Ontem fiz uma coisa que para mim foi novidade: Assisti ao
programa Fantástico.
Anti-Globo como sou assisto apenas um programa da referida emissora: Lado a Lado, pois é, sou apaixonado pela novela das seis e estou sentindo um profundo pesar sabendo que está é sua última semana. Será que Constância, a ex-Baronesa da Boa Vista conseguirá se safar do sequestro do próprio neto? E Isabel e Zé Maria? O destino tornará a uni-los ou ambos estão fadados a traçarem caminhos separados?
Anti-Globo como sou assisto apenas um programa da referida emissora: Lado a Lado, pois é, sou apaixonado pela novela das seis e estou sentindo um profundo pesar sabendo que está é sua última semana. Será que Constância, a ex-Baronesa da Boa Vista conseguirá se safar do sequestro do próprio neto? E Isabel e Zé Maria? O destino tornará a uni-los ou ambos estão fadados a traçarem caminhos separados?
Bom, não estou aqui para discutir a novela, acabei me
empolgando um pouco... O fato é que durante o programa vi e fiquei bastante
interessado sobre uma matéria que falava da introdução de jogos de computador
na didática e na metodologia de ensino e que agora as escolas capacitavam
professores para uso de Tablets e o governo está disposto a investir em
tecnologia para manter o interesse dos alunos nos conteúdos.
Logo depois de assistir a matéria recebi um telefonema da
minha noiva, que também tinha acabado de ver a reportagem e queria comentar
comigo e saber minha opinião a respeito (morram de inveja do meu namoro super
intelectual!).
Durante a conversa, ela – que é professora de uma rede
particular de escola de idiomas – disse que muito se falava sobre uma reforma
pedagógica no ensino, uma maneira de tornar as aulas cada vez mais atraentes
para os alunos e que nesse novo método o aspecto disciplinar era jogado para
escanteio. Vou usar o exemplo que ela ouviu e me contou, apenas para ilustrar como
seria isso: Se por acaso o aluno recebesse uma tarefa e resolvesse fazer essa
tarefa deitado no chão, com livro, lápis e borracha espalhados pelo assoalho da
sala, estaria ok. O que realmente importa é que ele entregue o tema completo e
no prazo. Essa nova metodologia visa mostrar que o importante é o resultado,
mais ou menos algo como “os fins justificam os meios”.
Eu discordo plenamente!
Discordo dessa “libertinagem” em sala de aula, discordo
dessas novas metodologias... Discordo de tudo isso, e vou explicar-lhes o
porque dessa MINHA OPINIÃO.
A escola tem como tarefa primária instruir, isso é fato.
Existe uma discussão acalorada que defende que a ação de educar não deve ser
delegada à escola e sim aos pais e nessa questão as opiniões se dividem pois
todos sabemos que hoje em dia são minoria os lares em que apenas o homem
trabalha e a mulher fica como única responsável pelas prendas domésticas e
pelos filhos. É comum que ambos trabalhem fora e tenham que lidar juntos com as
tarefas domésticas e com a educação dos filhos.
O tempo que as crianças passam na escola tem se expandido
cada vez mais, justamente porque os pais passam menos tempo em casa e preferem
manter seus filhos na escola durante o período integral, ou seja, as crianças
passam cada vez menos tempo em casa, e durante esse tempo que estão no lar
ainda temos que descontar o tempo que passam dormindo.
Por isso defendo que a escola talvez não tenha a
obrigação de educar, mas tem sim todo o dever de trabalhar na formação do
cidadão, e para formarmos cidadãos precisamos de disciplina, e é aí que essa “escola
dos sonhos” não combina com a realidade da educação no Brasil.
Eu costumo dizer o tempo todo que o papel aceita tudo, no
papel tudo é lindo e mais lindo e no papel o conceito da progressão continuada
também era muito bacana.
Esse conceito surgiu na década de 60 e tinha como objetivo evitar a evasão escolar criando um processo de “ciclos” no ensino, de modo que o aluno que não conseguisse aprender satisfatoriamente um conteúdo não era retido ao final do ano, esse aluno seria encaminhado ao reforço durante um período e poderia seguir para o próximo ano –ou ciclo, onde estaria revendo aquele conceito ou conteúdo que não havia absorvido completamente, por meio da interdisciplinaridade ou interação entre conteúdos.
Porém, contudo, entretanto, a progressão continuada ainda possui alguns aspectos que as escolas (ao menos a grande maioria) não seguem e entre esses aspectos está a recuperação paralela, onde o aluno faz uma revisão do conteúdo e tem uma assistência baseada em suas dificuldades cognitivas, essa recuperação deve ser seguida de uma avaliação contínua, para certificar que o aluno está apto para absorver o conteúdo que não foi capaz de acompanhar junto com a classe, sem esses aspectos a progressão continuada parece apenas que a escola não repete o aluno e é por isso que temos uma enxurrada de analfabetos funcionais sendo desovados pelo ensino público e pela odiosa progressão continuada que beneficia os alunos vagabundos e faz troça daqueles que se esforçam. Pensem como fica a cabeça de uma criança que se esforça, faz as tarefas, participa ativamente das aulas e que ao final do período vai ter a mesma aprovação do que o vagabundo que apenas bagunçou durante todo o ano letivo e prejudicou as aulas e seus colegas e professores?
