita, a partir de determinada data, deveria ser reverenciada como Spice Girl.
Agora na Malhação apareceu um novo ator, o típico galã mirim e já foi avidamente rotulado como “Nosso Edward Cullen”. Pobre coitado do vampirinho gay com cara de frigideira perto do belo Guilherme Leicam.
Acho que essa coisa de comparar e de querer sempre copiar e criar algo parecido com coisas que temos ou vimos em outros países mais desenvolvidos além de um desserviço um demérito à criatividade do nosso povo.
Criamos tantos ritmos, tantas folias, tantas músicas de qualidade e brasileiríssimas. Criamos coisas que têm história. E o povo tá ligando pra história galerinha... Pelo amor de Deus.
O próprio forró nordestino é uma música carregada de traços culturais, o povo nordestino é um povo que tem um valor histórico imensurável para o país. E é aí que eu me pergunto porque é que temos que importar tanto comportamento, temos que importar ideias e copiar movimentos culturais ao invés de difundir os nossos?
Um nação com mais de 500 anos, com tantas participações importantes na história a nível mundial, na política global, patrimônio ambiental da humanidade. Será que temos mesmo que erguer nossa cultura sobre comparações de coisas internacionais?
Claro que não quero dizer aqui que as pessoas devem ser proibidas de consumir coisas estrangeiras, mas ao menos entendam a história de seu país. Muitos são os filósofos que dizem que é necessário um olhar para o passado para que possamos guiar nossos passos para o futuro.
Somos tão pouco patriotas e tão pouco interessados nos rumos de nossa pátria que dessa forma só poderemos andar pra trás, infelizmente...


E agora estou de volta à Jundiaí e vou retomar as postagens do blog. Peço uma força dos meus amigos curtindo, compartilhando e comentando as postagens, afinal de contas o espaço e eu estamos abertos a discussão e debate de opiniões!
E aí, bora endireitar esse mundo?
Forte abraço e até a próxima!

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