O casamento é o
grande momento na vida de toda mulher – e de todo homem, por mais
que eles não admitam.
É a união sublime,
o laço mais importante e que talvez só perca mesmo para o vínculo
“mãe e filho”.
Contudo, o
matrimônio foi perdendo bastante de seu significado durante esse
BOOM de modernidade e imediatismo que vem acometendo a humanidade ao
longo das últimas décadas.
A primeira coisa a
ser perdida foi o “até que a morte nos separe”. Coisas que temos
cada vez menos (se é que ainda existem de fato) são os casais
duradouros. Hoje em dia nada segura um casal que não quer mais ficar
junto, sequer os filhos.
Outra coisa que se
perdeu foi a parte ritualística do casamento: O véu, a grinalda, o
pai da noiva escoltando-a até o altar, os padrinhos ao lado do
noivo, o cobiçado buquê na saída da igreja…
Eu mesmo não passei
por esse ritual. As pessoas que não me veem todo dia se espantam ao
me encontrar e observar a aliança em minha mão esquerda e logo
perguntam “Você casou?! Como não fiquei sabendo?”. Eu logo me
apresso em explicar que só casei “moralmente”.
Trocamos as alianças
de mão e juramos amor eterno, tendo a lua e os fogos de ano novo
como testemunhas.
Mas a parte da perda
do véu e grinalda é justificada pelos custos de um casamento - como
manda o figurino - que estão pela hora da morte. Eu mesmo gostaria
muito de ter casado na igreja, com todas as pompas e as lembranças
de uma cerimônia, mas estando tudo tão caro chegamos à conclusão
que ou casa ou mantém a casa, e optamos pela segunda.
Mas porque será que
o casamento hoje é cada vez mais considerado uma instituição
falida?
Continuem comigo e
pode ser que cheguemos a uma conclusão!
A primeira coisa que
devemos entender – e a principal delas – é que quando casamos
nos tornamos um, mas jamais alguém disse que deixaríamos de ser
dois.
Cada indivíduo tem
seus interesses, costumes, trejeitos, humor… Até mesmo a rotina
alimentar pode ser diferente.
Minha esposa Kelly,
por exemplo, é vegetariana, já eu, ao contrário, não como nada
que venha da terra.
Que impasse!
De maneira alguma
podemos permitir que isso crie um conflito entre nós e encontramos
uma saída que vai parecer extremamente óbvia quando eu disser. Eu
cozinho a minha carne e ela refoga os vegetais dela! Não preciso
abrir mão do meu bacon e ela pode ficar com a couve dela. Sem
problema algum!
Essa “unidade”
do casal cria situações complicadas de negação e abdicação. É
o famoso “você precisa ceder”.
A priori, devemos
sim ceder em alguns aspectos de nossa personalidade e comportamento
em prol de uma boa convivência.
Mas é
imprescindível que o ato de ceder não se torne uma abstenção de
sermos nós mesmos ou uma perda de nosso âmago e identidade.
Pensem sobre isso: O
marido tem aquele amigo inseparável que cultiva desde a infância. O
futebol de domingo é sagrado, bem como aquela partida de Fifa no
Xbox que gera risadas, palavrões e até uns tapas.
E de repente a
esposa começa a implicar com essa amizade. Começa a questionar o
tempo que passam juntos, que aquelas horas que está com o amigo
poderiam ser gastas com ela de alguma maneira.
Da mesma forma
imaginem que essa mesma esposa tem uma prima da mesma idade. Ambas
foram criadas juntas e dividiram risadas, conversas na madrugada,
lágrimas do primeiro coração partido, consolaram-se quando os pais
de uma delas se divorciaram…
A cumplicidade entre
elas é imensa e a amizade permanece intacta mesmo após uma delas
ter se casado. Mas o marido machista acha que essa prima é má
influência, descompromissada com a vida, baladeira, esse mesmo
marido pode por fim em uma amizade que já dura desde a infância e
já sobreviveu a diversos altos e baixos, por causa de uma crise de
machismo impotente.
Em ambos os casos
esses dois permanecerão felizes como casal depois de terem suas
amizades arruinadas pelo próprio cônjuge?
Obviamente não pois
tiveram que abdicar a coisas importantes, coisas que faziam parte de
suas essências.
Algumas das coisas
que desencadeiam esses desentendimentos são os sentimentos e
convicções negativas que encontramos apenas nos seres humanos, como
o ciúme, o egoísmo, a falta de parcimônia e o desprezo pela
necessidade do próximo.
Por isso é de suma
importância encontrar alguém em quem confiamos, assim
evitaremos dar morada a esses sentimentos. Devemos também procurar
por alguém que nós complete, pois o significado do casamento é
completar-se do outro naqueles buracos que trazemos em nossas almas,
ao contrário de esvaziarmos de nós mesmos para nos preenchermos
apenas do outro.
O casamento deve
tratar de “somar”. Soma de gostos, costumes, amigos e pessoas que
são importantes para nós, manias, famílias. Se mantivermos essa
equação e mais a noção de que sempre teremos algo a aprender e
traremos sempre algo para ensinar, certamente multiplicaremos os sorrisos e
as alegrias, e o casamento dará certo.
Agora, se ao invés
disse nós insistirmos em subtrair, resultará apenas em divisão…
De BENS!
Essa é a dica do
MUNDO TORTO de hoje. Amem, sejam amados e sejam felizes, pois o amor
é o alicerce de todas as demais coisas boas que precisamos para,
quando olharmos para trás, ter a certeza de que a vida valeu a pena!
E lembrem-se: O
mundo é torto, mas com amor, casado ou solteiro, juntos a gente
endireita!
Forte abraço e até a próxima!
Forte abraço e até a próxima!
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