quarta-feira, 22 de maio de 2013

Os palhaços somos "nozes"


A jornalista foi muito feliz ao usar o termo "parasitismo". É absurdo que em um país do tamanho do Brasil, com toda sua extensão geográfica, clima privilegiado e riquezas naturais, a terra do "tudo que se se planta dá", não podemos admitir que as pessoas sejam dependentes de projetos de ajuda social criados pelo governo.
Reparem que ultimamente vêm surgindo um sem número de "bolsas" e tantas outra ajudas para a classe menos favorecida. Essas ajudas saem do bolso de todos nós, que pagamos impostos inomináveis sobre tudo o que consumimos e até mesmo para produzir somos tributados.
Aos que pensam que o governo está gastando dinheiro nessas tantas "ajudas de custo" que oferece às classes mais marginalizadas da população se engana. O governo está na verdade economizando milhões!
É muito mais barato tirar de quem produz e oferecer uma pequena esmola para os brasileiros em condição de miséria do que criar projetos que realmente alavanquem a situação do país e dê ao povo, de modo geral, sem distinção de classe social, cor e credo, o que o povo realmente precisa. É muito mais fácil distribuir espólios para uma pequena fatia da população do que gastar exorbitâncias em educação, saúde, segurança...
Pensem como seria custear uma verdadeira reforma na educação. Criar escolas de ponta, bem equipadas, com salas de aula modernas e professores bem remunerados e bem capacitados!
Pois permaneçam nessa linha de raciocínio e pensem só como seria dispendioso se o governo tratasse a questão da saúde no país! Nossa saúde está sucatada e deveríamos ver sendo construídos novos hospitais, reformulados, equipados e reformados os hospitais e postos públicos que já existem, teríamos que criar centros de especialidades, laboratórios, clínicas de diagnóstico e recrutar e pagar bem nossos médicos!
Na segurança a mesma coisa: Remunerar aqueles que arriscam suas próprias vidas para defender a ordem pública, e dessa forma reduzir drasticamente a corrupção dentro das polícias. Armar, equipar nossos homens da lei e promover uma verdadeira renovação no código penal brasileiro.
Isso tudo custa muito dinheiro! E será que nós temos todo esse dinheiro?
Bom, em breve análise posso afirmar que somos o povo que mais paga impostos sobre a Terra! Temos os parlamentares mais caros do mundo e em maior quantidade também!
Mas o governo prefere distribuir esmolas para a população mais carente, distribuir cotas INCONSTITUCIONAIS a torto e a direito do que atacar a raiz do problema, sairia muito caro e todos nós sabemos que todo o dinheiro excedente vai para o bolso dos políticos, se perde na corrupção e na sujeira de Brasília e dos governos pelos estados à fora.
Como pode um país que quer eliminar a pobreza e a miséria sendo que em tantos cantos não possui sequer saneamento básico? Escolas? Transporte público?
Como um governo pode querer resolver o problema da miséria e dos pobres sem capacitá-los e torná-los contundentes para o mercado de trabalho, para que possam ganhar o próprio pão?
É muito mais barato mesmo distribuir esmolas, contentar essas pequenas parcelas da população, ofuscar os reais problemas com projetos de lei e projetos de emenda constitucional dirigidas para esse ou aquele grupo específico, sem pensar num consenso geral de coisas que o país realmente precisa.
Essas minorias, juntas, tornam-se uma grande maioria e é prudente contentá-las pois são elas, isentas de cultura, educação ou engajamento político que vão reeleger esses mesmos ladrões.
E quanto todos começarem a se rebelerar? E quando as orgias com dinheiro público começarem a aparecer por detrás do véu da indecorosa corrupção?
De-lhes a Copa do Mundo! Superfature estádios e construa arenas de padrão europeu onde sequer existe escola e moradia, onde as pessoas têm que construir palafitas e canoas para tentar sobreviver, onde há seca, onde não há água potável...
Esse é o país do pão e circo, onde o pão está fora de nosso alcance, e os palhaços "somos nozes".

Forte abraço e até a próxima!!!

sábado, 11 de maio de 2013

Homenageando minha mãe!



