segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Respeito é bom e faz bem pros dentes.

E acabou o Rock in Rio, o maior festival musical do país que reuniu nomes de peso do cenário da música mundial. Festival esperado por muitos e com ampla visualização ao redor de todo o mundo.
Vou falar bem a verdade para vocês, eu não assisti praticamente nada do Rock in Rio, um pouco foi por falta de motivação, outro pouco porque eu estou muito de idade e o sono me impedia de ver os shows mais badalados e outro tanto por aquele protesto íntimo de adolescente rebelde pelo festival que leva “Rock” no nome ter como uma das atrações de estreia a Ivete Sangalo, artista que eu repudio por muitos e muitos motivos, talvez só não mais que a “Claudinha” Leite, ao menos a Ivete ainda demonstra um pouco de bom humor e simpatia como pessoa.
Fato é que ontem foi o encerramento do festival, que volta em 2015, se não me engano, e tinha como atração principal a banda inglesa Iron Maiden. Uma bandinha aí que eu nem curto muito (Ironia tá?! Sou fã dos caras) então resolvi deixar a TV ligada, os shows rolando e fiquei de boa na lagoa, mexendo no pc e batendo papo com a minha irmã enquanto dava uma espiada nos shows durante a longa espera pelo Maiden.
E foi quando eu liguei a TV que vi no palco uma banda que nunca tinha visto antes, fazendo um som que misturava um pouco de heavy metal em algumas canções e um pouco de hard rock em outras, achei o som de muita qualidade e demorei pra perceber que o vocalista cantava em português. Minha irmã, sentada no sofá do lado e munida da programação do evento me esclareceu que se tratava de uma banda chamada ”Kiara Rocks” e mais tarde minha noiva – que é uma pessoa tão informada que chega a me irritar – me contou que essa banda havia participado duas vezes do programa “Astros” no SBT.
Apesar do nome fazer referência ao segundo filme do Rei Leão (não entendi até agora porque) a banda tinha um instrumental competente e um vocal muito bacana, com um timbre legal pra esse tipo de música, contudo, por mais que o vocalista tentasse estabelecer uma conexão com a plateia e trazê-los para participar do show a plateia estava dispersa e em vários momentos, durante a troca de uma música para outra a multidão clamava pelo Iron Maiden, nem a banda trazendo o primeiro vocalista do Iron, Paul Di'Anno para o palco e tocando clássicos do rock – incluindo uma das primeiras canções do Iron, “Wrathchild” – com o vocalista foi suficiente para acalmar a fúria do público que clamava pela banda inglesa.
Aí chegou um momento em que o vocalista Cadu Pelegrini ficou visivelmente chateado – pra não dizer puto – com a resistência do público e fez um discurso cheio de humildade pedindo que os espectadores respeitassem o artista que estava no palco.

Não é de hoje que o Rock in Rio trás polêmicas desse tipo. Em 2001 o cantor brasileiro Carlinhos Brown foi vítima da fúria dos espectadores e agredido com garrafadas em sua apresentação.
Agora vem o meu ponto de vista:
Fiquei bastante chateado pela banda e envergonhado com a atitude do público. Me parece óbvio, não só pra mim quanto pra qualquer pessoa na Terra, para quem ainda não nasceu e para quem morreu antes da fundação da banda Iron Maiden, que o pessoal que foi para o evento ontem foi para ver o Iron. Isso é carta marcada! Contudo quem foi para ver o Iron, quem pagou ingresso, acampou na fila, viajou até o Rio e tal e coisa estava a par da programação e sabia que ia ter uma banda de São Paulo, pouquíssimo conhecida que iam ter que encarar no meio desse processo.
Aí eu pergunto: Adianta ficar clamando o Maiden? O Eddie vai aparecer no meio do show dos caras, comer os músicos e o Bruce vai entrar pulando triunfalmente?
Pois eu mesmo respondo minha própria pergunta: Não! Essa atitude só vem a constranger a banda que está ali no palco tentando mostrar o seu trabalho e causar um estresse desnecessário durante o evento.
De todos ali os que menos têm culpa são os envolvidos. De um lado a banda e de outro lado o público. A verdadeira culpa é do imbecil que resolveu colocar uma banda paulista, anônima ao grande público para abrir uma noite que teria pela frente Slayer, Avenged Sevenfold e culminaria na grande, majestosa e pirotécnica apresentação do Iron. O mesmo imbecil e inoperante que colocou bandas como Helloween, Almah, Hibria (mano, Hibria é muito foda) no palco Sunset, o palco secundário que não suportou o público que se deslocou para ver o Helloween.
Acho que temos de respeitar o trabalho dos outros assim como queremos que respeitem e apreciem o nosso trabalho. Estou usando aqui de exemplo os músicos, mas gostaria de levar esse debate mais longe, para nossa rotina e nosso dia a dia. O respeito e apreciação devem existir sobre qualquer trabalho, com qualquer profissional e em qualquer área.
Desde a caixa do supermercado à atendente da loja, secretária do consultório médico, enfermeiras, aeromoças, garis, servidores públicos, ascensoristas e com nossos chefes, gerentes, encarregados, pais e mães. Isso acompanhado da boa educação e simpatia no fino trato com as pessoas vai ajudar a tornar o mundo melhor!
E se quiserem gritar, vão gritar e esbravejar com os nossos funcionários lá de Brasília, aqueles lá que se fazem de intocáveis, assumem identidades de semi-deuses e fazem o que querem com o povo, mas que na virada nada mais são do que nossos empregados e nos devem respeito, servidão e satisfações e que nos cabe impor limites!
Essa foi a mensagem de hoje. Se gostaram, concordam ou discordam deixem o comentário e nos ajude a espalhar a palavra, divulgando nas redes sociais!
E agora chegamos à parte que eu mais gosto!
O mundo é torto, por isso Run to the hills.

Caramba... Não era isso... Ah! Lembrei!
O mundo é torto e faltam 2 minutes 2 midnight.
Diabo... O mundo é torto but I’m running free, yeah!
O mundo é torto, mas a gente endireita! (ufa lembrei)
Maiden neles! Up the Irons e até a próxima!


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