Esse conceito surgiu na década de 60 e tinha como objetivo evitar a evasão escolar criando um processo de “ciclos” no ensino, de modo que o aluno que não conseguisse aprender satisfatoriamente um conteúdo não era retido ao final do ano, esse aluno seria encaminhado ao reforço durante um período e poderia seguir para o próximo ano –ou ciclo, onde estaria revendo aquele conceito ou conteúdo que não havia absorvido completamente, por meio da interdisciplinaridade ou interação entre conteúdos.
Porém, contudo, entretanto, a progressão continuada ainda possui alguns aspectos que as escolas (ao menos a grande maioria) não seguem e entre esses aspectos está a recuperação paralela, onde o aluno faz uma revisão do conteúdo e tem uma assistência baseada em suas dificuldades cognitivas, essa recuperação deve ser seguida de uma avaliação contínua, para certificar que o aluno está apto para absorver o conteúdo que não foi capaz de acompanhar junto com a classe, sem esses aspectos a progressão continuada parece apenas que a escola não repete o aluno e é por isso que temos uma enxurrada de analfabetos funcionais sendo desovados pelo ensino público e pela odiosa progressão continuada que beneficia os alunos vagabundos e faz troça daqueles que se esforçam. Pensem como fica a cabeça de uma criança que se esforça, faz as tarefas, participa ativamente das aulas e que ao final do período vai ter a mesma aprovação do que o vagabundo que apenas bagunçou durante todo o ano letivo e prejudicou as aulas e seus colegas e professores?
Esse aluno é mais um a ser envenenado pelo ”jeitinho
brasileiro” .
Não adianta pensar em inclusão digital para alunos que
não sabem sequer escrever, que invadem as mídias sociais com sua falta de
respeito e seu português que faria Cabral amaldiçoar o dia em que se aventurou
no mar e descobriu essa terra, que já fora Ilha de Santa Cruz, passou a ser Terra
de Vera Cruz e agora é terra de ninguém, senão de corruptos e bandidos.
Tablets na escola? Prefiro ética, civilidade, disciplina. Prefiro que voltemos ao tempo em que entoávamos o hino com a bandeira hasteada antes de começar o período letivo, prefiro voltar ao tempo em que os alunos recebiam o professor todos em pé, com um “Boa Tarde” entoado em uníssono e mãos para trás em sinal de servidão e submissão ao mestre que entrava na sala de aula, em respeitoso sinal de que eram todos jarros vazios, corpos famintos por conhecimento, como se aquele conhecimento, como se aquele conteúdo fosse trazer-lhes de volta suas almas.
Chega dessa demagogia imbecil, dizendo que o Brasil é um país de todos, vamos fazer deles um país dos que merecem.
Sem mais. Forte abraço e até a próxima!
Chega dessa demagogia imbecil, dizendo que o Brasil é um país de todos, vamos fazer deles um país dos que merecem.
Sem mais. Forte abraço e até a próxima!
Professores incentivarem alunos a fazer uma pesquisa mais detalhada para um trabalho que deve ser impresso para entregar, ou até mesmo usar uma aula toda só para mostrar como usar a internet como fonte de conhecimento, é uma coisa. Isso sim seria legal, tendo em vista que atualmente, família nenhuma compra enciclopédias, dicionários e coisas do tipo, fugindo da regra raras exceções, então é bom saber como e aonde obter a informação certa na hora de se desenvolver uma pesquisa, um resumo, ou coisas do tipo.
ResponderExcluirAgora, substituir o casal lápis+caderno, sou contra. Se com o uso obrigatório do caderno, os alunos já deixam de copiar a matéria por ser "muita coisa", imagina se fizerem isso por computador. SE o aluno fizer o que a professora mandar, com certeza fará uso do 'internetês' pra isso, porque economiza tempo. E tendo em vista o RICO português que a gente vem observando por aqui, definitivamente a coisa não vai dar muito certo não...
Se até na faculdade (que é totalmente liberal quanto o material usado) usei caderno para anotar as matérias, não vejo o porquê inventar moda em colégios... aluno tem que saber ler e escrever, e pra conseguir isso só na base do ensino tradicional, e claro, com muito esforço e paciência do professor, porque a coisa tá cada dia mais feia..
Nossa, Di, falou tudo o que eu penso e não consigo expor... É isso o que estão fazendo com a nossa juventude. Criando maus alunos, e levando os bons a não encontrarem incentivo para serem bons. Há poucos anos, quando eu ainda estudava, a preocupação era se eu ia tirar um dez, porque dez era melhor. Hoje, o importante é tirar um cinco pra passar sem vermelha... E olhe lá... Lamentável!
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