Todo mundo que me conhece e conviveu o mínimo que seja comigo sabe dos meus problemas de saúde, também sabe como muitas vezes esses problemas me pregaram sustos terríveis.
Muita gente já disse admirar-se com a minha coragem e como eu enfrento tantas coisas com bravura, tentaram colocar-se no meu lugar e por vezes disseram que talvez não dispusessem da mesma força para encarar as coisas da maneira como eu encaro.
A bem da verdade eu sempre costumo dizer a essas pessoas que eu simplesmente sigo o fluxo natural das coisas: Aquele que tem fome, come. O que tem sede, bebe para saciá-la. O que tem sono, repousa. E quem tem algum problema de saúde se trata e se cuida. Costumo insistir que não sou nenhuma espécie rara e que não faço nada para dar exemplo, tudo que faço, toda a determinação para enfrentar esses problemas é puro egoísmo de minha parte, porque eu gosto de estar vivo, se eu desistir quem perde sou eu, não é mesmo?
Mas se querem saber de uma pessoa corajosa, bom, o nome que vem imediatamente à mente é o dela: Regina, vulgo mamãe.
Esse exemplo de coragem é quem me provê toda a força de vontade para continuar me superando, continuar lutando, continuar com o mesmo ânimo, alegria e amor à vida, com o mesmo riso fácil e uma piada pronta para tudo.
Aquela mãe que fez todas as escolhas por mim logo no meu nascimento, quando o mundo todo lamentava antecipadamente meu triste fim. Ela nunca aceitou esse tal de destino e também riu diante do julgo pesado que pairava sobre ela.
Ela - corajosa como é - lutou e nós vencemos. Ela escolheu por mim, escolheu que eu viveria, escolheu mutas das vezes ignorar a lógica, os médicos, a medicina, a vontade do próprio criador e seguir seu dom materno, que é sem sombra de dúvidas seu dom mais precioso.
Quantas vezes essa mesma mulher, que à altura do meu nascimento era apenas uma menina, teve que me deixar fazer escolhas que todos diziam que acabariam mal, que acabariam de maneira fatal, e ela resolveu desacreditar em tudo o que diziam e acreditar em mim.
Se tivessem dado errados todos os dedos inquisidores apontariam para ela, a culpariam, mas ela aceitou o fardo, porque queria me dar sensações, queria que eu aprendesse com a vida. Que tivesse durado bem menos, que tivesse sido mais curta do que vem sendo, mas teria sido plena, e isso só porque minha mãe aceitou os riscos e resolveu confiar em mim.
E quem é que sabe mais sobre mim do que minha própria mãe? Quem é que reconhece cada olhar, cada gesto, cada espirro! Minha mãe me conhece melhor que eu mesmo. Ela cresceu comigo, aprendeu comigo e nunca quis ser apenas uma gestora diante de meu crescimento, não. Ela foi arquiteta e mão de obra e é a responsável por edificar esse ser humano que sou hoje, com muitos tantos defeitos, confesso, mas com imensas qualidades.
E a minha mãe que não é só minha me deu o maior presente que eu poderia ter ganho:   a Camila, minha irmã.
E ela conseguiu repetir o sucesso da criação com amor, carinho e ternura com essa menininha também, a nossa indiozinha! E quem diria que depois de ter me criado ainda sobraria tanta "mãe" dentro dela para criar outro serzinho?! Dessa vez uma menina que precisaria de alguém para ensiná-la todas as delicadezas que uma menina precisa aprender (e honestamente, acho que minha mãe falhou um pouco no quesito fineza) e conseguiu transformar aquela outra coisinha saída de seu ventre em outro ser humano espetacular.
Não há modo de eu conseguir fazer caber em um texto todo o amor que sinto pela minha mãe e toda doçura, carinho, respeito, fé e esperança que ela sempre me ensinou e com que ela me criou, não tem como minha irmã e eu expressarmos com presentes, palavras e gestos o que ela representa para nós, acho que só mesmo tentando fazê-la se orgulhar cada vez mais de nós, e perceber que todo o esforço que ela teve e ainda tem valeram a pena, ou pelo menos estamos tentando.
Acho que só existe uma palavra maior que mãe que tem mais ou menos o significado e essa palavra é amor. Agora, difícil é dedicar um dia apenas àquela que tem estado presente em todos os dias da minha vida.
Mãe... Você sabe o que eu gostaria de dizer né?! Também sabe que a única palavra capaz de representar tamanho amor e sentimento é essa mesmo: Mãe.
Então feliz seu dia e que esteja sempre ao meu lado!

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Caxi o que?


Caxirola gente, esse nome bisonho é o que foi dado ao novo instrumento que querem fazer pegar para a Copa do Mundo Brasil 2014.
Trata-se de um par de chocalhos criados pelo músico (hein?) Carlinhos Brown nas cores verde e amarelo que vão fazer toda a alegria e folia da copa aqui na terrinha.
Deus, eu rezo tanto, quase terminei o seminário, leio a bíblia, conheço a vida dos santos, tenho santos de devoção... Então porque sou obrigado a ver tanta porcaria acontecendo?
Bom, a minha indignação é tanta que eu vou ter que tomar muito cuidado para não criar um texto gigantesco, então vamos ao primeiro item da minha indignação:
Por que brasileiro é tão paga pau?
Essa é a primeira questão que saltou na minha mente quando vi a notícia na televisão. Carlinhos Brown e Dilma apresentando ao mundo a tal da caxirola que, segundo a reportagem, deverá fazer tanto sucesso quanto fizeram as Vuvuzelas na última Copa do Mundo na África do Sul.
                                                          

Pra que? Não é obrigação a copa do mundo ter um instrumento oficial, acho que essa talvez seja a jogada de marketing mais falida do mundo. Brasileiro não consegue criar nada que seja oriundo da própria mente brilhante de algum cidadão. Já cansei de ver matérias onde atrizes e atores são comparados com contrapartes estadunidenses. Por quê? As coisas só têm relevância caso tenham alguma ligação, remota ou imaginária, com os Estados Unidos?
A atriz não pode ser bonita, talentosa, ter um corpo legal e ser simplesmente a atriz? Não ela tem que ser a “nossa alguma coisa”.
Lembro da época das revistas da Jovem Pan que eu e um amigo colecionávamos, nunca esqueci uma matéria de capa que trazia a ainda jovem e estreante Danielle Winits usando um biquíni azul e as letras vermelhas da chamada gritavam “A nossa Spice Girl”.  

Juro por tudo que é sagrado que nunca entendi aquela comparação... Primeiro que a moça não cantava, não coreografava, era atriz, segundo que não lembro de um tratado que declarasse que toda mulher bonita, a partir de determinada data, deveria ser reverenciada como Spice Girl.
Agora na Malhação apareceu um novo ator, o típico galã mirim e já foi avidamente rotulado como “Nosso Edward Cullen”. Pobre coitado do vampirinho gay com cara de frigideira perto do belo Guilherme Leicam.
Acho que essa coisa de comparar e de querer sempre copiar e criar algo parecido com coisas que temos ou vimos em outros países mais desenvolvidos além de um desserviço um demérito à criatividade do nosso povo.
Criamos tantos ritmos, tantas folias, tantas músicas de qualidade e brasileiríssimas. Criamos coisas que têm história. E o povo tá ligando pra história galerinha... Pelo amor de Deus.
O próprio forró nordestino é uma música carregada de traços culturais, o povo nordestino é um povo que tem um valor histórico imensurável para o país. E é aí que eu me pergunto porque é que temos que importar tanto comportamento, temos que importar ideias e copiar movimentos culturais ao invés de difundir os nossos?
Um nação com mais de 500 anos, com tantas participações importantes na história a nível mundial, na política global, patrimônio ambiental da humanidade. Será que temos mesmo que erguer nossa cultura sobre comparações de coisas internacionais?
Claro que não quero dizer aqui que as pessoas devem ser proibidas de consumir coisas estrangeiras, mas ao menos entendam a história de seu país. Muitos são os filósofos que dizem que é necessário um olhar para o passado para que possamos guiar nossos passos para o futuro.
Somos tão pouco patriotas e tão pouco interessados nos rumos de nossa pátria que dessa forma só poderemos andar pra trás, infelizmente...


E agora estou de volta à Jundiaí e vou retomar as postagens do blog. Peço uma força dos meus amigos curtindo, compartilhando e comentando as postagens, afinal de contas o espaço e eu estamos abertos a discussão e debate de opiniões!
E aí, bora endireitar esse mundo?
Forte abraço e até a próxima!